Bem, de fato há uma necessidade de se perceber a avaliação como algo amplo. A avaliação precisa ser contínua e pensada de forma que ela seja integrada ao processo de ensino aprendizagem. O processo precisa ser compressível ao aluno e o professor, como observador, a partir daí inicia um dialogo de maneira a perceber as dificuldades, colaborar a resolução dos problemas, formalizando respostas/soluções da forma que for mais adequada. É importante também avaliar a avaliação, se os conceitos, definições foram aprendidos pelos alunos, se a finalidade, os objetivos da avaliação foram atingidos.

No trabalho de Pironel e Vallilo (2017) é destacado que a aprendizagem e a avaliação fazem parte de um processo contínuo no qual professores podem avaliar a construção do conhecimento pelos estudantes, e também suas práticas de ensino-aprendizagem. E, considerando a aplicabilidade da metodologia de ensino-aprendizagem-avaliação na Educação Especial, podemos perceber que a resolução de problemas ligados ao cotidiano dos estudantes podem ser um valioso recurso na construção de sua aprendizagem. Nesse sentido, a avaliação contínua é uma importante ferramenta para que docentes possam analisar não somente como se dá a construção da aprendizagem pelos estudantes, mas também suas próprias práticas, que precisam contar com um planejamento flexível para que sejam realizados os ajustes, sempre que necessário.
O uso da resolução de problemas, como foi proposto pelos autores, é um caminho para alcançar ou aumentar o engajamento dos estudantes, pois é uma maneira de dar maios sentido aos conteúdos curriculares, sejam eles de Matemática ou não. As avaliações tradicionais ou diagnósticas podem ser até consideradas provas documentais dos níveis de aprendizagem dos estudantes, mas o processo de avaliação, na prática pedagógica, deve ser realizada de maneira contínua, de modo a permitir que os docentes possam construir suas práticas pedagógicas a partir das realidades do público que atendem.

É possível existir aprendizagem sem uma avaliação, mas a avaliação é o ponto chave para que o docente perceba essa aprendizagem no aluno. O método ensino-aprendizagem-avaliação deveria ser algo intríseco nos professores, visto que o uso de tal metodologia é o que nos eprmite maior organização. Percebo a precarização da avaliação atualmente dentro das escolas, talvez por acomodação ou outro motivo que leve um docente a utilizar apenas a avaliação formativa como método final a atribuir uma nota, e não uma constante, onde é possível notar o quanto o aluno absorveu, não apenas nosso contéudo, mas de todos os professores. Pois o aprendizado é um conjunto de conhecimentos absorvidos direta e indiretamente.

Márcio Pironel expõe em sua palestra que avaliar é preciso, porém o ato de aprender não tem precisão. Pensando sobre o assunto e nas formas que avalio meus alunos. Acredito ser uma das minhas maiores dificuldades, avaliar os pontos positivos e negativos.
Como ser justa em uma avaliação de um aluno com dificuldades de aprendizagem, porém super participativo e esforçado, daquele aluno que não demonstra nenhum interesse e consegue atingir de alguma maneira as competências exigidas.
De fato, mesmo com os diversos modos de avaliação que podemos aplicar, não podemos deixar de relevar e compreender quais conflitos, dificuldades atuais o aluno se encontra.

Logo que pensamos em avaliação, nos vem em mente as provas e os exames onde são atribuídas notas. Esse fato, na verdade, reflete um pouco do nosso sistema de ensino que é baseado em classificações para o ingresso em instituições de ensino. Muitas vezes na escola operamos muito mais com a verificação do que com avaliação da aprendizagem e os motivos são variados, seja por carga horária excessiva do professor, sala lotada, comodismo e até mesmo falta de conhecimento. A avaliação é um processo complexo e é fundamental que esta forneça dados que permitam a análise do desempenho do aluno, professor e ensino. A metodologia apresentada no artigo do professor Márcio Pironel e Sabrina Vallilo nos traz de maneira muito bem exemplificada, uma proposta de avaliação possível, onde a avaliação é realizada de maneira contínua e intrínseca ao processo de ensino e aprendizagem. 

A avaliação deve ser um processo contínuo e exige atenção do docente desde o planejamento das atividades com diagnóstico claro dos estudantes sobre seu conhecimento prévio de determinado conteúdo para avançar na formação. Por isso a avaliação deve ser o tempo todo formativa e necessita ser avaliada pelos docentes e discentes.

Olá
A avaliação deve ser vista como uma oportunidade de aprendizado para o aluno, promovendo a reflexão sobre o que foi aprendido e como pode ser melhorado. A resolução de problemas é uma estratégia pedagógica importante para o ensino de Matemática e a avaliação deve estar alinhada a essa metodologia, valorizando a capacidade dos alunos de aplicar o conhecimento em contextos diferentes do habitual. Dessa forma, a avaliação se torna mais significativa e contribui para a formação de alunos críticos e reflexivos.

A avaliação desempenha um papel fundamental na metodologia de ensino-aprendizagem, especialmente na área de matemática, quando se utiliza a resolução de problemas como estratégia de ensino. Através da avaliação, é possível verificar o progresso dos alunos, identificar suas dificuldades e oferecer suporte adequado para o desenvolvimento de suas habilidades matemáticas.

Na metodologia de ensino baseada na resolução de problemas, a avaliação possui uma abordagem formativa, ou seja, busca fornecer feedback contínuo aos alunos, permitindo que eles compreendam seus erros e acertos, reflitam sobre suas estratégias e façam ajustes em sua aprendizagem. Nesse contexto, a avaliação de matemática por meio da resolução de problemas apresenta vantagens significativas, pois promove a aplicação prática dos conhecimentos e habilidades matemáticas, estimula o raciocínio lógico e a criatividade, e desenvolve a capacidade de resolver situações complexas.

É de suma importância a avaliar-se constantemente essa é a bússola norteadora do professor, ela é capaz de orientar o trabalho realizado com os alunos como os autores citam é necessário a avaliação para saber quais são objetivos avaliados, a turma e o tempo de duração. Só assim será possível se avaliar e verificar os pós e contras, para depois fazer ajustes no processo de ensino-aprendizagem-avaliação desde os alunos até nos professores em sala de aula.

Acredito que a avaliação seja um processo constante, pois, quando pensamos em avaliar temos a equivocada ideia da aplicação de prova, todavia, a prova é um dos diversos instrumentos avaliativos existentes. Quando aponto que a avaliação é um processo constante, reforço que o professor a todo momento da sua prática e planejamento estará buscando efetivar objetivos de aprendizagem no aluno, ou seja, o conteúdo selecionado, a metodologia escolhida, a participação do aluno, seja ela mínima ou máxima, o comportamento interacional do aluno em trabalho coletivos, a organização das suas ideias, as sugestões ao colegas de grupo, suas ações na elaboração do trabalho, etc... enfim, toda prática do professor que permita e possibilite o aluno participar efetivamente da construção do conhecimento em sala de aula e da sua absorção do conhecimento, são questões observaveis pelo professor, de modo que, possibilite questionar-se, refletir, e "julgar" a aprendizagem e desenvolvimento daquele/s aluno/s, Portanto, não é uma simples redução a prática do uso do instrumento avaliativo prova, e aplicação de um valor quantitativo (nota) que definirá efetivamente o "sucesso" ou "fracasso" do aluno no desenvolvimento da aprendizagem. Cada instrumento tem sua particularidade e função concreta no ato de avaliar, e portanto, o professor deve pensar seus alunos no conjunto da obra do ensino e da aprendizagem, perceber as dificuldades e os avanços ao longo dos estudos, para que assim, o ato de avaliar torne-se efetivo, o que seria esse efetivo? de fazer o professor perceber as dificuldades dos seus alunos e torna-los capazes de superar completamente ou parcialmente essa dificuldade e não que este permaneça na mesma condição que o conjunto da obra avaliativa demonstrou.

Com base nas bibliografias, tanto citada aqui, como de estudos pessoais, ficou evidente para mim que planejar, elaborar, manejar/mediar e avaliar são ações que fazem parte do ofício de mestre, e não se restringem às recentes transformações promovidas pela cultura digital sobre o fazer pedagógico. Isso significa que, independentemente da modalidade, lugar ou época, do espaço do ensino aprendizagem, dos recursos utilizados etc., a docência abarca esse conjunto de atividades típicas que vão do planejamento da disciplina à avaliação do processo de aprendizagem, envolvendo intencionalidade e um período de tempo racionalmente definido.

A avaliação em matemática deve levar em consideração os objetivos específicos desse conteúdo curricular. Os professores precisam estabelecer claramente quais são os conhecimentos e habilidades matemáticas que os alunos devem adquirir em cada etapa de ensino. Esses objetivos podem incluir a compreensão de conceitos matemáticos fundamentais, a aplicação desses conceitos em diferentes contextos, o raciocínio lógico e a resolução de problemas.

O autor do texto da semana afirma que "a avaliação deve estar presente em todo o processo de ensino-aprendizagem, por entender que a avaliação é intrínseca aos atos de ensinar e aprender, uma vez que deve favorecer a compreensão do desenvolvimento do aluno e permitir que o professor trace estratégias para o planejamento de suas aulas" (PIRONEL & VALILO, p. 281). Uma das abordagens importantes na avaliação em matemática é a avaliação formativa pois permite que os professores identifiquem as dificuldades dos alunos e forneçam feedback imediato. Através da avaliação formativa, os estudantes podem compreender suas lacunas de conhecimento e receber orientações específicas para melhorar seu desempenho. Isto pode ser potencializado através da Resolução de Problemas.

Além disso, a avaliação somativa é utilizada para medir o conhecimento adquirido pelos alunos ao final de um período de ensino ou de uma unidade temática. Essa forma de avaliação inclui testes, provas e exames, nos quais os alunos demonstram sua compreensão dos conceitos e sua habilidade em resolver problemas matemáticos.
Através da aplicação prática dos conceitos matemáticos na solução de problemas, os alunos podem demonstrar sua capacidade de pensar de forma lógica, analítica e criativa. A avaliação da resolução de problemas permite aos professores avaliar não apenas o resultado final, mas também o processo de pensamento dos alunos, valorizando o raciocínio e a estratégia utilizados.

É essencial que os professores utilizem uma variedade de instrumentos de avaliação em matemática, como testes escritos, projetos, apresentações, discussões em grupo e atividades práticas. Isso permite uma avaliação mais abrangente, levando em conta as diferentes habilidades e estilos de aprendizagem dos alunos.

O tema gerador foi amplamente discutido e aplicado na alfabetização a partir dos princípios freireanos, numa concepção de educação libertadora. Neste sentido os autores também trazem esta perspectiva para o ensino de matemática, de forma contextualizada, partindo de problemas que configurem algo necessário e sem uma solução formalizada; propiciando que os estudantes utilizem seus conhecimentos prévios em busca de estratégias que possibilitem encontrar ou não uma solução, propiciando o desenvolvimento de novos conteúdos e a construção de novos conceitos/conhecimento.

A avaliação integrada aos processos de ensino e aprendizagem, permite que aluno e professor estejam lado a lado, caminhando juntos em busca um objetivo comum que é a aprendizagem. Refletindo sobre o que errou ou porque errou, o aluno ganha autonomia.

A avaliação é um processo que vai além da diagnose realizada durante a correção das provas. Esse processo envolve a construção da didática escolhida pelo docente e de questões que norteiam o processo de aprendizagem do discente, levando em consideração o contexto em que ele está inserido.