A palestra do Franck Ramus me trouxe vários pensamentos a cerca de que julgamos ao dizer que alguém evoluiu em um determinado saber, esta pessoa pode ter evoluído, mas evoluiria muito mais se o conteúdo fosse passado de outra forma. É importante também quando ele fala que os alunos devem aprender tanto visualmente, quanto verbalmente, pois em algumas ocasiões, não conseguimos ainda mensurar o quanto o teste N-ILS traz realmente a realidade do jovem para determinado assunto, sabendo inclusive que ele pode alterar e tendo mais de uma referência para se basear, fica mais fácil lembrar depois do assunto.
De acordo com Santos, Reis e Silva (2020): “os professores devem ver a aprendizagem através dos olhos dos alunos, e os alunos devem ver o ensino como a chave para sua aprendizagem contínua”, visando trazer a estes atributos autorregulatórios, que são desejáveis para o aprendizado (automonitoramento, autoavaliação, autoanálise e autoensino). Podemos compreender que os alunos apresentam múltiplas inteligências (proposta por Gardner em 1983), e estas inteligências vão desde a lógica-matemática, linguística, musical, até as inteligências interpessoal, intrapessoal, existencial, e de acordo com Ferrari (2008), a educação costuma errar ao não levar em consideração os vários potenciais de cada um, e que para amplificar o aprendizado, devemos utilizar diferentes meios e métodos pedagógicos e que quanto maior a variabilidade de tais métodos, melhor a eficácia.
Devemos sempre considerar os saberes que um estudante demonstra, de acordo com Paulo Freire (1996, p.79): “não posso de maneira alguma, nas minhas relações político-pedagógicas com os grupos populares, desconsiderar seu saber de experiência feito. Sua explicação do mundo de que faz parte a compreensão de sua própria presença no mundo”, este termo traduz a leitura de mundo dos educandos sendo tomada como ponto de partida para as práticas pedagógicas. Entendo que o ideal seja darmos aos alunos esta autonomia e esta liberdade para pensarem fora da caixa, considerando que em muitas ocasiões os métodos tradicionais ainda predominam na prática docente, é preciso fazer diferente e buscarmos várias formas diferentes de passarmos um mesmo conteúdo para o aluno, e de preferência, dar a ele a oportunidade de colocar aquele conhecimento adquirido na prática.
É importante também lembrarmos que cada turma terá suas especificidades, sendo que o que for útil para uma, pode não funcionar para outra, porém é preciso sempre pensar em formas diferentes de ensino, para que o conteúdo a ser passado chegue a todos e de forma leve e clara.
FERRARI, M. Howard Gardner, o cientista das inteligências múltiplas. Nova Escola. [S.I], 2008. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1462/howard-gardner-o-cientista-das-inteligencias-multiplas. Acesso em: 30 de maio de 2023.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.143 p.
SANTOS, L. M. M. dos; REIS, O. B. dos; SILVA, J. R. da. Aprendizagem visível de siderurgia para estudantes do curso técnico em metalurgia. EDUCA - Revista Multidisciplinar em Educação, [S. l.], v. 7, n. 17, p. 1447–1466, 2020. DOI: 10.26568/2359-2087.2020.4919. Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/EDUCA/article/view/4919. Acesso em: 30 maio. 2023.