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Fórum obrigatório 4: reflexão

Discussão da semana

Discussão da semana

por Rian Lucas da Silva - Número de respostas: 6

Boa noite, professores e colegas!
Esta semana, dentre todas as outras, foi a que mais me impactou diretamente. A reflexão ecoada pelo palestrante da semana nos atinge em cheio, sobretudo no nosso achismo de que alguma tecnologia e/ou metodologia irá suprir todos os problemas que encontramos dentro e fora da sala de aula. Alguns poderiam associar o pensamento do estudioso a uma visão pessimista, mas penso que, na realidade, seja uma visão mais realista dos fatos, que concebe a educação como um meio em constante mudança e temporalidade contínua.

Ao refletir sobre esses apontamentos, quer concordemos, quer não, o palestrante evidencia que, na educação, não há mais possibilidades para achismos, dado que é preciso trilhar caminhos via experimentações e estudos (de base científica, diga-se de passagem).

 Abraço!

Em resposta à Rian Lucas da Silva

Re: Discussão da semana

por Kamila Ribeiro da Silva -
Olá, Rian e demais colegas.

Seu apontamento é interessante pois é muito comum vermos professores engessados em estratégias "infalíveis" para dar "dar conta da matéria e da turma" e totalmente desconexos da constante mudança e temporalidade contínua que a educação proporciona ( parafraseando você ). É fundamental para qualquer docente repensar sua prática e manter-se informado e aberto a novas perspectivas oriundas de estudos mais recentes e pesquisas. Nunca teremos os mesmos alunos pois somos essencialmente diferentes, logo, os alunos sempre terão demandas diferentes. Daí a necessidade constante de aplicarmos o que for possível e viável para cada turma, para cada contexto. Vejo nos conselhos de classe grupos que constroem caminhos com seus alunos e nessa trajetória coisas boas e ruins acontecem - o que é totalmente válido. No entanto, ainda vejo depoimentos baseados apenas na punição , cuja falsa impressão de controle traz um "conforto" para o docente que não quer enxergar que está desconstruindo vínculos fundamentais para um ensino com qualidade. Espero que haja mais investimento em formação docente para fomentar ainda mais o espírito de mudança tão necessário no campo educacional.
Em resposta à Kamila Ribeiro da Silva

Re: Discussão da semana

por Juliana da Silva Rodrigues dos Santos Guimarães -
O vídeo do professor Franck Ramus, foi ótimo, me fez rever várias certezas que permeiam a sala dos professores, e perceber o distanciamento da universidades (pesquisas, artigos científicos) e sala de aula, muitas vezes nos vemos mergulhados em discussões de puro achismos, que a maioria das vezes está carregado de estereótipos negativos sobre ensino-aprendizagem, nos aproximarmos de discussões teóricas é de suma importância para nossa prática diária. Aqui em São Paulo, onde eu atuo, por exemplo, somos inundados de papeladas para preencher, que ficam guardados em pastas que nunca mais serão acessadas, ou com vídeos falando da importância das metodologias ativas, enquanto na escola não se tem o básico, folha sulfite. Então me parece, que todo esse descaso com discussões extremamente importantes são propositais, eu não dou chance do professor ter um pensamento crítico, depois eu “pergunto” para o professor o que ele acha de tal assunto, faço mudanças que prejudicam todo uma sociedade, e tenho a cartada de que tive o aval dos professores, que afinal estão dentro da sala de aula.
Em resposta à Rian Lucas da Silva

Re: Discussão da semana

por Antônio Souza Pereira dos Santos -
Bom dia, Rian!

Gosto do que você escreve.

Ao término da palestra fiquei pensando no seguinte: até que ponto, mesmo, os professores têm as reais condições de buscar novas possibilidades de melhorar a suas práticas docentes? O palestrante sinalizou corretamente todas as situações que se dão no ambiente escolar e mostra o caminho para tentarmos alcançar o nosso objetivo maior - o aprendizado de nossos alunos. Mas, para isso, será que não "faltam tempos" - sobretudo o da formação continuada, que é essa que estamos fazendo, e que nos está dando o acesso a essa riqueza de discussões?

Digo isso porque um dos principais pontos que ele destaca é a heterogeneidade dos alunos e, mesmo os professores estando cientes dessas diferenças, cabe o seguinte: quantos deles já tiveram a mínima noção dessa discussão (de fato proveitosa) sobre Estilos de Aprendizagem dos alunos versus a forma como os professores ensinam (reflexo do próprio estilo de aprendizagem destes últimos), por exemplo? Então, acredito que falta esse tempo da formação e muitos outros tempos, frente à dinâmica imponente da prática docente e do ambiente escolar - que leva todas as nossas energias, parte delas lidando com as deficiências das políticas educacionais que se abatem sobre toda a estrutura escolar.

Parabéns pela postagem.
Em resposta à Rian Lucas da Silva

Re: Discussão da semana

por Vanessa Rosa de Oliveira -
olá Rian e demais colegas, seu comentário é extremamente pertinente e contemplou boa parte do que eu tenho pensado enquanto profissional da educação, sobretudo, após essa disciplina, o trabalho na educação não é nada simples, todos os dias nos reinventamos enquanto professores para tentar abranger a heterogeneidade da sala de aula, e essa movimentação nunca é presa a uma metodologia,nem tão somente uma forma que deu certo para alguns, já vimos em outros momentos desta pós que cada aluno tem um perfil de aprendizagem, e mesmo que uma turma se saia bem num tipo de abordagem, nenhuma certeza temos de que eles não teriam sido melhores em outra metodologia.
Em resposta à Rian Lucas da Silva

Re: Discussão da semana

por Cícera Ericênia Alves Pereira -
Olá, Rian!
Parabéns pelas suas colocações. Concordo com você quanto ao impacto positivo da palestra do Prof. Franck Ramus. Induz necessária reflexão sobre nossas crenças, "achismos" como você bem colocou sobre o que funciona ou não como método didático. Aqui destacando um ponto da palestra que achei muito interessante é que é comum nas escolas que um comportamento perturbador apresentado por um aluno seja lidado com punição (o que, além de não resolver, ainda cultiva uma postura negativa do aluno para com o professor, com a escola). Todavia, baseado em estudos, o professor pontua que uma forma eficiente é identificar o comportamento positivo oposto, incentivá-lo e reforçá-lo através de recompensas. Gradualmente, o comportamento positivo aumentará e suplantará o comportamento perturbador. Como o professor bem coloca, há uma montanha de estudos científicos sobre os quais podemos nos debruçar, testar e ver o que melhor funciona, ao invés de aplicar nossas crenças ou comportamentos meramente perpetuados, mas sem base científica.
Em resposta à Rian Lucas da Silva

Re: Discussão da semana

por Patrick Osorio de Melo dos Santos -
Olá Rian, demais colegas e professores;

Gostaria de iniciar a minha escrita abordando a palestra. O Professor Franck Ramus foi fantástico, ele consegue “dar um nó em nossas cabeças”, quebrando alguns “achismos”, como bem disse o Rian, que temos como certezas , a exemplo de como dividir os alunos em turmas, ou como tratar os comportamentos indesejados em sala. E depois o professor nos apontar para uma direção que é a do maior rigor científico como também apontou o Rian. O ponto mais marcante da palestra, na minha visão, foi quando é falado que não se pode avaliar uma nova metodologia comparando-a com “nada” ou seja como se os alunos não tivessem passado por nenhum processo educacional. Sendo que na vida fora da escola os mesmos podem aprender. Embora o uso dos grupos de controle sejam uma ideia tão rotineira em pesquisas, quantas vezes nos deparamos com artigos que não se utilizam destes grupos?

Sobre as falas das colegas Kamila, Cícera, Juliana e do Antônio, me fazem pensar que o foco da nossa educação não esta onde deveria, o aluno, mas nem de longe está no professor, está na burocracia, em índices, metas e indicadores. É importante cumprir o cronograma, manter os índices de aprovação e etc, mas o fundamental na educação é o aprendizado dos alunos. Isso não pode ser central só na visão dos professores e equipe pedagógica, mas tem de ser central na visão de todos os funcionários da escola, dos alunos, dos familiares, políticos e da sociedade como um todo.