Como exposto na atividade 2.1, só vivenciei um caso que contribuiu para uma maior entendimento pessoal acerca dos entraves de uma educação inclusiva. O caso supracitado ocorreu na época da faculdade, em especial, em uma aula de Didática. A disciplina era mediada no segundo andar do prédio principal, portanto, o acesso era exclusivamente pela escada, haja vista que o elevador não funcionava. Em decorrência, uma aula com deficiência física não conseguia comparecer às aulas, pois o elevador do prédio não funcionava.
Durante todo o semestre, a aluna teve que pedir para que alguém a levasse no colo até a aula, causando um mal-estar coletivo, pois todos os estudantes ficaram envergonhados e/ou indignados com a situação. Após procurar o reitor e solicitar que a situação fosse resolvida, não tivemos um retorno positivo. À vista disso, a professora pediu para que em todas as aulas os estudantes levassem as cadeiras para o pátio. A proposta de (re)modelar a sala de aula tinha como objetivo incluir a alunas na sala de aula, bem como chamar a atenção para o ocorrido; inúmeros movimentos sociais da faculdade tiveram como pauta esse episódio e, após muito “barulho”, a reitoria mudou a sala de aula para o térreo.
Hoje em dia, atuando como professora do Ensino Fundamental e, claro, analisando a estrutura física e organizacional da escola no qual eu trabalho, é possível dizer que a mesma não tem a infraestrutura necessária para incluir pessoas com deficiência. À vista disso, acredito que a cultura segregacionista ainda se perpetua nas escolas (e Universidades), promovendo uma integração dos alunos, ao invés de uma inclusão efetiva.
Nesse contexto, a disciplina de Educação Especial e Inclusiva me auxiliou a compreender todas as nuances de uma educação inclusiva. Isto é, não basta apenas conhecer a parte teórica, ou seja, legislativa, é imprescindível compreender a cultura organizacional das escolas e, claro, promover a formação inicial e continuada de professores.