Diante do conhecimento da realidade das nossas escolas brasileiras, acredito que os trabalhos já foram iniciados em relação as estruturas das escolas para receber alunos com deficiência. Mas, sobretudo, é importante frisar, que mesmo com algumas estruturas adaptadas, muito ainda precisa ser feito.
Vou narrar um acontecimento que presenciei em um evento científico numa universidade pública, como forma de demostrar que estamos longe de um ideal. Esses aspectos já foram apresentados em outra atividade, porém, percebo a necessidade de voltar a essa discussão, levando em consideração a nossa responsabilidade diante da inclusão:
O evento tratava sobre aspectos que envolvem o processo educacional de forma geral. Porém, entre uma das temáticas estavam os estudos referentes a Educação e Inclusão de Pessoas com Deficiência ou Sofrimento Psíquico, tendo em seus objetivos o estudo dos processos educacionais (ensino e aprendizagem) e da inclusão de pessoas com deficiência e/ou em sofrimento psíquico a partir da perspectiva de diferentes abordagens teóricas, com ênfase em metodologias de intervenção. Discussão e intervenção na formação de professores para atuarem no contexto da Educação Inclusiva, assim como em ambientes não escolares.
Contudo, entre os inscritos no evento, existiam pessoas com deficiências que de certa forma ficaram prejudicados. O primeiro, cadeirante, não podia acessar um dos auditórios por não existir rampa para a sua deficiência. O segundo participante era surdo e o evento não disponibilizou interprete de Libras. O constrangimento tomou conta do evento, e esse segundo participante pediu a palavra, fez alguns questionamentos e mostrou que a dificuldade existe e as pessoas precisam compreender e fazer valer os direitos da pessoa com deficiência.
Muito tem a ser feito!