Atividade 4.2: O Direito à Educação Especial e Inclusiva uma reflexão...
Na escola onde lecionei como PSS, ano passado tive uma experiência nada positiva com o que acontecia com uma aluna: de raça negra, de família muito pobre, sem laudo e muito revoltada. Ela não tinha nenhum tipo de acompanhamento, não havia nenhum professor (a) para alunos especiais que a acompanhava, quando aconteciam episódios problemáticos, a irmã mais velha que estudava no mesmo colégio era chamada para acalmá-la e contornar a situação. Sempre me perguntava o que iria acontecer quando a irmã saísse do colégio. Nunca tive problemas com ela na minha disciplina, mas situações de conflitos com alunos e professores eram constantes e comentados pela turma, várias vezes me dirigi à pedagoga, professores e direção se não poderia ser feito alguma ação e acompanhamento mais inclusivo, pois eu sentia quer havia um tipo de exclusão e preconceito com relação a ela e seu comportamento atípico algumas vezes. Resumindo todas as minhas solicitações e pedidos de tratativas não foram atendidos infelizmente e ignorados. Às vezes o certo e justo não é compreendido e ignorado.
A disciplina sobre a Educação Inclusiva e Especial trouxe-me muitos conhecimentos e, importantes dados sobre esse tema tão pouco abordado sobre uma grande parte de uma população esquecida e excluída pela sociedade. Chama-me a atenção que seus direitos não estão sendo exercidos há centenas de anos, principalmente no que diz respeito à falta de seu acolhimento na área social, cultural e educacional. Penso que fica evidenciado também de como as legislações específicas, apesar de existirem, são falhas e não cumpridas no que se refere às populações e comunidades do campo / rurais, indígenas, quilombolas, entre outras. No meu entendimento, leis, normas, legislações e regras jurídicas, pecam pela sua falta de aplicação, além da passividade dos órgãos de governo, de instituições reguladoras, legisladoras, de direito, fiscalizadoras e da própria sociedade, fazem com que essas sejam na sua maioria descumpridas. Essa falta de aplicação das leis, normas e legislações em defesa dessas populações frágeis e ingênuas, causa uma disparidade inaceitável no tratamento desses seres humanos com relação ao direito de ter uma vida digna e respeitada que deveria ser comum a todos. Tenho como opinião que não só a sociedade em geral, mas as comunidades escolares e órgãos públicos não estão conscientes e preparados para um melhor entendimento e acolhimento de populações que possuem etnias diferenciadas (algumas milenares), costumes, hábitos, tradições e necessidades não atendidas e nem respeitadas. Acredito que muito ainda há a ser feito para que essas comunidades consigam galgar degraus, exercer merecidamente e plenamente seus direitos perante a sociedade. São comunidades tradicionais e para que sua real importância seja reconhecida, a aplicação e desenvolvimento de uma Educação Especial e Inclusiva é uma excelente ferramenta e ponto determinante como apoio para a reversão do atual processo exclusivo que estas populações sofrem, principalmente na área educacional onde seus direitos à educação e aprendizagem estão sendo reduzidos ou impedidos.
Aluno Fernando Djalma Pinto – Turma 7