A experiência que tive no contexto escolar referente aos processos de inclusão ocorreu quando eu lecionei para alunos privados de liberdade, na modalidade EJA, em que determinado momento, um aluno com deficiência visual foi matriculado na escola. Nesse contexto, de forma geral, todo o grupo de docentes da instituição se sentiu despreparado para garantir, da melhor maneira possível, que o aluno com deficiência tenha acesso efetivamente ao ensino. Infelizmente, não houve iniciativa por parte da direção escolar em instruir o corpo docente em refletir e planejar ações metodológicas que pudessem contribuir ao processo de inclusão desse aluno. Cabe ressaltar, também, que por se tratar de uma instituição de segurança e privação de liberdade há certa limitação de recursos que podem ser utilizados no ambiente de sala de aula. Dessa forma, cada professor, a sua maneira, tentou, com toda a limitação do contexto de privação de liberdade, falta de recursos materiais, pensar em metodologias educacionais que pudessem contribuir ao processo de inclusão desse aluno no contexto da sala de aula. Portanto, de forma geral, é necessário ampliar a discussão acerca do assunto incluindo, também, a educação em ambientes de privação de liberdade.
Em relação à avaliação da disciplina Educação inclusiva e especial, cabe destacar que sua contribuição foi de suma importância em minha formação como professor, pois, tive conhecimento de determinados assuntos expostos ao longo dos estudos durante essas quatro semanas, somente agora nessa especialização, ao invés de ter tido acesso à discussão durante a graduação. São temas complexos que contribuíram para a minha compreensão de forma mais abrangente sobre a realidade escolar nacional, e entender que há muito a se fazer para garantirmos, na prática, para além das determinações legais, que as pessoas tenham acesso efetivo à educação de qualidade e de acordo com suas necessidades, realidades e contextos socioculturais.