Tive uma aluna que não utilizava comunicação oral na escola, porém em casa ela falava normalmente com seus familiares, este comportamento também era observado também em sua irmã mais velha, que era aluna egressa da escola. As investigações para fazer o diagnóstico estavam sendo feitas pelos profissionais corretos, porém, sem muitas conclusões definitivas.
Quando a metodologia de ensino era voltada para apresentações orais, era preciso fazer adaptações em relação a ela. Certo dia, pedi para os alunos apresentarem um trabalho, porém em forma de vídeo que seria exibido em sala de aula para toda a turma, quando chegou a vez dela, a sala assistiu atônita a apresentação da tal aluna! Sim, no vídeo ela apresentou o trabalho e pela primeira vez seus colegas puderam ouvir sua voz! Ficamos muito felizes com o resultado do trabalho e por termos encontrado uma forma de incluí-la nas apresentações orais, que, mesmo não sendo ao vivo, já nos deixavam felizes por vê-la expressar seus pensamentos.
A disciplina de educação inclusiva e especial foi muito importante na minha compreensão de que não existe fórmula pronta para a inclusão, por muito tempo isso me frustrou pois buscava uma "fórmula mágica" para ensinar alunos com necessidades especiais. Hoje compreendo que a educação inclusiva depende do contexto e até as leis e termos relacionados a ela são atualizados a todo instante.