Primeiramente gostaria de agradecer a professora Claudia Maria Soares Rossi, por todo engajamento e organização da disciplina.
Mesmo não conseguindo responder a tempo todas as atividades, fiquei feliz ao realizar os estudos propostos na apostila. Certamente fui atravessada por grandes aprendizados e reflexões. Obrigada!
Ao identificar o último tópico da apostila, percebi uma relação entre a reflexão proposta em Gadotti a partir de considerações freirianas e a minha visão de educadora:
Os neoliberais dizem que somos “utópicos” (Ioschpe, 2012) e nisso eles tem razão. Eles nos acusam de que estamos politizando a educação quando eles também sabem que ela sempre foi política. E, como não conseguem nos convencer do contrário, eles fazem de tudo para nos desviar do debate central que é a concepção de educação: para que, a favor do que, contra o que educamos, para que projeto de sociedade. Não podemos nos perder no debate no debate sobre o local da educação, se é na escola ou fora dela (educação escolar versus educação não-escolar), sobre a modalidade da educação (se deve ser presencial ou a distância), se a educação deve ser formal, não formal ou informal, profissional ou acadêmica. Não podemos nos desviar do foco, da causa que nos une. Antes de mais nada devemos discutir a educação que queremos, a sociedade que queremos.
Na verdade, nossa tarefa de educadores sociais, continua a mesma: conscientizar, desalienar, desfetichizar. O fetichismo transforma as relações humanas em fenômenos estáticos, como se fossem impossíveis de serem modificados. Fetichizados, somos incapazes de agir porque o fetiche rompe com a capacidade de fazer. 31 Fetichizados apenas repetimos o já feito, o já dito, o que já existe. Devemos continuar educando para outros mundos possíveis que é educar para a emergência do que ainda não é, o ainda-não, a utopia. Educar para outros mundos possíveis é educar para a qualidade humana para “além do capital”, como nos disse István Mészáros (2005) na abertura da quarta edição do Fórum Mundial de Educação, em Porto Alegre, em janeiro de 2005. Educar para outros mundos possíveis é também educar para mudar radicalmente nossa maneira de produzir e de reproduzir nossa existência no planeta, portanto, é uma educação para a sustentabilidade (Gadotti, 2008, p.30).