Como educadores, devemos assumir que a inclusão de pessoas público da educação especial nas escolas e classes regulares de ensino é um desafio enorme. Não basta apenas pensarmos de maneira utópica que se trata de tarefa simples, porque não é. No entanto, é importante sabermos que não é uma tarefa impossível.
A inclusão desses estudantes representa desafios docentes, porque esses estudantes deixam muito evidentes as fragilidades em nossas práticas pedagógicas, fazendo com que tenhamos que rever nossas estratégias, práticas, recursos etc. E, nesse sentido, representa grande desafio, pois é necessário que os profissionais assumam suas fragilidades, e busquem maneiras de adaptar os conteúdos para que os estudantes público da educação especial possam ter seu direito a participação escolar garantidos.
E é nessa perspectiva que a atuação da sala de recursos em parceria com as turmas regulares se torna imprescindível. Os professores de turmas regulares passam por um processo de "burocratização" do trabalho que acaba atravessando o preparo e aplicação das aulas. Isso muitas vezes dificulta a elaboração de atividades diferenciadas e dinâmicas.
Infelizmente, nem todas as escolas contam com a sala de recursos multifuncionais (SRM) mas, as escolas que contam com esse espaço, e sabem aproveitá-lo para todos os profissionais, conseguem obter melhores resultados na inclusão dos estudantes público da educação especial pois, ao realizar o trabalho de maneira articulada entre professores regulares e professores do AEE, as necessidades dos estudantes passam a ser consideradas por todos (ou boa parte dos) educadores presentes na escola, bem como os recursos que podem ser elaborados e compartilhados. Adaptações de atividades, ou sugestões de adaptações. Sem contar as trocas pedagógicas que podem auxiliar até mesmo os estudantes com dificuldade de aprendizagem.
Por experiência própria, digo que concordo com Santos (2010) sobre a SRM e as salas regulares, reafirmando que são espaços próprios, com suas finalidades e características, mas que, na prática, sua articulação deve representar uma interseção entre o trabalho dos professores das turmas regulares e do AEE.