Olá, professor e colegas
Achei as primeiras leituras dessa disciplina muito interessantes, principalmente no que diz respeito a sua reflexão sobre o papel da comunicação educacional no processo de ensino-aprendizagem, especialmente na era das tecnologias digitais. Eu concordo com o autor que a comunicação educacional não deve ser vista como um ato simples e mecânico de dialogar, mas como um processo interativo, crítico e reflexivo, que envolve a construção de significados entre os atores do processo educativo. Nesse sentido, entendo que a comunicação educacional se diferencia da informação, que é apenas a transmissão de dados ou fatos, sem a participação ativa dos receptores. Eu considero que essa distinção é fundamental para compreender o uso das tecnologias na educação, pois nem toda tecnologia promove a comunicação educacional, mas apenas a informação.
Outro aspecto que me chamou a atenção no texto foi a introdução do conceito de Objetos de Aprendizagem (OA), que são ferramentas digitais ou não, utilizadas no aprendizado apoiado por tecnologia. O autor explica que os OA devem favorecer a interlocução entre os atores do processo de ensino-aprendizagem, e não apenas oferecer condições para a aprendizagem em múltiplos espaços. Eu acho que essa ideia é relevante para o planejamento pedagógico dos professores, que devem selecionar e utilizar os OA de forma a estimular a comunicação educacional entre os alunos e entre os alunos e os conceitos. Assim, os OA podem contribuir para uma aprendizagem mais significativa e contextualizada.
Já em relação às asserções relacionadas à leitura do texto Extensão ou Comunicação? de Paulo Freire, que discute a relação entre o educador e o educando, creio que ambas enfatizam a importância da comunicação educacional como um processo dialógico, crítico e transformador, que envolve a mediação do mundo e das tecnologias, em oposição ao que Freire à ideia de extensão, que seria uma forma de transmitir conhecimentos de forma vertical e autoritária, sem levar em conta os saberes e as experiências dos educandos. Sendo assim, a primeira asserção expressa a ideia de que a educação é uma prática social, que não se dá pela imposição ou pela transmissão de conhecimentos, mas pela interação entre os sujeitos e o mundo. A segunda asserção indica que o papel do professor não é o de dar respostas prontas aos alunos, mas o de provocar a curiosidade e o questionamento dos mesmos, estimulando-os a construir seus próprios conhecimentos.
Eu concordo com essas asserções, pois acredito que a comunicação educacional deve ser um espaço de diálogo, reflexão e emancipação, que valorize as experiências, os saberes e as vozes dos atores do processo educativo. Nesse sentido, as tecnologias podem ser aliadas da comunicação educacional, se forem utilizadas de forma crítica e criativa, favorecendo a interação, a colaboração e a diversidade. No entanto, também reconheço que criar e utilizar tecnologias de fato educacionais é um desafio complexo, que exige uma formação continuada dos professores, uma infraestrutura adequada das instituições e uma avaliação constante dos resultados. Além disso, é preciso considerar as individualidades existentes na sala de aula, respeitando os ritmos, os estilos e as necessidades de aprendizagem dos alunos.