Na ótica de Freire uma educação efetiva refere-se a um processo mútuo de comunicação, entre sujeitos e objeto. Nessa perspectiva, a utilização de tecnologias como mecanismos facilitadores da comunicação também são recursos inteligentes para fornecer um processo de ensino-aprendizagem com êxito.

Diante das asserções, e de acordo com o pensamento de Paulo Freire, ensinar não é depositar o conhecimento sobre outrem e sim promover meios para que o indivíduo adquira a capacidade de refletir, buscar meios e respostas para os desafios encontrados na vida, além de utilizar esse conhecimento a favor de algo ou alguém. Ao se falar na sociedade contemporânea cercada por muitos avanços tecnológicos, considera-se que a forma de ensinar vem sendo influenciada por tal condição. Confere que, o uso de meios de comunicação e informação não são condições para um ensino e aprendizagem eficaz, pois o computador ou a tecnologia utilizadas sem a devida intencionalidade e objetivo, configura em uma educação apenas receptiva e sem a possibilidade de reflexão e criticidade. Ressalta-se ainda que uma educação meramente conteudista ou focada em informações, não está apta a atender as reais necessidades da atual conjuntura. É fundamental que a educação sirva para que os indivíduos reflitam, busquem melhores condições para a vida em sociedade, aludam a educação ambiental, financeira e psicossocial, além de ser seres atuantes e não meramente passivos, situação bastante experienciada pelas tecnologias utilizadas no meio educacional. Cabe ainda colocar que a inteligência artificial vem realizando atividades, que antes demandavam muita reflexão e tempo em sua execução e hoje com apenas um clique tudo é feito em segundos, o que suprime o esforço e a reflexão humana.

Ultrapassar a ideia da teconologia como um mero recurso ainda é um desafio, pois é necessário pensar e compreender a tecnologia educacional com finalidade e objetivo na aprendizagem. Indo ao encontro com os dois enunciados, perceber as tecnologias como meios e métodos intencionais nos processos educativos é concebê-las por uma ótica ativa, excluindo a passividade de uma ferramenta expositiva. E, para isso, é preciso que elas sejam estruturadas a partir de teorias, modelos e concepções pedagógicas e cognitivas.

Creio que a utilização de tecnologia no processo de ensino-aprendizagem deve ser realizado com muito cuidado e especialmente pensado com criticidade. Primeiramente, a tecnologia deve ser compreendida como um elemento "mediatizador" no processo de de ensino-aprendizagem, ou seja, como uma ponte de diálogo entre as pessoas que constroem o conhecimento de modo coletivo. No entanto, o que tem ocorrido na prática e vem ganhando cada vez mais incentivo dentro de uma ótica neoliberal de educação, é a percepção da tecnologia como elemento possibilitador da construção de conhecimento, bem como o seu transmissor. Muitos dos grandes conglomerador educacionais têm se preocupado em elaborar materiais com o máximo emprego de tecnologias. Contudo, o que se observa é que na criação destes materiais há uma preferência maior em termos de design e estéticos em detrimento de elementos didáticos. A intenção com a produção deste tipo de material é permitir que os alunos "eduquem-se a si mesmos", o que vai de encontro à concepção de Paulo Freire, na qual o conhecimento é construído coletivamente através do diálogo entre diferentes interlocutores.

As contribuições de Paulo Freire trazem reflexões importantes do processo ensino-aprendizagem, entre eles o uso do diálogo entre educadores e educandos. Atualmente o uso constante de tecnologias abrem novas ferramentas educacionais capazes de proporcionar uma nova educação. Desta forma, mediar os dois paradigmas torna-se um novo desafio. Em outras palavras, a comunicação é um importante meio de interação do ato de ensinar, e as novas demandas da educação apresenta-se com o uso de tecnologias. Todavia, acredito que as ferramentas tecnológicas devem auxiliar o processo de ensino-aprendizagem, e não como o único fator educacional. Assim, os docentes devem usar de forma consciente e facilitadora do tema da aula.

Ao considerar as asserções, compreende-se que o processo educacional se faz em parceria, num trabalho colaborativo. Logo, precisamos uns dos outros para fortalecer a comunicação, o ensino e a aprendizagem. As tecnologias, por muito tempo, foi vista como vilã no processo educacional. Estudantes não podiam adentrar os espaços escolares com os dispositivos, e por muito tempo, as salas de informática eram fechadas para que os estudantes não "quebrassem" os equipamentos tecnológicos.
Compreender o processo de ensino e aprendizagem é, sobretudo, compreender que "o bom professor não fornece boas respostas, faz boas perguntas". Ou ainda, "um bom processo faz toda diferença", como destaca Teylor Mali no livro: um bom processo faz toda a diferença.

Considero que um dos maiores desafios para o uso da tecnologia na educação é a sua consideração somente como uma novidade, uma nova forma de capturar a atenção e, assim sendo, facilmente desqualificada pela normalização. O seu uso deve estar estritamente relacionado ao processo de e ensino e aprendizagem, sendo o professor aquele que questiona e abre possibilidades para a educação "de mão dupla", também por meio da tecnologia, É um processo complexo, no qual ainda estamos desbravando, errando, acertando e aprendendo, mas que tenhamos sempre coragem e vontade de aprender e aperfeiçoar.

Criar e utilizar tecnologias educacionais de fato é um processo complexo devido a vários fatores. Primeiramente, é importante lembrar que a educação é um processo social e complexo, no qual os indivíduos constroem conhecimento através de interações e mediações com o mundo e com os outros. Nesse sentido, as tecnologias educacionais devem ser desenvolvidas levando em consideração essa perspectiva de construção do conhecimento, de modo a promover a interação, a colaboração e a mediação entre os estudantes e também com o mundo.

Além disso, a criação de tecnologias educacionais implica em considerar as individualidades dos alunos e suas diferentes formas de aprender. Cada estudante tem suas próprias características, experiências, interesses e necessidades, portanto, é importante desenvolver recursos digitais que atendam a diversidade de maneiras de aprender e que promovam a personalização do ensino.

Outro desafio é garantir a qualidade pedagógica das tecnologias educacionais. Não basta apenas disponibilizar ferramentas digitais, é necessário que elas sejam projetadas a partir de fundamentos teóricos sólidos e de uma base pedagógica consistente. Os recursos digitais devem oferecer experiências significativas de aprendizagem, que estimulem a reflexão, o diálogo, o pensamento crítico e a participação ativa dos estudantes.

Para criar e utilizar tecnologias educacionais de fato, também é preciso considerar a formação e a atualização dos professores. É fundamental que os educadores estejam preparados para utilizar as ferramentas e recursos digitais de maneira adequada, incorporando-os em suas práticas e selecionando aqueles que são mais adequados aos objetivos pedagógicos e às necessidades dos estudantes.

Por fim, é importante ressaltar que a tecnologia por si só não é garantia de uma educação de qualidade. É necessário pensar nas finalidades e usos das tecnologias, bem como nas suas potencialidades e limitações. As tecnologias educacionais devem ser pensadas como ferramentas a serviço do processo de ensino-aprendizagem, como meios que contribuem para a formação integral dos estudantes, para a sua autonomia, criatividade e colaboração.

O diálogo, a aceitação do outro, a valorização das diferenças são muito importantes no processo ensino aprendizagem, o professor não apenas transmite conhecimentos, há uma troca de saberes entre educadores e educandos, onde um sempre pode aprender com o outro. O professor deve conversar com os alunos, dar-lhes feedback e ajudá-los a participar do processo de construção do conhecimento. A utilização de tecnologias pode contribuir para a aprendizagem significativa dos alunos, mas é preciso estar atento ao modo como serão utilizadas, qual é o objetivo que se quer alcançar, se estão de acordo com o conteúdo que será abordado e se os alunos compreenderam o conceito que está sendo trabalhado.

Ao considerar todas as informações apresentadas, pode-se concluir que criar e utilizar tecnologias de fato educacionais é um processo complexo. A leitura de Freire nos lembra que a educação é um processo coletivo, em que os indivíduos se educam entre si, mediados pelo mundo. Nesse contexto, as tecnologias podem desempenhar um papel importante, como mediadoras desse processo de aprendizagem. No entanto, é necessário ter em mente que um bom professor, de acordo com o viés da criticidade no ensino, não fornece respostas prontas, mas faz perguntas que estimulam o pensamento crítico e reflexivo dos alunos. Portanto, utilizar tecnologias de forma educacional implica em desenvolver estratégias que promovam a interação entre os alunos, estimulem o pensamento crítico e reflexivo e proporcionem um ambiente de aprendizagem colaborativo. Isso demanda um olhar atento às individualidades existentes na sala de aula, considerando as diferentes formas de aprendizagem e os interesses dos alunos. Dessa forma, é possível criar tecnologias educacionais que sejam efetivas e capazes de promover uma educação mais significativa.

A tecnologia na educação é um recurso didático que permite o aluno se tornar um agente ativo no seu processor de aprendizagem, e cabe o professor ser um mediador, um orientador, e o docente precisar planejar sua aula para que possibilite o aluno construir seu próprio conhecimento

Após a leitura da introdução da apostila da presente disciplina, do texto de Freire, das assertivas presentes no enunciado dessa atividade e também considerando as individualidades existentes na sala de aula, é possível afirmar que o processo de criação e utilização de tecnologias de fato educacionais é complexo. Primeiramente, vale ressaltar que não é apenas criar ou utilizar uma tecnologia educacional apenas para transmitir um conhecimento a respeito de algo, um mecanismo que se resume a si mesmo, pois corre-se o risco de se aproximar da aplicação da definição de extensão desenvolvida por Freire em seu texto. Ao se criar ou utilizar uma tecnologia de fato educacional é necessário refletir sobre a finalidade desse mecanismo na sala de aula, considerando toda a realidade escolar, elaborar um planejamento didático para sua produção ou utilização, contribuindo para que haja um processo de comunicação entre docentes e alunos tendo como objeto as tecnologias educacionais, incentivando a reflexão, a discussão em sala de aula sobre a utilização da ferramenta tecnológica. Portanto, não é somente criar ou utilizar uma tecnologia educacional em sala de aula, é necessário que haja uma reflexão e planejamento didático para que tal instrumento seja utilizado de forma didática contribuindo no desenvolvimento educacional, promovendo a comunicação entre alunos e professores.

As tecnologias educacionais desempenham um papel fundamental no ensino de Matemática, proporcionando oportunidades de aprendizado mais dinâmicas e eficazes. Nesse contexto, é importante mencionar Paulo Freire, um renomado educador brasileiro que defendia uma abordagem libertadora e contextualizada da educação.
O ensino de Matemática não deve se limitar apenas à transmissão de fórmulas e regras, mas sim ser uma prática de reflexão crítica e transformadora. Nesse sentido, a utilização das tecnologias educacionais pode ser uma aliada no desenvolvimento desse tipo de ensino.
Uma das principais vantagens das tecnologias é a capacidade de tornar o aprendizado mais atrativo e significativo para os estudantes. Por meio de recursos como softwares, aplicativos, jogos e plataformas online, é possível criar situações desafiadoras e envolventes, estimulando o interesse e a motivação dos alunos em relação à Matemática.
Além disso, as tecnologias educacionais permitem uma abordagem mais personalizada e adaptativa. Com o auxílio de programas de inteligência artificial, por exemplo, é possível identificar as dificuldades e lacunas de cada aluno e oferecer um direcionamento específico para suas necessidades individuais. Isso permite um aprendizado mais individualizado e eficiente, atendendo às particularidades de cada estudante.
Outro aspecto relevante é a capacidade das tecnologias de proporcionar uma aprendizagem mais contextualizada. Ao utilizar recursos como simulações, vídeos e atividades práticas, é possível abordar a Matemática de forma mais aplicada, relacionando-a com a vida cotidiana dos alunos. Dessa forma, eles são capazes de perceber a importância e a utilidade da Matemática no mundo real, tornando o aprendizado mais significativo.
De acordo com a perspectiva de Freire, é fundamental que os alunos sejam protagonistas de seu próprio aprendizado. Essa abordagem é potencializada pelas tecnologias educacionais, que permitem a criação de atividades interativas, colaborativas e exploratórias. Por meio de recursos como fóruns online, chats e ambientes virtuais de colaboração, os estudantes podem compartilhar ideias, discutir conceitos e resolver problemas em conjunto, desenvolvendo habilidades de pensamento crítico e trabalho em equipe.
No entanto, é importante ressaltar que as tecnologias educacionais devem ser utilizadas de forma consciente e planejada. Elas são ferramentas que auxiliam o professor no processo de ensino-aprendizagem, mas não substituem sua presença e sua mediação. É necessário que o educador saiba selecionar e utilizar os recursos tecnológicos de forma coerente e adequada aos objetivos pedagógicos, garantindo um uso virtuoso e eficaz das tecnologias educacionais.
Em suma, as tecnologias educacionais oferecem inúmeras possibilidades para o ensino de Matemática, contribuindo para torná-lo mais atrativo, personalizado, contextualizado e colaborativo. Aliadas aos princípios de Paulo Freire, as tecnologias se tornam uma poderosa ferramenta para uma educação libertadora, que busca formar estudantes críticos, autônomos e participativos diante dos desafios da Matemática e do mundo contemporâneo.

Ao desenvolver tecnologias educacionais, é essencial considerar a diversidade de estilos de aprendizado, níveis de conhecimento e ambientes de aprendizagem. Afinal, cada aluno é único, com necessidades e aspirações distintas. A tecnologia deve ser capaz de adaptar-se a essas diferenças, promovendo a personalização da experiência de aprendizado para maximizar o engajamento e a compreensão. Nesse sentido, quando Paulo Freire diz que ''os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo'', entende-se que a educação é construída a partir das relações estabelecidas no mundo humano (que, segundo o autor, é um mundo de comunicação).
O desafio em relação às tecnologias educacionais também reside em evitar a armadilha da tecnologia pela tecnologia. A simples presença de dispositivos e aplicativos digitais não garante, por si só, uma aprendizagem significativa. A tecnologia educacional bem-sucedida é aquela que enriquece e amplia as oportunidades de aprendizado, permitindo que os alunos explorem conceitos de maneira mais profunda, interativa e crítica. Assim, a educação deve partir mais das perguntas do que das respostas, uma vez que boas perguntas demonstram uma atenção ao que está sendo vivido/experienciado, além de uma percepção crítica da realidade.

O ensinar não significa repassar conhecimento, mas proporcionar situações que o saber seja construído. Além disso, a aprendizagem ocorre através da interação, da pesquisa, da procura pela solução de problemas.

O processo de evolução do ser humano evidencia várias conquistas, como o manuseio da agricultura e pecuária que possibilitou uma evolução no modo de vida do ser humano. Com o passar do tempo variadas tecnologias foram inventadas para variados setores, e a educação também acompanhou essa evolução. Hoje possuímos muitas tecnologias, que ao serem usadas com planejamento e objetivos são capazes de auxiliar a aprendizagem.

Desenvolver tecnologias educacionais pode ser um desafio complexo devido a várias razões, como os estudantes têm diferentes estilos de aprendizagem, ritmos e necessidades educacionais, criar uma tecnologia educacional que atenda a uma ampla gama de alunos pode ser complicado. Além disso, garantir que a tecnologia seja acessível para todos os alunos, incluindo aqueles com deficiências físicas, visuais, auditivas ou cognitivas, pode ser uma tarefa desafiadora.

A comunicação eficaz entre o docente e o estudante torna o processo de ensino aprendizagem mais produtivo e com resultado positivo no aspecto pedagógico e também social. A forma de comunicar pode estar atrelada a métodos variados e não só a tecnologias mas também através de discussões em sala de aula e atividades interativas, por exemplo. A força de saber fazer a comunicação com os estudantes está em captar o interesse dos alunos e mantê-los envolvidos. Integrar tecnologia à educação requer um cuidadoso planejamento pedagógico, o objetivo deve ser atender às necessidades dos alunos de acordo com sua realidade, interesses e habilidade.

Disciplina do prof. Niltom Vieira Júnior... Ahhh!!! 🥰🥰🥰Não poderia iniciar de outro modo senão provocativo. Professor, tens minha admiração... A produção e conteúdo do seu material são de fato, inteligentemente selecionados! E a sua capacidade em criar um ambiente mutuamente reflexivo, é inquestionável!!!
Respondendo ao fórum semanal:
Desenvolver tecnologias efetivamente educacionais é um complexo desafio, o qual perpassa o viés tecnológico: envolve integração com conteúdo sólido, estruturação com estratégias pedagogicamente relevantes, não se desviando, sobretudo, do seu propósito maior que é a aprendizagem. É um processo intrínseco e indissociável do conceito de comunicação. Por isso, ao criá-las devem ser considerados aspectos fundamentais tais como: personalização, ou seja, ferramentas elaboradas para atender as especificidades de quem as utiliza, atendendo às suas necessidades, interação colaborativa e também condições de acesso e equidade, entre outros aspectos, os quais quando não considerados resultam na criação de ferramentas que se restringem apenas à tecnologia,
não atingindo um caráter efetivamente educativo e diálogico. Resumindo, a grande dificuldade em desenvolver tecnologia educativas é alinhar suas inúmeras possibilidades de ensino ao um planejamento/metodologia educativa capaz de promover uma aprendizagem significativa, unindo tecnologia, interação e aprendizagem. 

Olá, a grande preocupação é promover o conhecimento sem que se perca o conceito de buscar, ter autonomia, contextualizar. A complexidade sem dúvida, é promover a utilização de software, sem que se perca o fundamento de utiliza-los com o princípio de aprender. Em épocas de IA, o professor deve ter o cuidado promover a busca, a iniciativa de pesquisa e contextualização com real apreço pelo conhecimento, sem que os aplicativos sejam mais interessantes do que o que se pode obter com eles. Estamos em épocas de mudanças, e por isso é necessário estudos e formações para melhor orientação e formação do professor, para que este possa desenvolver a melhor prática no aprendizado do discente.

Quanta lucidez e coerência nesta primeira abordagem da disciplina! A educação nunca será oportunizada de maneira individual, tampouco irá ser concretizada a partir de uma transmissão de um sujeito para outro. Mas efetivamente ocorrerá a partir da interação dos sujeitos entre si e com o mundo.
Ao considerarmos o mundo, no contexto atual, é inaceitável não perceber as ferramentas tecnológicas como parte do mundo e, desta forma, não compreendê-las como também participantes da educação. Assim, é importante que estejamos sempre receptivos às inovações e que o sistema educacional do país consiga nos capacitar e disponibilizar meio para o uso efetivo da tecnologia nos ambientes de "ensinagens".

De acordo com Paulo Freire, a educação acontece no processo de interação entre as pessoas e o mundo, na relação entre os seres, onde a experiência com as coisas e o todo gera aprendizado. Em suma: a utilização das tecnologias educacionais é relevante, mas não deve ser considerada isoladamente. É necessário considerar a experiência do aluno, o conteúdo, a vivência em grupo, o planejamento didático e a avaliação como instrumentos indispensáveis para o desenvolvimento do aluno.

A utilização das tecnologias no contexto educacional é uma tarefa bastante complexa. O fato de as tecnologias serem empregadas em sala de aula não garante automaticamente que estejam mediando o ensino e proporcionando uma melhoria no aprendizado. Muitas vezes, essa utilização pode estar relacionada a uma abordagem superficial, um mero "uso por usar", apenas porque vivemos em um mundo com tecnologias avançadas e porque há uma certa pressão para sua utilização. Para que o uso das tecnologias no ensino seja realmente eficaz, é necessário um planejamento cuidadoso, uma organização que vá além da simples tentativa de transmitir conhecimento. É essencial que ocorra uma comunicação entre os indivíduos e uma reflexão profunda, como afirma Paulo Freire, que diz que os seres humanos se educam entre si, mediados pelo mundo. Somente através deste processo é que as tecnologias poderão, de fato, ser instrumentos efetivos de ensino.

As tecnologias educacionais, de fato, traz perspectivas sobre a educação, por existir as diferentes necessidades dos discentes e docentes. Porém, as diferentes possibilidades que as tecnologias oferecem, também, traz consigo possibilidades educacionais fantásticas . No entanto, as tecnologias a serviço da educação, possui ferramentas valiosas e incríveis para estimular e facilitar o processo de ensino/aprendizagem. Segundo Paulo Freire, "os seres humanos se educam entre si, mediados pelo mundo". Assim sendo, o mundo agora é movido pelas tecnologias e dessa forma, as TIs podem ser instrumentos efetivos de ensino.

A leitura de Paulo Freire, juntamente com as asserções apresentadas, oferece uma base sólida para refletir sobre a complexidade de criar e utilizar tecnologias educacionais de maneira eficaz, assim como evidência a peculiaridade de nossa condição gregária - desenvolvemo-nos na interação social, é nas relações com outrem que posso evoluir cognitivo, afetivo e moralmente.

i) "Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo" - Paulo Freire enfatiza a natureza social da educação, onde a interação entre indivíduos e o mundo desempenha um papel fundamental no processo de aprendizagem. A aplicação das tecnologias educacionais precisa considerar esse princípio. As tecnologias podem atuar como mediadoras do processo educacional, proporcionando acesso a informações e recursos que enriquecem a experiência de aprendizagem. No entanto, para que sejam eficazes, as tecnologias devem ser projetadas para promover a interação entre os alunos, permitindo que eles construam conhecimento de forma colaborativa, assim como aconteceria no ambiente tradicional de sala de aula.

ii) "Um bom professor não fornece boas respostas, faz boas perguntas" - Essa asserção está alinhada com a abordagem pedagógica de Paulo Freire, que valoriza a construção ativa do conhecimento pelos alunos. Quando se trata de tecnologias educacionais, isso implica que o papel do professor não é apenas entregar informações prontas, mas sim criar ambientes que estimulem a curiosidade e o pensamento crítico. As tecnologias podem ser utilizadas para propor desafios, estimular discussões e fomentar a investigação, criando oportunidades para os alunos explorarem conceitos de forma mais profunda e autônoma.

Considerando as individualidades na sala de aula, a criação e o uso de tecnologias educacionais tornam-se ainda mais complexos. Cada aluno possui diferentes estilos de aprendizagem, ritmos de progresso e interesses. As tecnologias educacionais precisam ser flexíveis o suficiente para acomodar essa diversidade. Isso pode envolver a personalização do conteúdo e das atividades com base nas necessidades individuais dos alunos, bem como o fornecimento de recursos variados para atender a diferentes estilos de aprendizagem.

Em resumo, criar e utilizar tecnologias educacionais verdadeiramente eficazes requer uma abordagem holística e flexível, onde os princípios de interação social, questionamento crítico e adaptação às individualidades sejam levados em consideração. A tecnologia deve ser vista como uma ferramenta que potencializa e enriquece a educação, mas o cerne do processo educacional continua sendo a interação entre os alunos, o professor e o mundo ao redor.

Falar sobre Freire é compreender que a educação é uma imersão dialógica, que valoriza cada particularidade do indivíduo e seu modo de vida, no qual o espaço educacional se configura a partir dos interesses de cada educando. Nessa ótica, vivemos em uma sociedade tecnológica, no qual os processos inovadores se dão pela associação da tecnologia ao mundo. Então se a sociedade está vivenciando novos tempos, novas teorias são elaboradas a partir das anteriores.
Para tanto, construir meios que propiciem essas tecnologias se faz necessário no contexto atual, no entanto é preciso ficar atento ao que se é mediado. As tecnologias são redes de apoio e socialização à educação. Desse modo, quando não se aplica pensando nisso acaba tornando-se uma prática simplista que não associa os saberes à mediação do conhecimento.
Como a assertiva acima explica, “bons professores constroem perguntas” , elevando ao âmbito tecnológico pensamos, “ boas tecnologias educacionais permitem curiosidade e aprendizagens profícuas”.

Pensar as tecnologias atuais como um objeto possível de uso para fins pedagógicos e educacionais já não se demonstra algo fácil. Compreender que as tecnologias estão de alguma forma vinculadas ao processo educacional mesmo sem sua utilização selecionada pelo docente com tal finalidade é essencial, uma vez que ensinar consiste em um processo também de realidade espacial, no qual o aluno do século XXI se encontra.
Por sua vez, a tecnologia estar presente no processo educacional, de forma direta ou indireta não quer dizer que a mesma esteja promovendo conhecimentos significativos. O aluno precisa para além de acessar e conseguir buscar informações, o mesmo necessita conseguir fazer bom uso do que se encontra disponível por meio das tecnologias. Tal ação só se dará por meio de uma educação crítica e dialógica, na qual exista uma relação de troca de aprendizados e uma visão crítica de seu próprio processo de ensino.

"Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo". Paulo Freire tem uma perspectiva de que o processo educacional deve-se pautar pela interação e pelo diálogo, é neste contexto que a educação deve se encontrar, como uma ferramenta a mais no processo e com utilizações voltadas para o desenvolvimento crítico do educando, NUNCA substituindo a relação da aprendizagem dialógica. 

As tecnologias são criadas pelo Homem como forma de complementar ou suprir aquilo que lhe falta biologicamente. Nesse sentido, desde o seu surgimento na Terra, o Homem vem criando meios, não para se adaptar a ele, mas para fazer com que o ambiente se adapte as suas necessidades (nem sempre coerentes). As tecnologias educacionais estão inseridas em um espaço diverso, multifacetado e isso pode tornar a aplicação destas algo realmente muito complexo. No entanto, há de se compreender que as tecnologias nos acompanham desde tempos remotos e de maneira constante, e, atualmente, as tecnologias digitais (mesmo recentes) vêm desempenhando um papel importante em nossas relações com as pessoas e com o mundo, portanto, as criações tecnológicas no campo educacional podem sim ser responsáveis pela mediação entre o mundo, o educando e o educador, de forma a contribuir para a comunicação, para o diálogo e para uma educação verdadeiramente libertadora.

No momento em que nos professores conseguirmos entender sobre a reflexão de que “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”, vamos entender o que Paulo Freire passou uma vida fazendo a reflexão, de que sempre estamos aptos a aprender, que o processo de ensino-aprendizagem está mais relacionado a troca de conhecimentos professor- aluno do que simplesmente só achar que só temos a ensinar e muito pouco a aprender, e as novas tecnologias estão evoluindo de forma constante e nos desafiando todo dia, um exemplo disso, o ChatGPT que pode ser usado como um facilitador da aprendizagem, mas sendo mal usado, se torna somente uma ferramenta de plágio
A escola e os educadores devem estar sempre prontos a se reiventar e trazer as novas tecnologias a favor da educação e do processo de ensino aprendizagem, só quando estamos acompanhando as inovações e dentro do mundo dos nossos alunos conseguimos ensinar de uma forma mais atualizada, sempre aperfeiçoado o nosso processo de ensinar, como Paulo Freire que quando utilizou palavras e ações dentro do contexto daqueles a qual estava ensinando teve exito, pois é mais fácil para nossos alunos quando adentramos o seu mundo e conseguimos ensina-los a partir daquilo que está dentro de suas realidades.

Acredito que nessa perspectiva, o melhor que a tecnologia pode oferecer está na capacidade de ligação do conteúdo ao cotidiano, à vida real dos alunos. Sou professor de história, e nos últimos dois anos tenho feito um imenso esforço para produzir um material que seja capaz de ilustrar o passado em seus detalhes, especialmente como as pessoas viviam em cada processo histórico ou evento específico. A organização dos locais de moradia e trabalho, os meios de comunicação, as condições dos soldados e civis em meio às guerras ou ocupações estrangeiras. Todos esses detalhes despertam a curiosidade e abre a possibilidade de, através de uma comparação com sua própria realidade e experiências, os alunos serem capazes de criticarem o passado e a sua própria realidade, entendendo as potencialidades dadas em seu tempo, que oferecem muito mais possibilidades do que em outros tempos, ao passado que eles continuam limitados pelas relações sociais estabelecidas. As fotos e vídeos tem esse poder, o de ilustrar o passado e desenvolver a reflexão individual e o despertar do interesse para o debate, o professor deve ser capaz de analisar o material e oferecer as interpretações mais precisas dele.

Pensar em tecnologias educacionais a partir das reflexões apresentadas parece um desafio. Garantir que uma comunicação efetiva aconteça a ponto de alcança ensino e aprendizado a partir de tecnologias demanda uma maneira inovadora e crítica de se pensar a aula, considerando paradigmas que na prática podem não ser tão constantes na educação atual. Contudo, mostra-se um desafio necessário e possível de ser concretizado como prática, visto que o contexto presente exige tais reflexões e possibilidades.

Diante desse entendimento pode se perceber que todos necessitam do outro para aprender ninguém consegue viver sozinho e ninguém consegue ensinar sozinho podemos ter como exemplo o mundo todos os dias você aprende coisas novas e vive coisas novas, o mundo esta se desenvolvendo muito rápido e com ele vem as tecnologias e com essas tecnologias o ser humano também aprende. Um mediador de ensino e o professor ele busca métodos de ensino para que em sala de aula ele possa aprender junto com seu aluno e até mesmo tira suas duvidas então ambos aprendem juntos.