Relacione os estudos da Semana 2 com o artigo "Educação profissional e a reforma do Ensino Médio: lei nº 13.415/2017.
A Lei 13.415/2017 alterou a estrutura do ensino médio, ampliando a carga horária e introduzindo os itinerários formativos, que podem incluir a educação profissional e tecnológica (EPT) . A reforma do ensino médio trouxe desafios e oportunidades para a EPT, como a necessidade de articulação entre os sistemas de ensino, a diversificação das ofertas formativas, a valorização dos saberes técnicos e tecnológicos e a integração entre educação e trabalho .
Os estudos da semana 2 abordam a educação profissional e tecnológica (EPT) no Brasil, seus conceitos, princípios, modalidades e desafios. O artigo “Educação Profissional e a Reforma do Ensino Médio: lei nº 13.415/2017” analisa as implicações da reforma do ensino médio para a EPT, especialmente no que se refere à flexibilização curricular, à integração entre educação geral e profissional e à qualidade da formação
A Educação Profissional e Tecnológica (EPT), no Brasil, tem seu marco histórico em 23 de setembro de 1909, quando o então Presidente da República, Nilo Peçanha, assinou o Decreto nº 7.566 (Brasil, 1909), que criou e sistematizou nas capitais dos Estados da República, as Escolas de Aprendizes Artífices. Um dos fatores balizadores para a publicação dessa normativa foi o fim do trabalho escravo no país e a necessidade de atender 636 fábricas instaladas. Para uma população com 14 milhões de habitantes e um total de, aproximadamente, 54 mil trabalhadores, fazia-se necessário uma política de controle da classe proletária, dos filhos dos trabalhadores e, sobretudo, considerando a necessidade de qualificar força de trabalho para a economia acentuadamente agrário-exportadora, com predominância das relações de trabalho rurais pré-capitalistas (Brasil, 2009).
Com o passar dos anos, a educação Profissional (EP) incorporou jovens e adultos em sua destinação, preservando a identidade de se dirigir à classe trabalhadora, qualificando mão de obra para o mercado de trabalho. Isto é, embora a EP tenha ampliado a idade dos sujeitos a serem formados profissionalmente, continuou ofertando uma educação técnica que se destinava aos filhos dos trabalhadores para atender à demanda posta pelo mercado, o que significa reconhecer que vinha se consolidando na firmação de uma identidade própria, aquela que se propõe a qualificar trabalhadores para os postos de trabalho.
Referências:
BRASIL. Centenário da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. Brasília: MEC, 2009. Available at: <Available at: http://redefederal.mec.gov.br/centenario-da-rede-federal >.
KUENZER, Acácia. Ensino Médio e Profissional: as políticas do Estado neoliberal. São Paulo: Cortez, 2001.