Ao relacionar o tema desta semana que compreende a legislação que regulamenta a educação brasileira, com foco na EPT ao artigo Educação Profissional e a Reforma do Ensino Médio: lei nº 13.415/2017, podemos destacar que as políticas educacionais brasileiras, adotam um caráter minimalista, onde buscam adequar às reformas pelas leis do Mercado, assim o ensino médio que já era precário e com auto índice de evasão, só tende a piorar, pois falta investimento. A lei estabelece o aumento de carga horária e a implantação dos itinerários, porem ainda temos escolas estaduais que funcionam em prédios municipais, inviabilizando a ampliação da carga horária presencial pois falta espaço nas escolas. E quando abordamos a formação de professores encontramos outro ponto que gera discussões visto que devidos aos itinerários se aceita Profissionais com "notório saber" podem atuar como docentes do Ensino Médio. Existem os grupos de resistência que se manifestaram contrários a aprovação da BNCC e do novo ensino médio, porem essa resistência deve ser reforçada pela união dos profissionais da educação e com o apoio da sociedade para que se consiga uma mudança significativa.
Em resposta à Viviana Patricia Kozlowski Lucyk
Re: Atividade 2.1
por Vitória Régia Lopes dos Santos -Concordo com o resumo e a articulação entre os temas da colega. Gostaria também de ressaltar outros pontos que chamaram minha atenção. O conteúdo da apostila e o texto de discussão da semana se complementam muito bem ao abordar o tema da reforma do ensino médio e as diretrizes para a educação profissional. No artigo, Costa e Coutinho (2018) apontam que as mudanças realizadas no Ensino médio são guiadas pelas necessidades do mercado e acabam negligenciando a formação plena do individuo. Ainda, a falta de investimentos no desenvolvimento das atividades propostas, como o projeto da escolha de itinerários formativos pelos jovens, não permite a efetivação tal como formulada pela lei. Por fim, os autores também destacam que a permissão de atuação e profissionais de notável saber no âmbito do ensino médio pode negligenciar a formação docente necessária para essa atuação.
Olá, com intuito de colaborar com a resposta da nobre colega, quero destacar também que a reforma do Ensino Médio instituida pela lei nº 13.415/2017, criou itinerários formativos como recurso onde o aluno escolhe o caminho que quer percorrer, mas não preparou o aluno para essa escolha, eu tive essa semana a ingrata situação de acompanhar alunos que tinha que entrar no sistema para fazer a matricula para o ano de 2024 e não tem uma decisão formada sobre qual escolha fazer. Instituir uma lei e não dar amparo para gozar dessa lei é no minimo estranho e foge do espirito da lei. O aluno não conhece o universo da Robótica, não conhece o que se estuda em gestão de negócios eixo administração, não conhece marketing digital e suas ferramentas, ou seja, precisa de um preparo através de feiras de profissões, fóruns nas escolas, palestras para os alunos se interarem das profissões e assim fazer uma escolha mais próxima da sua realidade, se não teremos alunos estudando esses eixos desmotivados.
Em resposta à Viviana Patricia Kozlowski Lucyk
Re: Atividade 2.1
por Rodiney Marcelo Braga dos Santos -Colegas, olá! A Lei nº 13.415/2017 que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece uma mudança na estrutura do ensino médio, ou seja, parte da carga horária deverá ser destinada aos itinerários formativos que são o conjunto de disciplinas, projetos, oficinas, núcleos de estudo, entre outras situações de trabalho, que os estudantes poderão escolher no ensino médio, a exemplo, a formação técnica e profissional. Todavia, as mudanças do Novo Ensino Médio não atingem apenas a carga horária e os conteúdos; elas transformam a essência dos conceitos de educação e ciência, reformulando todas as ideias sobre a aquisição de conhecimento. Outra crítica é quanto à educação profissional como um dos itinerários formativos possíveis no ensino médio. A integração entre a educação básica, principalmente na etapa do ensino médio, e a educação profissional é uma iniciativa importante que historicamente foi defendida pelos educadores e principais movimentos ligados à educação. Mas é preciso perceber as diferenças. Ela joga a educação profissional para dentro da carga horária do ensino médio, substituindo, portanto, outros conteúdos que não seriam priorizados caso o estudante escolhesse esse itinerário formativo. Isso é rigorosamente o oposto do que se defende como integração porque, em vez de qualificar a formação profissional com conteúdos gerais, que permitam ao aluno refletir e compreender de forma abrangente os processos e condições de trabalho na nossa sociedade, o currículo restringe essa possibilidade, jogando o jovem filho da classe trabalhadora diretamente no mercado de trabalho. Hoje, em meio a críticas sobre aumento de desigualdades e precarização do ensino em escolas públicas, que abrigam a grande maioria dos estudantes desta etapa, o cronograma de implementação do novo ensino médio foi suspenso enquanto o tema é debatido. Avante!
Complementando o aluno Rodiney, no artigo "Educação Profissional e a Reforma do Ensino Médio: lei n° 13.415/2017", os autores por meio de análises históricas sobre a educação brasileira, destacam que esta lei não iria valorizar o ensino técnico, entre os motivos, quero destacar a falta de investimento por meio da Federação aos Estados para implantar escolas de tempo integral e profissionalizante, pois além de professores, se faz necessário uma estrutura física que possibilite os alunos ficarem dois turnos, como: refeitório, banheiros com chuveiros, salas de aulas adequadas ao clima de suas regiões(climatizadas ou aquecidas), local de descanso. Também quero acrescentar o artigo do Jornal da USP publicado em 2017 "Após 20 anos, LDB não trouxe avanço pleno para educação no Brasil", na qual se faz um previsão de que metas que estavam para 2024, e quais seriam as suas dificuldades, onde hoje estamos em 2023, e conseguimos verificar que nem todas foram alcançadas, posso comentar pelo Piauí, que apenas a partir de 2020/2021, recebeu dinheiro do FUNDEB destinado a melhoria na infraestrutura, material e aperfeiçoamento dos professores.