A educação é um pilar fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade, fornecendo as ferramentas permitidas para que os indivíduos possam crescer intelectualmente e contribuir de maneira significativa para o progresso de suas comunidades e nações. Nesse contexto, a Lei nº 13.415/2017, que promoveu a Reforma do Ensino Médio no Brasil, desempenhou um papel crucial ao trazer mudanças substanciais na forma como a educação é oferecida aos jovens brasileiros.
Uma das mudanças mais notáveis e, em minha opnião a mais significativa, foi a valorização da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio. Falo com propriedade ao ser um ex aluno do Instituto Federal e atualmente técnico em agropecuária, curso integrado ao ensino médio. Antes, a educação profissionalizante muitas vezes era relegada a segundo plano, sendo vista como uma opção para aqueles que não seguiam os caminhos tradicionais do ensino superior. No entanto, uma reforma teve a importância de preparar os estudantes não apenas academicamente, mas também para o mercado de trabalho, equipando-os com habilidades práticas que poderiam ser aplicadas diretamente após a conclusão dos estudos.
Com a Lei nº 13.415/2017, a Educação Profissional passou a ser uma das trajetórias possíveis dentro do Ensino Médio, permitindo que os estudantes escolhessem entre um currículo mais voltado para as disciplinas ocasionais ou uma abordagem que combina essas disciplinas com conteúdos específicos para uma profissão específica. Essa mudança ajudou a diminuir a dicotomia entre educação acadêmica e formação técnica, confirmando que ambas são valiosas e podem coexistir harmoniosamente.
Além disso, a reforma também flexibilizou a estrutura curricular, permitindo que as escolas tenham maior autonomia para definir parte de seus currículos, adaptando-se às necessidades e realidades locais. Isso possibilitou a criação de projetos pedagógicos mais alinhados com as demandas regionais e com as aspirações dos estudantes, tornando a educação mais atrativa e relevante.
Contudo, a falta de infraestrutura, a capacitação adequada de professores e a disponibilidade de recursos financeiros foram questões que impactaram e ainda impactam a efetivação dessas mudanças. Além disso, a pandemia de COVID-19 trouxe novos obstáculos, exigindo adaptações rápidas e inesperadas em todo o sistema educacional.
Em resumo, a Educação Profissional e a Reforma do Ensino Médio, trazidas pela Lei nº 13.415/2017, representam um esforço significativo para modernizar o sistema educacional brasileiro. Ao considerar a importância da formação técnica aliada à educação acadêmica, essa reforma buscou preparar os estudantes de maneira mais abrangente para os desafios do mundo contemporâneo. No entanto, o sucesso desta iniciativa contínua não depende apenas de uma legislação sólida, mas também de investimentos adequados, formação de professores e avaliação constante e ajustes conforme a realidade evoluem.