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Atividade 1.1 - Fórum Temático Obrigatório

Resposta ao Forum temátivo 1.1

Resposta ao Forum temátivo 1.1

por Fabrícia de Lima Brito - Número de respostas: 9

- De lá até os nossos dias atuais, você observa avanços no cotidiano escolar dos estudantes com deficiências?

Sim, é inegável que existem avanços no acesso, na aceitação e no desenvolvimento de metodologias para a inclusão de alunos com deficiências. 

Falando em dados, segundo o censo escolar de 2022 (https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-escolar/resultados/2022), o número de matrículas, de 2010 a 2022, passou de 34.044 para 174.771, no ensino infantil, de 380.112 para , no ensino fundamental e de 914.557de 27.695 para 203.138, no ensino médio, sendo a deficiência intelectual a com maior número de alunos matriculados em 2022, com 914.467 (https://download.inep.gov.br/censo_escolar/resultados/2022/apresentacao_coletiva.pdf. É claro que acesso não quer disser inclusão e aprendizado, mas conseguir o acesso já é um passo primordial para derrubada das barreiras para esses alunos. 

Também existe uma gama de artigos e estudos sendo feitos na temática da inclusão, que tem trazido, além das costumeiras críticas aos professores, alguma luz sobre como atuar para o desenvolvimento desses alunos, dentro das suas especificidades, 

- As escolas públicas têm recebido os recursos necessários para que sejam verdadeiramente ambientes inclusivos?

Não, a escola pública, é com certeza, o local de maior inclusão de alunos com deficiências, mas os recursos financeiros para a compra de materiais, contratação de profissionais, adequação de mobilha e espaço físico está longe de ser uma realidade. Em alguns municípios, a sala para o AEE nem é dentro da escola e sim atende várias escolas ao mesmo tempo. Outras, montam salas por vontade e esforço dos servidores e muitas vezes do patrocínio também. Nas que não tem nem espaço específico, nem profissionais, a responsabilidade desse atendimento é destinada apenas aos professores. Outra realidade é o excesso de alunos por turma, excesso de carga horária e nenhuma formação dos professores, daí advém a eterna culpabilização dos professores na educação especial.



Em resposta à Fabrícia de Lima Brito

Re: Resposta ao Forum temátivo 1.1

por JAQUELINE ARGOLO REBOUÇAS -
A Lei nº 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência) trouxe avanços significativos no que diz respeito à inclusão de estudantes com deficiências nas escolas ao estabelecer que as pessoas com deficiência têm direito à igualdade de oportunidades e a não discriminação, incluindo o acesso à educação de qualidade.

Contudo, para implementação da inclusão (de fato) nas escolas públicas ainda é necessária a garantia de recursos financeiros, capacitação de professores, adaptações nas estruturas físicas e políticas educacionais. Ou seja, se existem avanços em algumas áreas, ainda são gigantescos os desafios. Esses avanços podem variar de acordo com o estado e o município e até com cada escola, uma vez que a educação é em grande parte responsabilidade das diferentes esferas governamentais.

O que mais observo nas escolas onde atuo é que existe uma “inclusão social” dos alunos, garantindo a sua matrícula e presença nas salas de aulas regulares, mas ainda falta a assistência adequada e personalizada conforme as especificidades de cada estudante em nossas escolas. A existência da equipe multiprofissional do AEE (e que não existe em várias escolas no nosso país) não garante por si só esse atendimento, uma vez que esse serviço é auxiliar ao do professor da sala de aula regular. É preciso também que esse professor tenha tempo, formação continuada e recursos necessários para atendimento às especificidades de cada aluno; o que é impossível em salas de aulas superlotadas, com a carga horária de aula excessiva e com a ínfima quantidade de aulas para cada turma/disciplina, conforme determinado pela nova BNCC.
Enfim, são grandes os desafios e ainda faltam os recursos para que nossas escolas sejam verdadeiramente ambientes inclusivos.
Em resposta à JAQUELINE ARGOLO REBOUÇAS

Re: Resposta ao Forum temátivo 1.1

por Franciele Soares de Souza -
Concordo colega! Apesar da legislação vigente e dos documentos norteadores para a inclusão de pessoas com deficiência nas escolas regulares, na prática, as indicações não ocorrem como proposto, de modo que o processo de ensino e aprendizado e a integração destes alunos, na perspectiva da educação inclusiva, ainda estão aquém ao esperado.
Em resposta à Franciele Soares de Souza

Re: Resposta ao Forum temátivo 1.1

por Ana Paula Barradas dos Reis -
Concordo com seu pensamento, e o principal ponto de partida dentre todos estes citados por você é a questão da humanização, o acolhimento no processo e autocrítica, enquanto profissionais, que devemos fazer para podermos melhorar para a evolução da inclusão.
Em resposta à JAQUELINE ARGOLO REBOUÇAS

Re: Resposta ao Forum temátivo 1.1

por Armstrong Pereira de Almeida -
Olá, li e me coloquei a reflexão sobre a suas considerações. Peço licença para fazer um
contraponto em relação a suas colocações. Sobre suas colocações em relação a Sala de
Recursos penso que pode haver diferenças entre Regiões e Estados e Municípios. Eu resido no
Estado Espírito Santo no Município de Serra, por aqui há bastante salas de recursos, não é em
todas as escolas, mas a grande maioria das escolas públicas da localidade que te falei conta
com este suporte. A verba para a aquisição de recursos é realmente aplicada no contexto da
inclusão. Sobre as formações continuadas, realmente o a Secretaria de Educação Estadual foi
insuficiente por muitos anos, pelo menos uns 5 anos sem oferecer. Aqui na região penso que a
atuação de movimentos sociais, por exemplo "Mães Eficientes Somos Nós" pressionaram o
poder público por melhorias. Respeitosamente, Armstrong.
Em resposta à Fabrícia de Lima Brito

Re: Resposta ao Forum temátivo 1.1

por Eliana Antonia Demarques -
Olá Fabricia!
Também trabalho em escola pública e ainda temos inúmeros desafios, principalmente materiais didáticos de suporte.