Os vídeos destacam a crítica à visão curricular tradicional, que é muitas vezes chamada de "educação bancária". Nesse modelo, os alunos são frequentemente vistos como recipientes passivos a serem preenchidos com informações pelos professores. O foco principal é na memorização de fatos e no desempenho em testes padronizados. No entanto, essa abordagem tende a negligenciar o desenvolvimento de habilidades críticas, pensamento independente e a capacidade de analisar e questionar o mundo ao redor. Em vez disso, o sistema tradicional muitas vezes perpetua desigualdades, reproduzindo as normas e valores dominantes da sociedade.
A teoria crítica do currículo surge como uma resposta a essa visão tradicional, defendendo uma abordagem mais humanista e emancipatória da educação. Ela enfatiza a importância de adotar perspectivas diversas, reconhecendo a pluralidade cultural e valorizando a experiência dos alunos. Além disso, a teoria crítica do currículo busca desconstruir as ideias convencionais, incentivando os alunos a questionar e analisar criticamente o conhecimento.
No contexto do filme "Tempos Modernos" de Charlie Chaplin, é destacada a desumanização dos trabalhadores nas sociedades industrializadas, onde os trabalhadores são tratados como meras engrenagens em uma máquina gigante. Esse cenário ilustra como sistemas opressivos despojam as pessoas de sua humanidade e autonomia. O filme ressalta a importância de resistir à alienação e à desumanização, que também é um princípio central da teoria crítica do currículo. Ambas as perspectivas - o filme e a teoria - convidam a uma reflexão profunda sobre o papel da educação na formação de cidadãos críticos e ativos, capazes de desafiar estruturas de poder e buscar formas mais igualitárias e justas de sociedade. Essas ideias estão em consonância com a filosofia curricular de Libâneo, que valoriza uma educação que vai além da simples transmissão de conhecimento, buscando desenvolver a cidadania crítica e participativa.