O currículo como convergência de práticas é uma abordagem que vê o currículo como um objeto criado a partir de diferentes domínios de ação. Para Sacristán (2000, p. 101), trata-se de um entrecruzamento múltiplos tipos de práticas ou subsistemas: políticos, administrativos, de produção de materiais institucionais, pedagógicos, de controle, etc. Por isso, envolve muitos agentes e forças expressas na sua efetiva implementação. Esta abordagem ao uso regular do currículo é o resultado de diversas práticas que estão interligadas e se influenciam reciprocamente. Nessa perspectiva, muitos teóricos asseguram que o currículo não é apenas um conjunto de conteúdos a serem instruídos, mas sim um processo dinâmico que envolve a interação entre diferentes atores e práticas. As práticas que influenciam o currículo incluem não apenas práticas pedagógicas, mas também práticas sociais e culturais que moldam as expetativas e valores de alunos e professores.
Pode-se citar alguns casos como quando o professor busca incentivar a participação dos alunos em sala, exemplo disso é envolver diferentes métodos, abordagens e disciplinas para criar uma experiência de aprendizagem mais rica e significativa. Buscando entender quem nem todos os alunos têm o mesmo ritmo, porém , mesmo assim consegue trabalhar bem como toda a turma.
Diante do exposto, o currículo é visto como um objeto complexo e multifacetado que não pode ser entendido isoladamente, mas antes como um conjunto de práticas que se interligam e influenciam umas às outras. Por isso, cabe aos docentes e aos demais agentes educadores compreenderem o currículo como uma confluência de práticas para refletir criticamente sobre as práticas educacionais e criar currículos mais contextualizados e relevantes para os alunos.