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Fórum obrigatório da semana 1

Fórum obrigatório da semana 1

Fórum obrigatório da semana 1

Número de respostas: 37
Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Márcio Douglas de Carvalho e Silva -
Ao refletir sobre as reformas educacionais no Brasil diante do desafio de garantir uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade, é possível observar avanços e desafios ao longo das últimas décadas. Pelo apresentado na apostila da disciplina, observa-se importantes marcos históricos que conduziram a essa realidade, como a Constituição Federal de 1988, revelando uma preocupação democrática com o acesso à educação, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional foi um passo significativo, organizando o sistema educacional do país moldando a estrutura da educação básica e do ensino superior. Porém deve-se levar em conta que também há críticas como as existentes em relação à Base Nacional Comum Curricular, e isso sugere desafios na implementação de propostas mais recentes, especialmente no ensino profissionalizante. A criação do Exame Nacional do Ensino Médio leva o governo a uma busca por padrões de avaliação internacionais, mas as críticas a esses programas também são ainda um desafio para que haja aprimoramentos. Nesse contexto, vimos que os governos Lula e Dilma promoveram uma expansão significativa a Educação Profissional e Tecnológica, assim como o Ensino Superior, com a criação dos Institutos Federais. Mas ainda há de se considerar que, a realidade brasileira é múltipla, e ainda existem muitas desigualdades regionais e muitas vezes o acesso à educação de qualidade em algumas partes de país ainda é dificultoso. Diante dessa realidade, percebe-se a distância entre as aspirações de uma educação universalizada e a complexidade dos desafios enfrentados.
Em resposta à Márcio Douglas de Carvalho e Silva

Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Renata de Sousa Borges -
Concordo com o exposto colega. A educação evoluiu muito ao longo dos anos mas ainda temos um longo caminho a percorrer. A BNCC e o Enem por exemplo, são ótimas inciativas do governo, mas levando em consideração a educação pública que temos no país hoje, a BNCC e o Enem não refletem a realidade do país.
Em resposta à Márcio Douglas de Carvalho e Silva

Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Marcel Souza Castro de Abreu -
Realmente, não há como negar que ao longo do tempo houveram inúmeros avanços no campo educacional, principalmente a garantia ao acesso a educação de todos os cidadãos e de forma gratuita, porém, essa garantia esbarra muitas vezes em diversas questões sociais que impedem o acesso e permanência dos estudantes, que mesmo com todos os avanços sociais, muitos ainda permanecem marginalizados e oprimidos, contrariando a visão de Paulo Freire sobre a educação. Historicamente a educação serviu a diversos propósitos, de acordo com quem estava no poder na época, a Igreja Católica usou a educação para seus interesses durante muito tempo até o Império assumir o controle sobre as ações educativas. Conforme a sociedade evoluía de forma acelerada, a educação avançava a passos de formiga, com pequenas mudanças, porém significativas para a época como por exemplo a educação pública, laica, gratuita e de acesso irrestrito. As propostas dos escolanovistas trouxeram grandes esperanças para uma educação de qualidade que sofreu um grande retrocesso durante o período da ditadura militar. Entre avanços e retrocessos a educação caminha resiliente e sempre buscando transformar a sociedade de maneira positiva e significativa.
Em resposta à Márcio Douglas de Carvalho e Silva

Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Melissa Diniz Lopes -
A reflexão do Márcio Douglas oferece uma visão abrangente das reformas educacionais no Brasil, reconhecendo avanços significativos, como a Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases, mas destacando desafios persistentes, incluindo críticas à Base Nacional Comum Curricular e questões de desigualdade regional. A menção à expansão da Educação Profissional e Tecnológica sob os governos Lula e Dilma é positiva, mas a ressalva sobre as dificuldades de acesso à educação de qualidade em algumas regiões destaca a complexidade do panorama educacional brasileiro. A conclusão sobre a distância entre as aspirações de uma educação universalizada e os desafios enfrentados destaca a necessidade contínua de abordagens aprimoradas.
Em resposta à Márcio Douglas de Carvalho e Silva

Re: Fórum obrigatório da semana 1

por João Paulo Rodrigues dos Santos -
Pelo exposto por ti, e pelo que eu li do material, passei a pensar, além de ainda haver muito o que se fazer em favor da Educação brasileira, é preciso, também, que haja uma força-tarefa que envolva toda a sociedade, no sentido de mudar a percepção social em relação ao aprendizado. Isto é, ao que parece, é preciso que os próprios cidadãos vejam, de fato, valor na Educação, senão, ao que parece, nunca será possível que as leis que são marcos legais educacionais deixem de ser abstrações.
Em resposta à Márcio Douglas de Carvalho e Silva

Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Maria Alice Nascimento Santos -
Compartilho da sua análise sobre as reformas educacionais no Brasil. É inegável o progresso alcançado desde a Constituição Federal de 1988, que demonstrou um compromisso democrático com a educação. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional foi um marco importante na organização do sistema educacional. Concordo também que a implementação da Base Nacional Comum Curricular e do Exame Nacional do Ensino Médio trouxe desafios, especialmente no ensino profissionalizante, e é crucial lidar com as críticas para promover aprimoramentos.

Destaco o papel fundamental na expansão da Educação Profissional e Tecnológica, assim como no Ensino Superior, através dos Institutos Federais. Contudo, reconheço a complexidade das desigualdades regionais no Brasil, que ainda representam obstáculos para o acesso universal à educação de qualidade. A distância entre as aspirações de uma educação universalizada e a realidade enfrentada, permeada por desafios complexos, é evidente. Portanto, é crucial continuar buscando soluções para superar essas barreiras e promover uma educação inclusiva em todas as regiões do país.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Leila Curcino Alves -
As reformas educacionais brasileiras enfrentam o desafio complexo de consolidar uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade. O cenário demanda não apenas investimentos financeiros, mas também uma revisão profunda das políticas pedagógicas e estruturais. A busca pela equidade deve ser prioridade, garantindo acesso igualitário a todos os cidadãos, independentemente de sua origem socioeconômica. A laicidade, por sua vez, requer a separação clara entre Estado e religião nas instituições de ensino, assegurando um ambiente inclusivo e diversificado. Além disso, é essencial fomentar práticas educacionais inovadoras, adaptadas às demandas contemporâneas, e promover uma formação docente sólida. A construção de uma educação de qualidade no Brasil exige um comprometimento efetivo com a transformação estrutural e cultural do sistema educacional.
Em resposta à Leila Curcino Alves

Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Karina Ribeiro Soares Reis -
Olá, ótimas explanações, precisamos de reformas efetivas, que contextualizem com a realidade da população e pautadas em sua cultura.
Em resposta à Leila Curcino Alves

Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Marcel Souza Castro de Abreu -
Como Paulo Freire disse no vídeo, as falas do governo sobre as políticas públicas para a educação não se reflete na prática do que o governo realiza na educação, uma educação de qualidade necessita de investimentos em políticas públicas educacionais e qualificação profissional dos profissionais da educação, porém, o que vemos na realidade é a educação sendo alvo de constante perseguição por parte dos governantes, retirada de investimentos, acusações de doutrinação dos alunos e demais ações que colocam o educador como vilão e na realidade sabemos que os professores são os verdadeiros heróis que saem a luta diariamente para transformar a realidade de diversos estudantes, garantindo-lhes a cidadania plena, autonomia, pensamento crítico e protagonismo de suas próprias histórias.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Vitória Régia Lopes dos Santos -
A história da educação no Brasil é marcada por transformações significativas ao longo dos séculos. Durante o período colonial, a educação estava voltada principalmente para a catequese e a formação de clérigos. Com a vinda da Família Real Portuguesa em 1808, houve a abertura de escolas e instituições de ensino superior.

No século XIX, surgiram as primeiras iniciativas de educação pública, mas a oferta era limitada e destinada principalmente às elites. A Proclamação da República em 1889 trouxe consigo a ideia de uma educação laica, mas ainda persistiam desigualdades e a falta de acesso generalizado.
O século XX viu avanços significativos, como a criação do Ministério da Educação em 1930 e a implementação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação em 1961. Durante o regime militar (1964-1985), ocorreram mudanças no sistema educacional, com ênfase em conteúdos voltados para a formação cívica.

Após o retorno à democracia, a Constituição de 1988 estabeleceu a educação como um direito de todos. No entanto, desafios persistem, incluindo desigualdades regionais, falta de investimento adequado e problemas na qualidade do ensino.

Ao longo das últimas décadas, várias reformas foram propostas para enfrentar esses desafios e promover uma educação mais inclusiva e de qualidade. No entanto, a busca por uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade continua sendo um objetivo a ser perseguido no cenário educacional brasileiro.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Karina Ribeiro Soares Reis -
Olá,
Dialogar sobre: "As reformas educacionais brasileiras frente aos desafios de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade", nos faz refletir sobre muitas temáticas. Ao adentrar a leitura do livro na nossa primeira semana de conteúdo e assistir os vídeos, percebemos mudanças lentas, sempre privilegiando a manutenção do sistema. Porém, percebemos que a partir da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), o ensino começa a se popularizar, no século XXI avanços são melhor observados. Desde as leis que versam sobre inclusão, ensino da cultura afro-brasileira e indígena, mais vagas no Ensino técnico e Superior, maior formação para os profissionais da educação com o avanço do ensino EAD, entre outras. São notáveis o avanço, mesmo que em passos largos, é vocês colegas, gostariam de citar alguma medida importante na educação brasileira?
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Renata Lima Cremasco -
Ao analisarmos o texto, percebemos que a questão das reformas educacionais são desafiadoras e fatores como a falta de continuidade devido as mudanças de ciclos políticos, o investimento e distribuição desigual e as discussões em torno da laicidade comprometem a efetividade dessas reformas. As reformas educacionais refletem esforços significativos para atender aos princípios de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade, contudo, é preciso que haja comprometimento para garantir a efetiva implementação dessas reformas e, principalmente, sua continuidade para proporcionar uma educação que verdadeiramente promova a igualdade e o desenvolvimento pleno dos estudantes.
Em resposta à Renata Lima Cremasco

Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Leonardo Pena Testasicca -
Prezada professora Dandara, estimad@s colegas.

As reformas educacionais no Brasil enfrentam desafios complexos para garantir uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade. Embora haja esforços para ampliar o acesso, questões como a falta de continuidade nas políticas (O que em determinado momento da nossa história recente, ainda bem que há essa mudança. Acho que conseguiram entender!!!), a desigualdade socioeconômica e a deficiência na formação de professores impactam a qualidade do ensino. 
Aproveito para lembra a situação, também recente, do NEM.

É essencial superar esses obstáculos, priorizando não apenas a quantidade de estudantes atendidos, mas também a melhoria efetiva do ensino, o investimento na valorização dos docentes e a adequação dos currículos à realidade dos alunos, visando formar cidadãos críticos e participativos na sociedade.
 
Para superar esses desafios, é crucial que as reformas considerem não apenas a ampliação do acesso, mas também a melhoria da qualidade do ensino, a formação contínua dos professores e a valorização da escola como espaço de construção do conhecimento. Políticas públicas consistentes e alinhadas a um projeto educacional de longo prazo são fundamentais nesse processo.

Quero incluir a discussão desse tema como os professores Saviani e Freire enfatizam a importância de uma educação.
Para Saviani a educação deve ir além do acesso universal, buscando também a qualidade do ensino. Ele propõe uma base curricular comum, respeitando as diversidades regionais, mas mantendo uma estrutura sólida de conhecimentos fundamentais para todos os alunos.
Para Freire têm como base a educação como prática de liberdade, onde o processo de ensino-aprendizagem deve estar ligado à realidade dos estudantes, permitindo sua conscientização e transformação social. Dessa forma a educação é libertadora, e capaz de desenvolver a o senso critico e a autonomia dos alunos, em contraposição a uma educação bancária, que apenas deposita conhecimento.

Abraço
Em resposta à Renata Lima Cremasco

Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Romilda Miguel de Brito Xavier -
Boa tarde Renata Lima
Carvalho (2008) ainda afirma que, no setor econômico, a indústria buscava ser mais autônoma, porém, para isso, era necessário o investimento do capital estrangeiro que se instalava no país, trazendo junto consigo influências nos vários outros setores, como o político e o social.
Inspirado nas doutrinas totalitaristas em plena expansão na Europa, Vargas instituiu o Estado Novo (1937 – 1945), cujas ideologias elegeram a escola como caminho para a “reconstrução” da sociedade brasileira. É nesse período que surge uma das mais conhecidas reformas educacionais brasileiras, não necessariamente pelos seus impactos, positivos ou negativos, mas principalmente pelo seu cunho marcado pelos ideários nacionalistas de Getúlio Vargas: a Reforma Capanema, sob comando do então ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema (1900 – 1985).
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Jenniffer Cecília Noronha de Faria -
A apostila da disciplina nos apresenta um excelente panorama sobre as reformas educacionais no Brasil, os marcos históricos que os conduziram e os grandes desafios de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade. O cenário educacional brasileiro é marcado por desigualdades regionais, socioeconômicas e estruturais que impactam diretamente a efetividade desses princípios fundamentais.
A gratuidade, embora seja um princípio constitucional, muitas vezes é comprometida por limitações orçamentárias e pela necessidade de investimentos substanciais em infraestrutura, material didático e formação de professores. Esses obstáculos impactam diretamente a qualidade do ensino oferecido, tornando essencial uma gestão eficiente dos recursos disponíveis. Mas acredito que a superação dessas dificuldades não requerem apenas investimentos financeiros, mas também uma abordagem abrangente que leve em consideração as complexidades socioeconômicas e culturais do país, promovendo uma educação que verdadeiramente atenda às necessidades e potencialidades da população.
Em resposta à Jenniffer Cecília Noronha de Faria

Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Romilda Miguel de Brito Xavier -
Boa tarde Jenniffer Cecília
A educação laica, que é uma educação que não favorece nenhuma religião, é um princípio importante em muitos sistemas educacionais, incluindo o Brasil. Isso garante que todos os estudantes, independentemente de suas crenças religiosas, tenham acesso a uma educação de qualidade.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Ulisses dos Santos Gonçalves -
Boa tarde a todos e todas.

O que mais me chama a atenção no excelente histórico apresentado no livro sobre a trajetória da Educação no Brasil, é a lentidão com que as coisas aconteceram. Praticamente 300 anos sem quaisquer alterções significativas nas estruturas educacionais. Desde os priomórdios, a formação de professores é sempre apontada como um dos gargalos para a instituição de um ensino público e gratuito, visto que a grande maioria dos professores era formada por padres, de modo que o Ensino e a Catequese estiveram sempre de mãos dadas a despeito das reformas pombalinas. Penso que até hoje isso pode ser visto, não mais no sentido religioso católico, mas no sentido do conservadorismo moral e político. A quantidade de professores que, tendo sido formados nessa lógica tradicional e autoritária que é amplamente difundida no Brasil ainda hoje, parecem acabar por reproduzir isso em suas salas de aula, de maneira que ainda nos vemos às voltas de discursos como "o professor X não tem domínio da sua turma" ou "professor bom é aquele que bota moral". Já escutei em conselhos de classe a frase: "quem esses alunos pensam que são? Temos que colocá-los no lugar deles".

Me parece que para além de atacar o problema financeiro (do orçamento para a educação que é absurdamente insuficiente), é preciso atacar outras frentes, como o problema dos prédios escolares e suas precariedades, os problemas relacionados à formação dos docentes nas licenciaturas, problemas ligados à carreira docente (remuneração, condições de trabalho, assédio moral, construção de identidades docentes, da profissionalidade docente...). De forma bastante pessimista, eu acho que estamos tão longe de resolver essas questões hoje como estávamos no passado.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Ulisses dos Santos Gonçalves -
Tomei a liberdade de procurar a proposta de lei que envolve a atividade desta semana.

https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1750539&filename=PL%203033/2019

Boa leitura (contém ironia).
Em resposta à Ulisses dos Santos Gonçalves

Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Jeciara Rodrigues Barbosa -
Caro colega,
Li a proposta, é diante de muitas frases barbaras que me indignaram essa me marcou bastante:

“Algumas pessoas que trabalharam com Freire estão
começando a compreender que os métodos dele tornam
possíveis ser críticos a respeito de tudo, menos desses
métodos mesmos.”

Em ser critico é uma grande problema, temos que criar gerações Copia e Cola ? Essas coisas me faz pensar como a alienação e manipulação das massas criam um sistema miserável de pessoas.
Em resposta à Jeciara Rodrigues Barbosa

Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Romilda Miguel de Brito Xavier -
Boa tarde Jeciara Rodrigues
As reformas educacionais brasileiras têm enfrentado vários desafios na busca por uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade. Alguns desses desafios incluem a necessidade de melhorar a infraestrutura das escolas, aumentar o financiamento para a educação, melhorar a formação e as condições de trabalho dos professores, e garantir que todos os estudantes tenham acesso igual à educação.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por João Vitor Caldas Santos -
As reformas educacionais no Brasil enfrentam o desafio constante de efetivar uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade para todos os cidadãos. Na minha percepção, esses objetivos se apresentam em uma hierarquia de dificuldades, sendo que atingir sua plenitude parece uma meta complexa, se não utópica.

O viés público e gratuito, por exemplo, é crucial para mitigar disparidades sociais. Diversos serviços públicos são disponibilizados aos cidadãos, abrangendo áreas como saúde, transporte (ainda que envolva uma taxa devido a parcerias público-privadas, podendo eventualmente ser gratuito), assistência jurídica, especificamente para cidadãos em situação de carência, segurança e educação. Apesar dos desafios representados pela limitação de vagas no ensino superior e pelas dificuldades financeiras no ensino básico, acredito que a educação está trilhando um caminho positivo. É fundamental reconhecer os avanços realizados, mas também estar atento às áreas que demandam melhorias contínuas.

No que diz respeito à educação laica, faz-se necessário um amplo processo de conscientização, especialmente para reduzir o preconceito persistente. A influência do viés católico-cristão ainda se faz presente, muitas vezes devido ao desconhecimento e à subjugação histórica. Nesse sentido, a laicidade, como princípio essencial, exige a criação de ambientes educacionais imparciais em relação às crenças religiosas. Isso implica na promoção de espaços que respeitem a diversidade de pensamento e de fé, construindo uma atmosfera em que todos os indivíduos se sintam inclusos e respeitados, independentemente de suas convicções religiosas.

Quanto à qualidade, observa-se que muitas reformas ainda são imperativas, sendo este talvez o aspecto mais defasado, principalmente em comparação a outros serviços públicos. A melhoria na educação demanda investimentos significativos em infraestrutura, formação e valorização dos professores, além da necessidade de currículos alinhados com as demandas contemporâneas. A deficiência em qualidade se acentua na educação básica, apresentando-se ainda mais crítica quando comparada ao ensino superior.

Por último, além dos aspectos de ser pública, gratuita, laica e de qualidade, gostaria de ponderar sobre a questão do viés universal, um elemento que parece estar em uma realidade ainda mais distante dos demais. A busca por uma educação que seja verdadeiramente acessível a todos, independentemente de sua origem socioeconômica, regional ou étnica, representa um desafio adicional. O ideal de uma educação universal implica não apenas na remoção de barreiras tangíveis, mas também na superação de obstáculos mais sutis, como preconceitos e desigualdades estruturais. Diante dessa perspectiva, é imperativo considerar não apenas as reformas estruturais, mas também a promoção de uma mentalidade inclusiva que reconheça e valorize a diversidade, visando construir um sistema educacional que verdadeiramente atenda a todos os cidadãos.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Michael Santos Duarte -
Ao longo da história da educação no Brasil diversas reformas foram implementadas, sendo a defesa por escola pública, laica, gratuita manifestada apenas em 1932, através do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em 1932. Dessa forma conforme citado por muitos dos colegas nesse fórum observa-se uma lentidão na estruturação de educação no Brasil emancipadora e inclusiva.

Ao longo da história a educação no Brasil sempre foi acessível apenas a indivíduos de classes mais ricas, limitando o acesso a educação de qualidade (ou mesmo de qualquer educação) para boa parte da população brasileira, tendo em vista os níveis de desigualdade do país. Ainda hoje essa dificuldade de acesso faz parte do dia a dia dos estudantes. Desde questões socioeconômicas no lar que impede o individuo de estudar até questões de transporte para escola e merenda escolar que a muito tempo já foram superadas por outros países.

A busca por uma educação pública acessível a todos os indivíduos da sociedade, independentemente de sua origem socioeconômica encara disparidades regionais, estruturais e de qualidade entre as instituições de ensino. Assim, reformas educacionais devem ser orientadas para mitigar tais desigualdades, promovendo uma distribuição mais equitativa de recursos, infraestrutura e corpo docente.

Nesse contexto a gratuidade do ensino é um pilar fundamental para a inclusão social e o desenvolvimento do país. O governo deve estabelecer critérios onde forma efetiva quem realmente precisa tenha acesso a essa educação gratuita.

Para esse acesso a qualidade do ensino é um componente essencial. As reformas educacionais devem priorizar a formação contínua dos profissionais da educação, a atualização curricular, a implementação de práticas pedagógicas inovadoras e a promoção do pensamento crítico e da cidadania. Além disso, a participação ativa da comunidade escolar e a avaliação constante dos resultados são elementos-chave para assegurar a qualidade do ensino.

Assim, somente por um esforço conjunto será possível transformar o panorama educacional brasileiro, proporcionando a todos os cidadãos as condições necessárias para o pleno desenvolvimento de suas potencialidades e a construção de uma sociedade mais justa.
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"As reformas educacionais brasileiras frente aos desafios de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade".

por Romilda Miguel de Brito Xavier -
"As reformas educacionais brasileiras frente aos desafios de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade".
As últimas décadas são marcadas pelo grande avanço tecnológico mundial. E isso, evidentemente, provoca inúmeras mudanças nas formas de pensar a sociedade e, em consequência, a esfera educacional. Embora não exatamente relacionadas a isso, o período é marcado por inúmeras e variadas reformas e mudanças educacionais no Brasil, especialmente em consonância com uma visão democrática e universalizante de acesso e permanência no sistema educacional.
Percebemos, assim, uma política educacional que não só permite como também incentiva a privatização, assim como na década de 30. Com o discurso de investir na qualidade, justifica-se a ideia de que a sociedade requer o trabalhador adequado às transformações sociais originadas pela globalização. O que, por sua vez, exige a mudança do modelo de educação.
A qualidade da educação pública no Brasil muitas vezes tem sido um desafio. Muitas escolas enfrentam problemas como falta de recursos, turmas superlotadas e baixos salários para os professores.
As reformas educacionais são uma tentativa de abordar esses e outros problemas, com o objetivo de melhorar a qualidade da educação pública no Brasil. No entanto, essas reformas muitas vezes são controversas e enfrentam resistência de vários setores da sociedade.
Referências:
CARVALHO, Rita de Cássia Gonçalves de. As transformações do ensino no Brasil: análise das reformas.
CAMILO, C. Era Vargas: profusão de ideias. História da Educação no Brasil. São Paulo. Nova Escola, Ed. 266, out. 2013.
MEIRELLES, E. Primeira República: um período de reformas. História da Educação no Brasil. São Paulo. Nova Escola, Ed. 265, set. 2013.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Luana Cristina Camargos Gomes -
O século XX deixou legados positivos e também negativos. Entre os fatores visíveis e de luta ainda hoje, tem-se o desafio da organização de um Sistema Nacional de Educação, para que haja coerência e unificação no todo, bem como a luta pela qualidade da educação nacional. Os fatos mostram que a educação por si só não tem a primazia sobre os problemas sociais, mas a defesa de uma escola pública democrática e de boa qualidade a aqueles que necessitam dela para o acesso ao saber, deve estar sempre à frente, no pensamento e ações dos que pensam e fazem a educação.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Wallison Brandão Vieira -
As reformas educacionais brasileiras frente aos desafios de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade".

Se pode tomar como exemplo de reforma educacional em vigor nacionalmente, a implementação da política pública da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que dentre outras intencionalidades, padroniza o currículo nacional pelo veis da obrigatoriedade, diferentemente dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que se manifestavam como direcionamentos da conduta curricular, repercutido na propensa autonomia dos profissionais a quem se destinava. Nesse sentido, é reformulado o modo como se a presenta o currículo, e por consequência, quais conhecimentos seriam contemplados, bem como quais conhecimentos seriam considerandos menos pertinentes.

Dentro desse contexto, uma normalização verticalizada de proposta curricular, visto a ausência do debate frente a formalização da BNCC, e a sua precoce implementação, são indicativos dos possíveis comprometimentos a médio e longo prazo, que essa politica educacional, inversamente pode ocasionar, na já fragilizada, qualidade da educação publica, sobretudo em instituições situadas locais de extrema vulnerabilidade, vistos as assincronias e especificidades, não transpostas por uma base única e obrigatória. Dessa forma, uma iniciativa que deveria amenizar as discrepâncias educacionais da educação publica, acaba por intensifica-las, na tentativa de homogeneizar, a natural heterogeneidade.

Em contrapartida, quanto a laicidade e gratuidade, se pode colocar como possíveis formas de garantir essas características a educação publica, primeiro pela criação e implementação de políticas públicas focalizadas na formação e capacitação em nível nacional, dos profissionais educadores e demais atores que compõem o âmbito educacional, no sentido disseminar cursos sobre a diversidade religiosa, bem como suas características e relevância, afim de munir esses indivíduos desse conhecimento, para que possam o repercutir em sua atuação. Já em relação a gratuidade, sua garantia é sinonimo de financiamento, isto é, quanto mais politicas de subsidio fiscal e orçamentário, mais efetivo será a garantia da gratuidade da educação publica.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Roberto Marques Rodrigues -
Boa noite, colegas!

Pensar as reformas e as diversas ferramentas de avaliação e regulamentação da educação no Brasil criadas a partir delas faz com que seja necessária uma análise dos diversos contextos históricos em que elas ocorreram e quais os impactos causaram no contexto educacional nacional.
Considerando que as principais reformas e os principais documentos (Constituição Federal, PNE LDB etc...), percebe-se que o cenário educacional do Brasil sempre foi influenciado pelo governo ou Regime em que se encontrava o país.
Entretanto, A partir da constituição federal e os posteriores documentos regulamentadores da educação, a educação passou a ser considerada um direito de todos e que sua universalização de forma gratuita, laica e de qualidade ganhou mais enfoque.
Iniciativas que gostaria de destacar foram as expansões dos institutos federais e universidades federais, visto que ambos são padrões de qualidade quando se trata de oferta da educação gratuita e de qualidade.
Sendo assim, as reformas educacionais são necessárias, desde que elas busquem qualificar a educação a fim de formar pessoas capazes de profissionalmente e cidadões consciente dos contextos em que vivem, e não apenas seja uma ferramenta de manipulação da população a fim de atender os interesses, meramente, econômicos.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Mauri Jorge de Freitas Junior -
A educação no Brasil trás um viés que muitas vezes possui influência política, religiosa e de forma geral tendenciosa. Em geral, as políticas educativas nacionais abordam de forma qualitativa e de forma homogênea de forma igualitária a todos os envolvidos (alunos, professores, sociedade e cultura), isso demonstra a ética e qualidade nos apontamos. O Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, é um claro exemplo das "novas" tratativas de políticas públicas aplicadas no âmbito educacional. Além disso, as políticas públicas educacionais precisam ser fortes, sérias e implementadas em larga escala.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Rosiane Vilaça de Melo -
Embora a educação brasileira já obteve avanços, mesmo que em passos lentos em sua história, as reformas educacionais como, por exemplo, o PNE que traça suas metas para um período de dez anos, necessita pensar sobre desafios como a evasão e a defasagem acometidos por diversas razões como racismo, violência nas escolas comprometendo o ambiente educativo ao que tange o respeito pela opção religiosa, sexual, raça; a desvalorização de professores que enfrentam jornadas de trabalho longa e exaustivas com baixos salários e são desvalorizados, o ensino remoto: quais melhorias devem ser realizadas no que abarca recursos tecnológicos educacionais após o período pandêmico que, evidenciou a fragilidade do sistema educacional em algumas regiões do país no ensino remoto e principalmente sobre o novo ensino médio e seus itinerários formativos que deixam disciplinas importantes com uma carga horária reduzida.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Lucas Montiel Martins Cunha -
Olá, colegas e professores!

Nos estudos dessa semana, pude perceber o contexto histórico da educação no país e as indicações pessimistas e otimistas na atual conjuntura brasileira. Observo que a educação tem uma raiz cristã extremamente forte e presente nas instituições, a começar pela disciplina Ensino Religiosos, que, sabemos bem, só trata do cristianismo em grande parte do conteúdo. Fora as diversas instituições, principalmente particulares, que são geridas por viés cristão, escola católica, escola batista, escola adventista, que são redes de ensino que permanecem com suas doutrinas na educação. Me assusta o quão presente estas instituições e esse modelo de ensino ainda é tão presente nos dias atuais.

Outro ponto negativo é a politicagem, não política, envolvida na educação. Durante a leitura, a principal evidencia é como a educação serviu para meios manipulativos e até doutrinadores em diversos anos, sendo utilizada para controlar a população, como uma opressão.

Em visão otimista, vejo uma valorização da ciência, da produção acadêmica, essa responsável pelos avanços tecnológicos, sociais, políticos, culturais, entre outros. Me alegra os movimentos acadêmicos, sociais, estudantis, que se organizam e lutam por ideais que buscam o bem comum baseados em evidências e dando voz aos que dependem de uma educação libertadora.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Rafaela Ribeiro da Silveira -
"As reformas educacionais brasileiras frente aos desafios de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade".

Garantir uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade, tem se mostrado um grande desafio nos dias atuais visto as dificuldades enfrentadas principalmente no ensino básico onde em sua maioria é composta por alunos em que seus pais não possuem condições financeiras de pagar pelo ensino privado e assim temos um cenário de escolas com baixo investimentos, salas de aula lotadas, sem estrutura física e psicológica para receber com qualidade estes alunos.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Vagner Luiz da Fonseca -
Temos de admitir que a educação no Brasil, desde o período colonial, apresenta grandes transformações, principalmente com relação ao acesso, seja em relação ao ensino básico, ou ao ensino superior. É só no século XXI, a partir do primeiro mandato de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é que de fato se pode dizer; houve grandes esforços para a garantia de educação pública, gratuita, laica e de qualidade. Essa observação, preocupa-se mais com a observação da realidade do que solapar o histórico dos esforços empreendidos pela sociedade, ou por governantes brasileiros, para que a educação, nessa perspectiva evoluísse, embora nem esses avanços a que se chegou no século XXI, não desmontou o modelo colonial que está arraigado nas formas em que se estruturam e organizam as instituições públicas e privadas no brasil. Vejamos o caso das redes privadas, quem é seu público-alvo e sua posição em relação aos estudantes do ensino básico das escolas públicas. Mesmo a educação profissional e tecnológica, com toda sua relevância social, não deixa de reproduzir o modelo colonial de educação, basta observarmos quem são os ocupantes das vagas oferecidas nos Institutos Federais, em detrimento de quem são os ocupantes das vagas dos cursos que formam os profissionais mais bem remunerados no mercado de trabalho e, que, quase sempre são oriundos das melhores escolas particulares, no entanto ocupam as vagas de cursos superiores nas melhores universidades do país. Com isso, tem-se que, e penso eu, que ainda há desafios para uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade, equânime e democrática. Mas isso só será possível com a consciência e o interesse da sociedade em torno à questão.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Melissa Diniz Lopes -
As reformas educacionais brasileiras enfrentam um desafio complexo ao buscar harmonizar os princípios fundamentais de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade com a crescente influência das tecnologias. A demanda por uma educação acessível a todos, independente de condição socioeconômica, é reforçada pelas inovações tecnológicas, que podem oferecer recursos educacionais mesmo em áreas remotas. A gratuidade do ensino é apoiada pela digitalização, que possibilita a disseminação de conteúdos sem custos diretos para os alunos. A laicidade, por sua vez, encontra na tecnologia uma ferramenta para proporcionar ambientes educacionais inclusivos, respeitando a diversidade de pensamentos. Contudo, a qualidade da educação depende não apenas da presença de tecnologias, mas de sua implementação eficaz, exigindo investimentos em infraestrutura e capacitação docente para garantir que as inovações contribuam verdadeiramente para o aprimoramento do ensino. Em resumo, as reformas educacionais brasileiras precisam abraçar as tecnologias de forma estratégica, assegurando que estas estejam alinhadas aos princípios essenciais de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por João Paulo Rodrigues dos Santos -
As reformas educacioais, por meio de marcos legais, têm evidenciado, por um lado, que o pais tem avançado - a duras penas - com suas políticas educacionais afirmativas, ao passo que também evidencia que ainda há muito o que ser feito, em termo de vontade política e controle dos cidadãos, para que as leis e políticas públicas sejam, de fato, respeitadas, fiscaizadas e praticadas.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Victor Lucas Caldeira -
Na minha concepção, essas características não foram atingidas em seu caráter integral. Contudo, essas reformas foram de extrema importância para se pensar a democratização do ensino, contudo, é necessário entender cada época e os interesses econômicos, políticos e internacionais sobre essas mudanças no alicerce educacional nacional.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Laís Rocha Vale -
A partir dos materiais disponibilizados para discursão desta semana foi possível notar que os fundamentos norteadores da educação brasileira passaram por mudanças substanciais ao longo dos dois últimos séculos, ora assumindo caráter mais disciplinadora, ora assumindo diretrizes mais sociais. Dentre tudo o que foi apresentado, uma constatação que o Prof. Paulo Freire disse no vídeo ficou especialmente marcada para mim, que é a ideia de que a democracia é o pilar de uma sociedade, e não o seu modelo econômico/social (Socialismo, capitalismo etc.). Essa ideia me chamou atenção, pois uma vez transportada para a educação, ela tem o mesmo efeito, A educação é um pilar para a sociedade a partir do momento em que ela se torna democrática, quando todos passam a ter acesso à mesma qualidade de ensino e são respeitados em suas diferenças no ambiente escolar.

O caminho para fazer com que a educação pública de qualidade esteja disponível em cada município brasileiro ainda é longo. No entanto, muito já se conquistou ao longo das últimas décadas e um grande desafio atual é não deixar o que já foi conquistado ruir. Experimentamos nos últimos anos o terror do sucateamento do ensino público em benefício do fortalecimento da iniciativa privada, e esse retrocesso precisa ser trazido para as pautas cotidianas. Presenciamos a falta de verbas para pesquisa, para a manutenção dos serviços básicos ao funcionamento das escolas e universidades, salários do magistério bem abaixo do que seria o justo, falta de incentivo à capacitação de professores e outros tantos horrores que foram intensificados na última década. Estamos vendo o que foi conquistado ser tirado dos cidadãos e ainda estamos reverberando pouco esses absurdos.

Dito isso, fica o desejo de mantermos acesa a gana e a raça para continuarmos a luta para manter e ampliar uma educação pública, de qualidade, gratuita, inclusiva e laica.
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Re: Fórum obrigatório da semana 1

por Maria Verônica França Dantas -
     A partir do estudo proposto na semana, foi possível refletir sobre "As reformas educacionais brasileiras frente aos desafios de uma educação laica, gratuita e de qualidade" junto a alguns pesquisadores. Ainda nesse contexto percebe-se que ao longo de sua história, o Brasil vem se introduzindo na divisão internacional do trabalho através de reformas educacionais voltadas para a educação profissional num sentido alienado. No texto de (SHIROMA;MORAES;EVANGELISTA, 2007), são apresentadas algumas dessas reformas educacionais que ocorreram no Brasil desde 1930, onde se percebe uma crescente movimentação no sentido de calibrar a educação às exigências do capital, como exemplo desse movimento podemos citar o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), que através da oferta de cursos rápidos de formação para o trabalho simples, acentua a lógica capitalista adentrando de forma explícita no interior das instituições formais de ensino. Ainda nesse sentido, uma das primeiras medidas do Governo Provisório instalado com a Revolução de 1930 foi criar o Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública, com objetivo de adequar o ensino à modernização que se almejava para o país. Tal medida, impulsionou o surgimento de variados decretos que efetivaram-se como, Reformas Francisco campos, onde a formulação de um sistema educacional que foque na educação geral e no comércio são colocadas em pauta. Ainda nesse período os conflitos acerca da laicidade do ensino são fortemente estimulados pelo projeto educacional conservador e tradicionalista criado pela igreja católica. (SHIROMA;MORAES;EVANGELISTA).