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Fórum obrigatório da semana 3

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Fórum obrigatório da semana 3

Número de respostas: 38
Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Wallison Brandão Vieira -
A dualidade estrutural histórica da educação profissional no Brasil".

Considerando a trajetoria histórica da educação profissional brasileira, se percebe que ela parte em primeira instância por uma ambiguidade conceitual, que se materializa no tipo de educação, na organização curricular, na proposta metodológica, em suma, em todos os direcinamentos que delimitam o âmbito educativo. Em uma situação de assincronia conceitual, se estipula a relação trabalho e educação como uma proposta possível, porém em sua materialidade, e partindo do discurso de sentido que essa relação significa, se repercute uma dual sistematização.

A primeira, se apresenta no sentido de delimitar uma educação em sua relação com o trabalho do ponto de vista, politécnico, isto é, em termos simples, vinculado a partir da relação dinâmica e formativa entre pratica e teoria, como conduta educacional , já a segunda perspectiva, se materializa a partir de uma formação profissionalizante, isto é, a relação educação e trabalho, se dá de formar técnica e especializada, onde, embora em discurso, educação e trabalho se apresentem como concomitantes, em termos efetivos, são protagonizados de forma fragmentada. Essas duas formulações compõe a organização da educação profissional, em uma relação antagónicas, ao mesmo tempo, que se aplicam, seja no currículo, seja pelo atributo legal na educação.
Em resposta à Wallison Brandão Vieira

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Maria Alice Nascimento Santos -
A dualidade histórica na educação profissional brasileira revela uma ambiguidade conceitual que se traduz em abordagens distintas quanto à relação entre trabalho e educação. De um lado, temos a perspectiva politécnica, destacando a importância da interação dinâmica entre teoria e prática. Por outro lado, a abordagem profissionalizante especializada enfatiza uma formação técnica mais específica. Embora o discurso busque a simultaneidade entre educação e trabalho, a implementação prática muitas vezes evidencia uma fragmentação nessa integração. Essas perspectivas antagônicas se refletem não apenas nos currículos, mas também na legislação educacional. A compreensão e superação dessa dualidade são cruciais para estabelecer uma abordagem unificada na educação profissional, alinhando-a às demandas dinâmicas do mercado e garantindo uma formação integral para os estudantes.
Em resposta à Maria Alice Nascimento Santos

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Karina Ribeiro Soares Reis -
ótimas explanações, você acredita como profissional, que no sistema capitalista pode haver a superação dessa dualidade?
Em resposta à Karina Ribeiro Soares Reis

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Luana Cristina Camargos Gomes -
Essa dualidade estrutural histórica da educação profissional no Brasil tem como aspecto essencial a distinção dada, nas políticas educacionais e na escola, à classe trabalhadora e à classe detentora dos meios de produção. As diferenças no tipo de escola oferecida não estão determinadas apenas por questões pedagógicas e curriculares, mas englobam também questões políticas, sociais e têm suas raízes da divisão social do trabalho que hierarquiza as funções segundo a classe social.
Em resposta à Karina Ribeiro Soares Reis

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Raissa Nuala Feitosa -
Acredito que sim, mas não vejo como algo a curto ou médio prazo. Lendo a apostilas e outros textos sobre a história dos cursos tecnicos, lembrei que os meus pais se conheceram em uma escola de curso tecnico( tecnico em contabilidade) e era como dizia na apostila, um curso técnico para que aquela pessoa já saia e possa ter uma profissão e com o dinheiro do seu trabalho, anos após a sua conclusão no ensino médio, consiga ter um curso superior, era lendo e lembrando da história do meu pai, pois quando ele se formou em contabilidade pela UESPI, ele já era casado, com dois filhos, eu com uns 10 e meu irmão com 6 anos. Hoje em dia, eu vejo que a cena se repete em determinadas situações ou cidades, onde as pessoas não tem condições de ter ir para outra cidade fazer o ensino superior ou precisam trabalhar para ajudar financeiramente em casa, porém também vejo novas oportunidades que na época dos meus pais não tinham, por meio das universidades(cursos superiores) nos interiores e as Universidades públicas a distancia, como é o caso da UAPI e UAB, aqui no Piauí.
Em resposta à Wallison Brandão Vieira

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Vanessa Coelho de Andrade -
Caro colega do fórum,

A sua análise profunda sobre a dualidade estrutural histórica da educação profissional no Brasil proporciona uma reflexão essencial sobre a ambiguidade conceitual que permeia essa trajetória. A distinção entre a abordagem politécnica, destacando a dinâmica entre prática e teoria, e a perspectiva profissionalizante, enfocando a formação técnica e especializada, revela uma dicotomia significativa.

É interessante observar como, embora exista um discurso que busca integrar educação e trabalho, na prática, essas abordagens coexistem de maneira fragmentada. Essa dual sistematização, presente tanto no currículo quanto nos aspectos legais da educação profissional, sugere um desafio intrínseco na busca por uma abordagem mais integrada e coerente.

Diante desse contexto, torna-se crucial repensar como podemos superar essa dualidade estrutural, promovendo uma educação profissional que verdadeiramente integre teoria e prática de forma sinérgica. Esse debate certamente contribuirá para a evolução e aprimoramento do sistema educacional profissional no Brasil.
Em resposta à Wallison Brandão Vieira

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Melissa Diniz Lopes -
A descrição apresentada sobre a "dualidade estrutural histórica da educação profissional no Brasil" aborda de maneira precisa e crítica a ambiguidade conceitual e a complexidade na relação entre trabalho e educação ao longo da trajetória histórica do país. A
Em resposta à Wallison Brandão Vieira

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por João Paulo Rodrigues dos Santos -
A perspectiva de alinhar teoria e prática, isto é, formação cidadã e profissionalismo, é um diferencial da educação técnica profissional para os discentes. Assim, é possível que eles, os discentes, consigam ter tanto uma colocação profissional quanto uma participação ativa nos destinos político-sociais da nação.
Em resposta à Wallison Brandão Vieira

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Thiago Fernandes Oliveira de Lima -
Concordo com as observações pontuadas pelos colegas. Desde a década de 60 vem se tentado estabelecer qual a melhor maneira de se conseguir equilibrar o ensino técnico diante das suas abordagens: politécnica e profissionalizante. Porém, muitas vezes se esquece dentro destas perspectivas inserir de forma adequada o conteúdo básico, focando apenas na abordagem mais prática, que o aluno saia do ensino médio pronto para o mercado de trabalho. Claro que nem todos, os da elite vão para o ensino superior logo que concluem o ensino médio. Atualmente isso não é mais uma regra como já foi, mas se deve ter muita cautela para que o ensino médio não imponha uma realidade ao educando de acordo com a sua origem.
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Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Karina Ribeiro Soares Reis -
Olá,
A dualidade estrutural histórica da educação profissional no Brasil, se porque por um lado tem a sua origem dentro de uma perspectiva assistencialista de atender àqueles que não tinham condições sociais satisfatórias, para que não continuassem a praticar ações que estavam na contra-ordem dos bons costumes. Os inserindo no mercado de trabalho através do ensino profissionalizante. E por outro lado existia o ensino acadêmico para a elite, que os preparava para assumir altos postos de chefia, para estes o ensino era de ponta. Ou seja, A dualidade estrutural expressa uma fragmentação da escola a partir da qual se delineiam caminhos diferenciados segundo a classe social, repartindo-se os indivíduos por postos antagonistas na divisão social do trabalho, quer do lado dos explorados, quer do lado da exploração. é possível dizer que a dualidade diminuiu na EPT de hoje?
Em resposta à Karina Ribeiro Soares Reis

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Renata de Sousa Borges -
A história da educação profissional no Brasil tem seu início no período da colonização, uma vez que os portugueses ensinaram ofícios aos índios e escravos. E por muito tempo, foi considerada uma educação assistencialista, com objetivo de ensinar uma profissão para as classes mais desfavorecidas. Mas foi somente com a criação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que a Educação Profissional e Tecnológica passou a ser discutida em pautas políticas, tendo como objetivo garantir o direito de todo cidadão à educação e ao trabalho. A Educação Profissional e Tecnológica foi ganhando espaço a partir de leis complementares que foram surgindo com o passar dos anos e surgem até os dias atuais, retomando a discussão sobre formação geral integrada à formação profissional, porém a dualidade ainda existe.
Em resposta à Renata de Sousa Borges

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Romilda Miguel de Brito Xavier -
Bom dia Renata
Apesar de a dualidade separatista ter sido vencida com a possibilidade de integração, possibilitando aos egressos sua inserção no mercado de trabalho e/ou a continuação dos estudos em nível superior, o mesmo não ocorreu ainda com relação à articulação efetiva das duas modalidades de ensino técnica e propedêutica no sentido da profissionalização integral.
Em resposta à Romilda Miguel de Brito Xavier

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Vagner Luiz da Fonseca -
Eu queria ter uma visão mais otimista assim como você. Eu acredito que seus apontamentos fazem jus a um processo que de fato vem ocorrendo, mas penso que ainda estamos muito longe de superarmos tais diferenças. Você trouxe um ponto importante quando aponta a discrepância em "relação à articulação efetiva das duas modalidades de ensino técnica e propedêutica no sentido da profissionalização integral". De fato há um abismo que precisa ser superado.
Em resposta à Karina Ribeiro Soares Reis

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Rosiane Vilaça de Melo -
Boa tarde Karina e demais colegas, espero que estejam todos bem! Sobre a pergunta acima, na minha opinião acho que a dualidade ainda permeia os dias atuais. Observa-se que a oferta de cursos técnicos e o ensino integrado profissionalizante ainda é grande e que parte do público que procura por esses estudos estão voltados para ser inseridos no mercado de trabalho ou para melhorar condições de vida, enquanto uma classe com melhores condições já estão sendo preparados para assumir grandes postos e cargos de chefia assim como citado acima.
Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Vitória Régia Lopes dos Santos -
O tema abordado nessa semana e a entrevista do professor Gaudêncio Frigotto convergem e se complementam em diversos pontos. Tanto o conteúdo da apostilha quanto a entrevista com Frigotto oferecem um panorama da evolução da educação profissional no Brasil e denunciam a concepção classista e segregacionista do ensino quando subvertido pela ideologia neoliberal inerente à sociedade capitalista. É possível notar que Frigotto destaca a relação entre educação e trabalho, argumentando que a educação deve ser pensada em termos de sua conexão com a produção e a reprodução das relações sociais. Nesse sentido, o professor critica as políticas neoliberais na educação e defende a implementação de uma educação integral que vise a formação básica completa do individuo e seja um instrumento de transformação social, objetivando superar as desigualdades e promover uma sociedade mais justa.
Em resposta à Vitória Régia Lopes dos Santos

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Leonardo Pena Testasicca -
Prezada Professora e estimad@s colegas.

A dualidade histórica na educação profissional no Brasil destaca a disparidade entre ensino acadêmico e técnico. Ao longo do tempo, a priorização do acadêmico resultou em falta de recursos e prestígio para a educação técnica, impactando negativamente o mercado de trabalho. Esta dicotomia contribui para desigualdades sociais, direcionando os jovens para caminhos educacionais distintos, muitas vezes baseados em critérios socioeconômicos. Superar essa dualidade requer investimentos significativos em infraestrutura, atualização de currículos e uma mudança cultural que valorize igualmente ambas as formas de educação. A integração equitativa entre teoria e prática é essencial para preparar os estudantes para um mercado de trabalho diversificado e desafiador, promovendo oportunidades mais justas. Ressalto que a partir do que descrevi anteriormente, não acho que seja importante o desenvolvimento acadêmico. Quero apenas dizer que se o intuito da instituição é o ensino técnico que prepare melhor os alunos para tal, se a instituição é para a formação de professores que se empenhe para que seja em excelência, se é para formar pesquisadores que deixem claro essa opção.
Em resposta à Leonardo Pena Testasicca

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Romilda Miguel de Brito Xavier -
Bom dia Leonardo Pena
A formação acadêmica, muitas vezes vista como superior, é associada a melhores oportunidades de emprego e maior status social. Por outro lado, a formação profissional, que fornece habilidades práticas e treinamento para ocupações específicas, é frequentemente vista como inferior ou de segunda classe.
Em resposta à Vitória Régia Lopes dos Santos

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Romilda Miguel de Brito Xavier -
Bom dia Vitória Régia
Diante o contexto de “dualidade”, essa percepção pode criar barreiras para os estudantes que desejam seguir carreiras profissionais e pode perpetuar desigualdades socioeconômicas. Além disso, pode limitar o acesso à educação para aqueles que não têm os recursos para buscar uma formação acadêmica. No entanto, é importante notar que tem havido esforços para superar essa dualidade e promover a educação profissional como uma opção válida e valiosa para os estudantes. A valorização da educação profissional e o reconhecimento de sua importância na preparação dos estudantes para o mercado de trabalho são passos importantes para avançar na direção de uma educação mais democrática.
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Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Márcio Douglas de Carvalho e Silva -
A dualidade histórica da educação profissional no Brasil, apresenta para uma ambiguidade conceitual que se reflete na prática educativa. A relação entre trabalho e educação é apresentada de duas maneiras: uma politécnica, que integra teoria e prática de forma dinâmica, e outra mais voltada para a formação técnica e especializada. Essas abordagens refletem a dualidade estrutural da educação profissional, onde, apesar do discurso que enfatiza a integração entre educação e trabalho, na prática, elas se manifestam de forma fragmentada e até mesmo antagônica. Essa dualidade se reflete na organização curricular, na proposta metodológica e em todos os aspectos que definem a educação profissional. A ambiguidade conceitual acaba gerando uma assimetria na prática educativa, o que impacta diretamente na formação dos profissionais. É importante compreender essa dualidade histórica para buscar formas de superar as contradições e integrar de maneira mais efetiva a educação e o trabalho, visando uma formação mais completa e alinhada com as demandas do mercado e da sociedade.
Em resposta à Márcio Douglas de Carvalho e Silva

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por João Paulo Rodrigues dos Santos -
É sempre importante ter um posicionamento crítico em relação à citada dualidade. Assim, podemos perceber que o enisno profisisonal não é suficiente por si só, assim como não é suficiente que haja um ensino que dispense a profissionalização.
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Re: Fórum obrigatório da semana 3

por João Vitor Caldas Santos -
Todas as discussões sobre a dualidade histórica da educação profissional no Brasil são bastante interessantes. De fato, a dualidade na educação profissional no Brasil tem raízes históricas, remontando a diferentes abordagens adotadas ao longo do tempo. Atualmente, explorar os desafios que surgem dessa dualidade é crucial. Nesse contexto, ao abordarmos mais precisamente a educação profissional, pode-se incluir questões como a falta de integração entre teoria e prática, a desvalorização de certas profissões técnicas e a inadequação da formação em relação às demandas do mercado de trabalho contemporâneo. De forma prática, tem-se os currículos fragmentados, falta de laboratórios práticos, desconexão entre as instituições educacionais e as empresas. Dessa forma, faz-se necessário propor soluções ou abordagens para superar essa dualidade. De maneira geral, pode-se incluir a revisão de políticas educacionais, parcerias mais estreitas entre instituições educacionais e setor produtivo, e a promoção de uma abordagem mais integrada na formação profissional.
Em resposta à João Vitor Caldas Santos

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Romilda Miguel de Brito Xavier -
Bom dia João Vitor
A “dualidade” refere-se à divisão histórica na educação profissional no Brasil entre a formação acadêmica e a formação profissional. Esta dualidade tem sido uma característica marcante da educação brasileira e tem sido um obstáculo para o avanço democrático.
Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Romilda Miguel de Brito Xavier -
"A dualidade estrutural histórica da educação profissional no Brasil"
A dualidade já discutida entre ensino profissional (para os pobres) e formação acadêmica (para a elite) perdura assentada na ideia de que os filhos dos trabalhadores necessitavam ingressar no mercado de trabalho imediatamente após a formação em nível de 2º grau (com a suposta prerrogativa de que a qualificação em nível superior seria concretizada paulatinamente, à medida que se observasse o aumento da renda familiar) e, assim, o ensino superior era dirigido aos filhos das elites.
Embora no “papel” essa dualidade tenha sido aparentemente vencida, na prática trata-se de desafio a ser enfrentado. Isso ocorre principalmente porque ainda vigora a ideia de uma separação entre a formação técnica e a propedêutica (normalmente denominada básica) que não contribui para a integração concreta almejada nos princípios norteadores de uma educação profissional pautada na conjugação de aspectos culturais, científicos e tecnológicos capaz de formar cidadãos “completos”.
A educação profissional no Brasil tem uma longa história e tem sido influenciada por uma variedade de fatores sociais, econômicos e políticos. A “dualidade estrutural” pode se referir à divisão entre a educação acadêmica e a educação profissionalizante, que tem raízes históricas e continua a ser um desafio no sistema educacional brasileiro.
A educação acadêmica é frequentemente vista como superior e é associada a melhores oportunidades de emprego e maior status social. Por outro lado, a educação profissionalizante, que fornece habilidades práticas e treinamento para ocupações específicas, é frequentemente vista como inferior ou de segunda classe.
Essa dualidade pode criar barreiras para os estudantes que desejam seguir carreiras profissionais e pode perpetuar desigualdades socioeconômicas. No entanto, também tem havido esforços para valorizar a educação profissional e reconhecer sua importância na preparação dos estudantes para o mercado de trabalho.
Referências:
BRASIL. O surgimento das escolas técnicas. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/educacao/2011/10/surgimento-das-escolas-tecnicas.
MANFREDI, S. M. Educação profissional no Brasil: atores e cenários ao longo da história.
Jundiaí (SP): Paco Editorial, 2016.
SAVIANI, D. O trabalho como princípio educativo frente às novas tecnologias. In: FERRETTI, C. J. et al. Tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar. Petrópolis: Vozes, 1994.
Em resposta à Romilda Miguel de Brito Xavier

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Renata Lima Cremasco -
Olá, Romilda!

Seu parecer oferece uma análise perspicaz da persistente dualidade na educação profissional no Brasil. A menção aos esforços para valorizar a educação profissional é uma ótima reflexão, indicando a importância de reconhecer e promover ativamente a igualdade de oportunidades. De fato, é necessário uma educação profissional mais inclusiva e equitativa no Brasil.
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Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Michael Santos Duarte -
Conforme vem sendo pontuado pelos colegas a educação profissional no Brasil é marcada pela segregação e hierarquização dos estudantes. Essa dualidade estrutural histórica inicia com uma ideia de que o ensino profissional é para os pobres e formação acadêmica é para a elite. Inicialmente, a formação profissional estava voltada para atender às demandas específicas da indústria e do setor produtivo, e era muitas vezes associada a uma visão utilitarista do trabalho. Esse modelo refletia a lógica de uma sociedade fortemente estratificada, na qual a educação profissional era destinada principalmente às camadas mais populares e marginalizadas da população. Desta forma, se tinha uma divisão entre os que detêm o saber (ensino secundário, normal e superior) e os que executam trabalhos manuais (ensino profissional). Com a constituição de 1988 ocorreram avanços significativos ao reconhecer a educação profissional como parte integrante do sistema educacional brasileiro, equiparando-a ao ensino regular. Isso representou um passo importante na busca pela valorização da formação técnica e tecnológica. Embora essa integração tenha ocorrido com base em leis, no cotidiano escolar, ainda persiste, nos cursos, como bem explorado no material didático, a dicotomia entre formação técnica e formação básica, conformada nos currículos pela separação clara entre disciplinas técnicas e disciplinas básicas, que, salvo raras exceções, não dialogam entre si. Sendo assim, a educação profissional no Brasil possui trajetória marcada por desafios, sendo necessário superar as barreiras que perpetuam a separação entre a educação profissional e o ensino regular, bem como garantir uma formação técnica que esteja centrado no desenvolvimento humano mas alinhado às demandas do mercado para tornar a educação mais inclusiva no país.
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Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Victor Lucas Caldeira -
Essa dualidade estrutural histórica da educação profissional no Brasil acompanha o desenvolvimento do processo de industrialização e do mercado nacional em relação as necessidades internas do país e do cenário internacional. Um exemplo claro disso é a época conhecida como o milagre brasileiro.
Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Vicente de Paula Cruz -
Conforme afirmado por Saviani (2007), a existência de uma Educação Profissional e Tecnológica (EPT) não dualista é necessária porque, não é suficiente ter domínio dos elementos fundamentais e gerais do conhecimento adquiridos e que contribuem para o processo de trabalho na sociedade no ensino médio. É também necessário explicitar como o conhecimento, ou seja, a ciência se transforma em uma potência material, o que implica ter domínio teórico e prático sobre como o conhecimento se articula com o processo de produção. Nesse contexto, não é suficiente aprender o conhecimento técnico e operacional e apenas saber realizar as tarefas. É necessário compreender de forma abrangente os processos e tecnologia envolvidos para entender por que uma atividade deve ser realizada de determinada maneira. Para isso, o trabalhador precisa estar apto a cumprir suas responsabilidades com competência e autonomia intelectual, desenvolvendo continuamente habilidades para a vida produtiva e social.
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Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Mauri Jorge de Freitas Junior -
A respeito da dualidade histórica da Educação Profissional no Brasil, consideram-se itens importantes, como:
Interpretação do conceito da forma de educar, materializando-se em diferentes conceitos na organização da matriz curricular, proposta metodológica, a forma de aplicar os conteúdos, limitando a forma de aprendizagem dos alunos.
Ainda, é notória a percepção entre duas abordagens distintas, sendo elas: a perspectiva politécnica com o destaque da interação entre teoria e prática, e a abordagem de forma profissionalizante, no qual a formação técnica específica é levada como foco principal. Estas políticas refletem não apenas no currículo, mas aplica-se na legislação educacional.
Em linhas gerais, é notório que a educação e métodos de aprendizagem precisam ser repensados, de modo que haja uma interação entrega teoria e prática, refletindo na qualidade de aprendizado dos alunos, professores e instituição de ensino.
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Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Layane Evelin Vieira Rodrigues -
O tema abordado na semana a respeito da dualidade estrutural histórica da educação profissional no Brasil, juntamente com a entrevista com o dr. e professor Gaudêncio Frigotto nos traz uma abordagem bastante clara a respeito do assunto.
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Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Lucas Montiel Martins Cunha -
Olá, colegas!

A leitura dessa semana aborda de maneira clara a precarização do sistema público de ensino no Brasil. Ao ressaltar a falta de investimentos adequados para oferecer uma educação de qualidade, o texto evidencia as consequências negativas dessa realidade. O crescimento expressivo da oferta de ensino fundamental sem a devida estrutura compromete as condições de funcionamento das escolas, impactando diretamente na qualidade da educação oferecida.
Além disso, o trecho explora a persistência da dualidade entre ensino profissional e formação acadêmica, que historicamente têm sido associados aos filhos da classe trabalhadora e da elite, respectivamente. Essa divisão perpetuada no sistema de ensino reflete uma desigualdade social profunda, na qual se pressupõe que os filhos dos trabalhadores necessitam ingressar rapidamente no mercado de trabalho, enquanto os filhos das elites têm acesso privilegiado à formação superior.
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Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Ulisses dos Santos Gonçalves -
Eu vi essa dualidade da educação brasileira de perto. Quando jovem, minha família era bastante pobre (hoje é apenas pobre). Resolveu-se que eu faria o Ensino Médio na modalidade "formação geral", pois meu pai acreditava que se eu fosse estudar no ensino profissionalizante como alguns outros familiares, eu seria "pra sempre burro de carga", e ele queria que eu cursasse uma universidade pública (pois não tínhamos sequer condições de cogitar uma universidade particular), coisa que ele não conseguiu. Cursei então a formação geral numa escola estadural, prestei os vestibulares da época e desde então não parei de estudar nunca mais. Particularmente, gostaria de ter cursado o profissionalizante como meus primos. Mas, de fato, fui o único primo da minha geração a cursar uma universidade pública. Tempos depois, outros cabaram cursando em instituições particulares. Hoje em dia, sou docente da Rede EPT (professor de Geografia) e vejo essa mesma reprodução. Entretanto, talvez dada a precariedade da educação como um todo, muitas famílias com maior poder aquisitivo buscam matricular seus filhos no Ensino Técnico Integrado, pois consideram ser uam rede de maior prestígio e invetimento. Em algumas situações, os alunos mais pobres que buscavam as formações profissionais, nem a elas têm acesso atualmente.
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Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Melissa Diniz Lopes -
Ao analisar os fatos históricos relacionados à formação da rede federal de educação tecnológica no Brasil e os pensamentos do professor Gaudêncio Frigotto sobre educação profissional, é possível identificar pontos de convergência e divergência.

Pontos de Convergência:

Ênfase na Integração da Educação Geral e Profissional:
Tanto os eventos históricos quanto o pensamento de Gaudêncio Frigotto destacam a importância da integração entre a educação geral e a profissional. A criação de escolas e institutos federais buscou, em parte, superar a separação tradicional entre essas formas de ensino.

Contextualização e Relevância Social:
Ambas as perspectivas reconhecem a importância de contextualizar a educação profissional, relacionando-a com as demandas e realidades locais, regionais e nacionais. Ambos consideram a relevância social da formação profissional.

Pontos de Divergência:

Visão Crítica do Sistema Educativo:
Gaudêncio Frigotto tem uma visão crítica em relação ao sistema educativo em geral, questionando estruturas e práticas que contribuem para reprodução de desigualdades. Os eventos históricos, por sua vez, representam muitas vezes iniciativas governamentais que podem não ter enfrentado completamente essas questões.

Portanto, embora haja convergências em relação a certos princípios, as divergências se manifestam em relação à abordagem crítica do sistema educativo, à visão dialética e histórica, e à ênfase em aspectos como urgência e tecnificação em alguns momentos da história da educação profissional no Brasil.
Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Rafaela Ribeiro da Silveira -
Tema "A dualidade estrutural histórica da educação profissional no Brasil".

Historicamente a educação profissionalizante permeou caminhos para atender as necessidades empresariais do capitalismo formando mão de obra técnica para as industrias passando a ser a principal função da escola conduzindo uma formação alienada as necessidades de mercado sendo ao mesmo tempo forma de desqualificação do trabalhador.
Em resposta à Rafaela Ribeiro da Silveira

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Leandro Silva de Souza -
Diante do exposto no seu comentário, vimos porque o sistema S é forte e a quem atende. Mas pensa num material em videos que eu aprendi muito, não só desse tema, mas tantos outros, quando ele explica a questão do trabalho como instrumento pedagógico ou de ensino. Eu dei uma pesquisada nos livros dele, fiquei interessado nas obras e já coloquei na minha lista.
Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Laís Rocha Vale -
Acredito que a dualidade existe, mas também ganhou novas formas. Hoje, nas escolas técnicas, encontramos o mesmo cenário das universidades. Como a concorrência para entrar é maior, alunos de classes mais favorecidas, que tiveram acesso a um bom ensino básico, se candidatam para o ensino médio integrado em Institutos Federais, para que possam ter em seus currículos o prestígio dessas instituições. Assim como nas universidades, alunos oriundo de escolas públicas acabam tendo mais dificuldade para ingressar nessas instituições. No entanto, quando analisamos os alunos que fazem parte dos IFs, aqueles que possuem menor renda encaram o diploma de técnico como uma oportunidade de ingressar no mercado de trabalho ao finalizar o ensino médio, enquanto os alunos com maiores condições financeiras almejam ingressar em Universidades. Neste momento, de saída da escola técnica, vejo a dualidade ainda presente.
Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Jenniffer Cecília Noronha de Faria -
A dualidade estrutural histórica da educação profissional no Brasil tem raízes em diferentes abordagens adotadas ao longo do tempo e em mudanças nas políticas educacionais. A coexistência desses dois modelos reflete, em parte, desafios estruturais mais amplos do sistema educacional brasileiro, incluindo disparidades regionais, desigualdades socioeconômicas e a necessidade de adaptação às demandas do mercado de trabalho.
Acredito que ter um entendimento da dualidade estrutural histórica é crucial para o desenvolvimento de políticas educacionais que busquem integrar e melhorar a qualidade de ambos os modelos, proporcionando uma formação profissional mais eficaz e alinhada às necessidades do país.
Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Vagner Luiz da Fonseca -
"A dualidade estrutural histórica da educação profissional no Brasil"

A dualidade estrutural histórica da educação profissional em nosso país, certamente, está relacionada à postura de uma sociedade que "deixa a vida levar". Mas o que isso tem a ver. Justamente no sentido de que historicamente a educação no Brasil, ainda é segregadora. Isso se deve, ao fato de que a sociedade brasileira ainda se interessa muito pouco pela educação de suas crianças e jovens.
Por mais que a educação tenha avançado, em especial a educação profissional, temos ainda no campo educacional, o tipo de ensino que vai formar os trabalhadores, e o ensino que formará as classes dominantes. A qualidade do ensino oferecido e as/nas condições em que é oferecido são cruciais, bem como o quanto se investe nele.
A educação profissional é de fundamental importância para a nossa sociedade, mas por incrível que pareça, ainda está muito mais, por satisfazer as necessidades do mercado e da economia, do que sendo capaz de formar e desenvolver o ser humano em seu pleno desenvolvimento.
Em resposta à Primeiro post

Re: Fórum obrigatório da semana 3

por Maria Verônica França Dantas -
Através dos estudos propostos na semana, foi possível identificar a importância de entender a dualidade do sistema educacional brasileiro para perceber seu reflexo na sociedade, na organização do trabalho e de quem vai os realizar. Perceber como ocorre o processo seletivo no sistema educacional brasileiro, que ao mesmo tempo que oferece as oportunidades, não as faz ser bem sucedidas na medida em que não abrange a todos com a mesma qualidade, não garante a todos as mesmas condições de acesso e permanência.