A escola é uma extensão da sociedade, portanto sofre influência do capitalismo. Consequentemente, práticas administrativas com determinação fabril tem adentrado ao espaço escolar. Assim, o modelo fabril de educação traz para a educação preceitos da organização e gestão de empresas. Tal situação dá enfase a padronização dos processos, como também foca em hierarquias rígidas, além da minimização da gestão democrática que é essencial para o meio escolar, visto que, a educação não pode ser encarada como mercadoria. A escola lida com pessoas e não com produtos.
Em resposta à Elenita Fernanda Rodrigues
Re: Modelo fabril de educação
por Hortencia Helena e Silva Gonzalez -Sim, a escola é extensão ou um microcosmo da sociedade. As questões políticas, econômicas, sociais e filosóficos permeiam e moldam, em níveis distintos, o ambiente escolar e a educação em si. No período das revoluções industriais, as teorias de administração clássica e científica eram reproduzidas, no golpe militar, o autoritarismo era replicado nas escolas. Temos normas e intrusmentos legais que garentem uma gestão democrática, mas não enxergo ainda com totalidade. Por exemplo, vejo a educação "vendida" como um produto, principalmente nas escolas e universidades privadas, onde há relação entre o investimento monetário com o resultado eficiente. As próprias instituições fortalecem essa visão de mercado das escola, através das propagandas em TV, o que espelha o modelo neoliberal.
Em resposta à Hortencia Helena e Silva Gonzalez
Re: Modelo fabril de educação
por Vitor Fernando da Silva Felix -Bom dia, Hortencia, tudo bem?
Concordo e muito com sua postagem quando diz que a escola é representa um microcosmo da sociedade e, portanto, está sujeita a reproduzir as dinâmicas desta mesma sociedade em seu interior. Acredito também que a escola represente um espaço de contradição: por um lado, a estrutura educacional como um todo tende a reproduzir interesses da classe dominante (o novo ensino médio pode ser um exemplo claro disso); por outro lado, esses interesses esbarram nas ações cotidianas dos educadores e demais membros da comunidade escolar em buscar construir uma escola que exerça seu objetivo essencial: formar seres humanos plenos.
Concordo e muito com sua postagem quando diz que a escola é representa um microcosmo da sociedade e, portanto, está sujeita a reproduzir as dinâmicas desta mesma sociedade em seu interior. Acredito também que a escola represente um espaço de contradição: por um lado, a estrutura educacional como um todo tende a reproduzir interesses da classe dominante (o novo ensino médio pode ser um exemplo claro disso); por outro lado, esses interesses esbarram nas ações cotidianas dos educadores e demais membros da comunidade escolar em buscar construir uma escola que exerça seu objetivo essencial: formar seres humanos plenos.
Concordo que a educação não deve ser vista como uma mercadoria, como um serviço. E nossos alunos como ferramentas prontas para serem inseridas no mercado de trabalho. A gestão democrática traz consequências positivas para os docentes, discentes e a comunidade escolar. Por isso, torna-se importante colocarmos em prática, e não ficarmos apenas no campo teórico.
Isso mesmo! Em minha vivência no meio escolar convivi com muitas práticas centralizadoras onde nunca tínhamos voz ou podíamos opinar sobre a nossa prática, bem como sobre as condições do ensino e tal situação não teve um bom desfecho, visto que a educação jamais pode se comparar a um sistema empresarial, pois nossa matéria prima são seres humanos.
Concordo com a fala dos colegas. Gestão democrática embora muito seja comentado, não é algo que presenciamos no nosso dia-a-dia na maioria das escolas. A tendência é a centralização do poder de decisão na mão do diretor. Nos últimos anos no estado de MG isso tem se aprofundado ainda mais, Triste realidade.
Uma questão fundamental é, podemos criar uma escola solidária, não competitiva e plenamente compartilhada na sociedade capitalista?
Podemos formar homens solidários, cooperativos e não egoístas para viverem em uma sociedade na qual os piores vão para o topo?
Podemos formar homens solidários, cooperativos e não egoístas para viverem em uma sociedade na qual os piores vão para o topo?