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Atividade 1.1.: Fórum temático (Avaliativo)

Modelo fabril de educação

Modelo fabril de educação

por Elenita Fernanda Rodrigues - Número de respostas: 6

A escola é uma extensão da sociedade, portanto sofre influência do capitalismo. Consequentemente, práticas administrativas com determinação fabril tem adentrado ao espaço escolar. Assim, o modelo fabril de educação traz para a educação preceitos da organização e gestão de empresas. Tal situação dá enfase a padronização dos processos, como também foca em hierarquias rígidas, além da minimização da gestão democrática que é essencial para o meio escolar, visto que, a educação não pode ser encarada como mercadoria. A escola lida com pessoas e não com produtos.

Em resposta à Elenita Fernanda Rodrigues

Re: Modelo fabril de educação

por Hortencia Helena e Silva Gonzalez -
Sim, a escola é extensão ou um microcosmo da sociedade. As questões políticas, econômicas, sociais e filosóficos permeiam e moldam, em níveis distintos, o ambiente escolar e a educação em si. No período das revoluções industriais, as teorias de administração clássica e científica eram reproduzidas, no golpe militar, o autoritarismo era replicado nas escolas. Temos normas e intrusmentos legais que garentem uma gestão democrática, mas não enxergo ainda com totalidade. Por exemplo, vejo a educação "vendida" como um produto, principalmente nas escolas e universidades privadas, onde há relação entre o investimento monetário com o resultado eficiente. As próprias instituições fortalecem essa visão de mercado das escola, através das propagandas em TV, o que espelha o modelo neoliberal.
Em resposta à Hortencia Helena e Silva Gonzalez

Re: Modelo fabril de educação

por Vitor Fernando da Silva Felix -
Bom dia, Hortencia, tudo bem?
Concordo e muito com sua postagem quando diz que a escola é representa um microcosmo da sociedade e, portanto, está sujeita a reproduzir as dinâmicas desta mesma sociedade em seu interior. Acredito também que a escola represente um espaço de contradição: por um lado, a estrutura educacional como um todo tende a reproduzir interesses da classe dominante (o novo ensino médio pode ser um exemplo claro disso); por outro lado, esses interesses esbarram nas ações cotidianas dos educadores e demais membros da comunidade escolar em buscar construir uma escola que exerça seu objetivo essencial: formar seres humanos plenos.
Em resposta à Elenita Fernanda Rodrigues

Re: Modelo fabril de educação

por Arthur Vieira Duran -
Concordo que a educação não deve ser vista como uma mercadoria, como um serviço. E nossos alunos como ferramentas prontas para serem inseridas no mercado de trabalho. A gestão democrática traz consequências positivas para os docentes, discentes e a comunidade escolar. Por isso, torna-se importante colocarmos em prática, e não ficarmos apenas no campo teórico.
Em resposta à Arthur Vieira Duran

Re: Modelo fabril de educação

por Elenita Fernanda Rodrigues -
Isso mesmo! Em minha vivência no meio escolar convivi com muitas práticas centralizadoras onde nunca tínhamos voz ou podíamos opinar sobre a nossa prática, bem como sobre as condições do ensino e tal situação não teve um bom desfecho, visto que a educação jamais pode se comparar a um sistema empresarial, pois nossa matéria prima são seres humanos.
Em resposta à Elenita Fernanda Rodrigues

Re: Modelo fabril de educação

por Gabriel Flora Vieira -
Concordo com a fala dos colegas. Gestão democrática embora muito seja comentado, não é algo que presenciamos no nosso dia-a-dia na maioria das escolas. A tendência é a centralização do poder de decisão na mão do diretor. Nos últimos anos no estado de MG isso tem se aprofundado ainda mais, Triste realidade.
Em resposta à Elenita Fernanda Rodrigues

Re: Modelo fabril de educação

por Daniel Santos Mota -
Uma questão fundamental é, podemos criar uma escola solidária, não competitiva e plenamente compartilhada na sociedade capitalista?
Podemos formar homens solidários, cooperativos e não egoístas para viverem em uma sociedade na qual os piores vão para o topo?