Olá,
Pelo fato da “síndrome de asperger” não ser mais utilizada dentro do DSM-5 e não ser mais classificada na CID, considerando também a história polêmica por trás de Hans Asperger (inclusive sendo retratado no livro “Crianças de Asperger: As origens do autismo na Viena nazista”, de Edith Sheffer) vou tratar este transtorno como autismo nível 1 de suporte, que é quando o individuo precisa de pouco suporte.
Dito isto, tivemos um estudante com autismo nível 1, com algumas características específicas como o contato visual não consistente, e ter o hiperfoco, que é uma concentração intensa em uma tarefa.
Este hiperfoco em muitas ocasiões poderia acabar sendo prejudicial para o estudante, pois dependendo da atividade que estávamos realizando, o estudante gostaria que tudo ficasse perfeito da forma como ele imaginava, o que em alguns casos não aconteceria e acabava o frustrando.
Dito isto, foi preciso adaptar algumas aulas para que ao invés de passarmos os trabalhos como um todo, começamos a passa-lo em etapas, fazendo com que o hiperfoco do estudante fosse colocado para atividades rápidas e que acabavam não gerando frustração nele, e chegando ao mesmo resultado final (ao invés de passar uma única atividade mais longa, desmembramos esta atividade em outras pequenas partes).
Com isto, o estudante não apresentou mais frustrações em sala de aula, e os elogios que recebia quando terminava alguma atividade o animavam para realizar as demais e o empolgava a estar em sala de aula.