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Atividade 2.1. Fórum obrigatório

Autismo, Diagnóstico, Intervenções

Autismo, Diagnóstico, Intervenções

por MARIA LUCILENE DE CARVALHO - Número de respostas: 3


Experiência com algum aluno ou pessoa que tenha o diagnóstico de algum deles.

Tive a oportunidade de acompanhar alunos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), emu ma Instituição Federal de Ensino. Eram estudantes de cursos Técnicos de Nível Médio na Forma Integrada (EPTMN). A maior parte desses estudantes tinha Laudo Médico que for a apresentados no ato da matricula, pois estava concorrendo por cota de pessoa com deficiência. Entretanto boa parte deles não tinha o Laudo e as razões apontadas pelos paise ram que não sabia como conseguir pois ou não tinham condiçoes financeiras para pagar uma consulta com o neuropediatra, ou desconhecia o protocol para dar andamento no processo. Também era comum as mães assumirem a postura de negação Diante da condição real (autista), de seu filho e/ou dependente, As poucas vezes que a base de muita conversa com o setor pedagógico essas mães aceitavam, faziam questão de deixar bem claro o quanto seu filho era inteligente, muito inteligente, elas pontuavam e mesmo Diante do diagnóstico de Autista com necessidade de suporte Nível 2, as mães continuavam na defensiva que devia ter havido algum engano, em relação ao seu filho(a).

Sabe-se que esse estado de negação é comum nas famílias e até com o próprio aluno em não aceitar se perceber como eles dizem “diferente”. Muito se deve a falta de informação, divulgação massiva em todos os espaços sociais para desmistificar o Transtorno e as demais deficiências, dizimando o medo, a negação e o preconceito dos familiares e sociedade civil. Nos estudantes, principalmente, crianças o acolhimento, autoconhecimento e aceitação de si, Evitaria problemas comportamentais e de saúde mental, comuns entre os jovens como a ansiedade, isolamento social, depressão e suicídio. Infelizmente são problemáticas importantes para o debate, a reflexão, conscientização e ações de todos em prol dessas pessoas que estão diariamente nos mais diversos espaços sociais.

 

Impressões sobre os mesmos

As impressões a princípio foram de empatia, pois como colaboradora pedagógica na ocasião, convivi diariamente com eles com a premissa do acolhimento sempre. No decorrer do ano, aos poucos vamos nos conhecendo (alunos, professors, equipe pedagógica, multiprofissional e demais funcionários), conversamos com os pais e responsáveis e vamos buscando conhecer mais sobre o aluno e o transtorno, suas características individuais, sua estória de vida, compreender o posicionamento da família, suas condições econômicas e socioemocionais para criar meios de atender esses estudantes da melhor forma possível. Essa é a missão que tem grande possibilidade de sucesso quando é compartilhada com a família, os profissionais de saúde, a escola e a sociedade. 

 

Como devem ser as intervenções pedagógicas 

As intervenções podem ser pedagógicas, terapia comportamental, (psicologia), terapia de linguagem, (fonoaudiólogo), terapia ocupacional (terapeuta ocupacional), entre outros tratamentos como o exercício da terapia assistida (equoterapia) entre outras.


Em resposta à MARIA LUCILENE DE CARVALHO

Re: Autismo, Diagnóstico, Intervenções

por Roberto Ferreira Sena Filho -
É admirável ver o seu comprometimento com o acolhimento e compreensão dos alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A sua abordagem centrada no aluno, que busca entender as necessidades individuais, envolver a família e colaborar com profissionais de diversas áreas, é crucial para proporcionar um ambiente de aprendizado inclusivo e de apoio.

Considerando a situação em que muitos pais enfrentam dificuldades para obter laudos médicos devido a restrições financeiras ou falta de conhecimento sobre os procedimentos, é evidente a necessidade de uma maior acessibilidade aos recursos de diagnóstico. Esse é um desafio sistêmico que pode beneficiar de iniciativas que visem facilitar o acesso a avaliações médicas e apoio especializado.

A abordagem das mães em relação à negação é compreensível, dado o estigma e a falta de compreensão associados ao autismo. A conscientização pública sobre o TEA, suas características e necessidades é essencial para reduzir o estigma e promover uma compreensão mais informada na sociedade.

Quanto às intervenções pedagógicas, a abordagem multidisciplinar que você mencionou é fundamental.

Em última análise, a educação inclusiva requer uma abordagem holística, envolvendo não apenas os profissionais da educação, mas também a família, profissionais de saúde e a comunidade em geral. A sua dedicação em compreender e apoiar os alunos com TEA é valiosa para o seu desenvolvimento e bem-estar.
Em resposta à Roberto Ferreira Sena Filho

Re: Autismo, Diagnóstico, Intervenções

por MARIA LUCILENE DE CARVALHO -
Roberto

Essa disciplina é muito significativa, pois tive o privilégio de vivenciar situações no cotidiano escolar com estudantes com deficiências, mais especificamente com o Transtorno do Espectro Autista e me envolvi com o trabalho, a colaboração e a pesquisa sobre o Autismo (TEA). Essa especialização é muito importante para somar aos conhecimentos possibilitando a prática (2022) e a teoria Pós/Arcos 2023). É possível que estarei trabalhando em sala de aula regular como professora e então será a oportunidade de experiênciar a práxis. Grata pelo comentário.
Em resposta à MARIA LUCILENE DE CARVALHO

Re: Autismo, Diagnóstico, Intervenções

por Kelly Marques dos Santos -
Boa noite, Maria
Espero que você esteja bem! Suas contribuições são elementares para que possamos concretizar o princípio de inclusão educativa. Quando você se refere a questão do diagnóstico, a nossa discussão enriquece, pois, o laudo , para muitas famílias ainda é uma questão desafiadora. Na verdade, essa temática é tão complexa...às vezes lidamos com famílias que gostariam de conseguir, todavia, em alguns casos, existem situações específicas de que as famílias, conseguem, porém, "não aceitam " o resultado. Acho que isso dialoga com a postura de negação que você pontua, né?
Enquanto profissionais da educação, isso ainda é uma questão bastante desafiadora, mas que bom que podemos complementar as nossas ideias e entendimentos em debates como este.
Obrigada pela partilha!