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Atividade 2.1.: Fórum temático (Avaliativo)

Novo Ensino Médio e a Flexibilização do Currículo.

Novo Ensino Médio e a Flexibilização do Currículo.

por Maria Natividade Ferreira Coutinho - Número de respostas: 6

A Reforma do Ensino Médio, por meio da flexibilização do currículo, permite a exclusão das disciplinas de Filosofia e Sociologia como componentes curriculares obrigatórios. Contudo, a Filosofia e a Sociologia são disciplinas que, tradicionalmente auxiliaram na formação do cidadão, estimulando o pensamento crítico, a reflexão sobre valores, a compreensão da sociedade e o aprimoramento da consciência política. Assim sendo, a exclusão dessas disciplinas pode ser interpretada como uma perda nesse aspecto.


Em resposta à Maria Natividade Ferreira Coutinho

Re: Novo Ensino Médio e a Flexibilização do Currículo.

por Thallytah Leite Alves -
Olá, Maria.
Exatamente. A interpretação da exclusão dessas disciplinas como uma perda nesse aspecto destaca a importância de considerar não apenas a eficiência acadêmica, mas também os impactos na formação integral dos estudantes.
Em resposta à Maria Natividade Ferreira Coutinho

Re: Novo Ensino Médio e a Flexibilização do Currículo.

por Luiz Felipe Gomes Martins -
Sim, a exclusão das disciplinas de Filosofia e Sociologia do currículo obrigatório do Ensino Médio pode ser interpretada como uma perda significativa no aspecto da formação do cidadão. Tanto a Filosofia quanto a Sociologia desempenham papéis fundamentais no desenvolvimento do pensamento crítico, na reflexão sobre valores éticos, morais e sociais, na compreensão da sociedade e na conscientização política dos estudantes.

A Filosofia oferece ferramentas para questionar, analisar e compreender os fundamentos do conhecimento, estimulando o raciocínio lógico e a capacidade de argumentação. Ela ajuda os alunos a desenvolverem habilidades reflexivas, a ponderarem sobre questões éticas e morais, e a compreenderem diferentes perspectivas filosóficas que moldaram e continuam a influenciar o mundo.

Por sua vez, a Sociologia permite aos estudantes entenderem as dinâmicas sociais, os processos históricos, as estruturas de poder e as relações entre os indivíduos e a sociedade. Ela fornece uma base para a compreensão das desigualdades sociais, das questões de gênero, das políticas públicas e das transformações culturais, contribuindo para uma consciência mais ampla e crítica sobre o mundo.

A exclusão dessas disciplinas do currículo obrigatório do Ensino Médio pode limitar a capacidade dos estudantes de desenvolverem habilidades essenciais para uma participação ativa na sociedade, podendo impactar negativamente a formação de cidadãos críticos, conscientes e engajados com as questões sociais e políticas do seu tempo.
Em resposta à Luiz Felipe Gomes Martins

Re: Novo Ensino Médio e a Flexibilização do Currículo.

por Maria Vera Lucia Medeiros -
A flexibilização do currículo é vista como um caminho para tornar o Ensino Médio mais atrativo para os jovens. A ideia de que alunos tenham a liberdade de escolher, dentre as disciplinas compreendidas como optativas, as que sejam de seu interesse para a composição de sua grade horária de estudos. No entanto, as críticas em relação à flexibilização curricular proposta pelo governo acabam por estreitar a formação da juventude e possibilitam a criação de mercados no Ensino Médio. Além disso, a flexibilização curricular pode aumentar as desigualdades no Ensino Médio, caso não haja uma oferta adequada de disciplinas e itinerários formativos para todos os estudantes. Portanto, a flexibilização do currículo é vista como um dilema, que precisa ser abordado com cuidado e atenção às necessidades e interesses dos jovens brasileiros.
Em resposta à Maria Vera Lucia Medeiros

Re: Novo Ensino Médio e a Flexibilização do Currículo.

por Ana Raquel Alves de Negreiros -
As reformas no Ensino Médio não não suprem e, por vezes, aumentam as demandas deixadas pelas etapas de ensino anteriores. Como dito, a flexibilização do currículo pode agravar ainda mais as desigualdades sociais e, inclusive, aumentar o lucro de empresas privadas ligadas ao ensino (aqui uso essa expressão, e não "educação", de forma proposital), favorecendo mais uma vez aqueles que detém o capital financeiro e social.
Em resposta à Maria Natividade Ferreira Coutinho

Re: Novo Ensino Médio e a Flexibilização do Currículo.

por Stephanie de Oliveira Moreira -
De fato, excluir disciplinas como a Filosofia e a Sociologia é prejudicar a formação do educando enquanto indivíduo pensante e crítico. Observo, em discursos dos meus alunos, um certo desprezo pelas Ciências Humanas, o que para mim, enquanto professora de História, é um grande regresso e um cenário desanimador quanto ao compromisso com a educação integral, um dos pressupostos da BNCC, e a qual considera o desenvolvimento humano nos aspectos social, cultural, físico, intelectual e afetivo, Nesse sentido, nos deparamos com um cenário permeado por contradições e paradoxos pois, ao mesmo tempo em que se pretende construir uma formação global, retira-se do currículo a obrigatoriedade de disciplinas indispensáveis a essa construção, reforçando, ainda, visões equivocadas a respeito das Ciências Humanas.
Em resposta à Maria Natividade Ferreira Coutinho

Re: Novo Ensino Médio e a Flexibilização do Currículo.

por Rhulio Rodd Neves de Aguiar -
Olá Maria! Infelizmente essa alternativa pode e muito prejudicar o desenvolvimento dos alunos como cidadãos, pois as disciplinas de Filosofia e Sociologia são imprescindíveis na preparação dos alunos para a vida, pois contribuem para o desenvolvimento crítico dos alunos, capacitando-os a compreender e enxergar o contexto socioeconômico, cultural e político em que estão inseridos. Acredito que esses contextos surgem de tempos em tempos, pois grande parte dos governantes não querem que os cidadãos tenham consciência de seus direitos e deveres e que lutem por melhores condições de vida, saúde, educação e outros quesitos importantes para o desenvolvimento da sociedade.