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Atividade 2.1.: Fórum temático (Avaliativo)

As diferentes visões sobre a BNCC

As diferentes visões sobre a BNCC

por Leila Marques Elias - Número de respostas: 6

Olá colegas;

As leituras da semana propõe uma análise sobre as diferentes visões sobre a temática da Reforma do Ensino no Brasil, especificamente do Ensino Médio. Vejo como pontual a temática dessa semana de estarmos estudando sobre as legislações educacionais no Brasil a partir do cenário político nas quais se inserem, sendo que a educação no Brasil não é lançada como política de Estado, geralmente a educação é apresentada como uma política de governo, que mudam em um período de tempo entre 4 ou 8 anos.

O texto aprendizagem em foco, do Instituto Unibanco, o que é significativo, nessa análise pois, irá apresentar o cenário educacional do país no período anterior a reforma que ocorreu no ano de 2017, apresenta dados que de fato  são absurdos quanto a educação básica no Brasil, não podemos "fechar os olhos" as realidades que o ensino se apresentava no país, isso é óbvio, as mudanças eram e são sempre necessárias.

No segundo texto de Costa e Silva "Educação e Democracia: Base Nacional Comum Curricular e o no ensino médio sob a ótica de entidades acadêmicas da área educacional", é apresentado as discordâncias dos órgãos que pesquisam educação sobre a reforma e implantação no novo ensino médio e a BNCC. No decorrer do texto é explicíto as críticas feitas relacionadas aos diferentes pontos que perpassam a Lei Nº 13.415/2017, sobre os conteúdos impostos, a uma educação que propõe etinerários formativos, quando muitos não sabem como irá funcionar na prática e que o aluno deve escolher o que estudar e as escolas teram que apresentar alternativas para esse estudante. Muitos consideram que na lógica querem formar os jovens para atender ao mercado de trabalho, o que não podemos discordar, especificamente porque a educação no país apresentam uma tendência a atender demandas políticas e comerciais.

Outro ponto relevante a se considerar muito destacado no texto é que na discurssão sobre a reforma não foram ouvidas as entidades, a comunidade escolar, ou seja, a reforma ocorreu de "cima para baixo", de certa forma até  autoritária. O por sinal nos indica a controvérsia de estarmos falando de gestão democrática, princípio presente na Constituição de 1988 que não é adotado pelos políticos quando querem "reformar" a educação no Brasil. As pessoas que deveriam ser ouvidas geralmente não são. 

Gostaria de destacar aqui que já estamos nessa fase da implantação no novo ensino médio, inclusive já no período de aumentar a carga horária anual do ensino médio de 1000 para 1400 horas anuais, e e acordo com a lei colocando a maioria das escolas em um regime de tempo integral, outro problema que eu particulamente tenho observado na cidade em que resido nas escolas que já implantaram.

Em resposta à Leila Marques Elias

Re: As diferentes visões sobre a BNCC

por Maira Monica Guimaraes de Faria -
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que estabelece os direitos e objetivos de aprendizagem que todos os alunos brasileiros devem alcançar em cada etapa da educação básica. No entanto, essa proposta tem gerado diversas visões e interpretações por parte dos educadores, pais, especialistas e demais envolvidos no sistema educacional.
Algumas das diferentes visões sobre a BNCC incluem:
Visão favorável: Alguns educadores e especialistas acreditam que a BNCC é uma conquista importante para a educação brasileira. Eles acreditam que ter um currículo nacional comum ajuda a garantir a equidade de oportunidades, proporcionando a todos os alunos uma base sólida de conhecimentos e habilidades. A BNCC também pode promover a melhoria das práticas pedagógicas, ao orientar os professores sobre o que deve ser ensinado em cada etapa de ensino.
Visão crítica: Por outro lado, há quem critique a BNCC argumentando que ela pode promover uma padronização excessiva, limitando a autonomia e a criatividade dos professores. Alguns acreditam que a diversidade regional e cultural do Brasil não é adequadamente considerada na BNCC, o que pode resultar em um currículo que não atende às necessidades dos diferentes contextos. Além disso, há preocupações sobre a sobrecarga de conteúdo, visto que a BNCC abarca uma grande quantidade de habilidades e conhecimentos a serem adquiridos pelos alunos.
Visão sobre a implementação: Também é importante considerar as diferentes visões sobre a forma de implementação da BNCC. Alguns acreditam que é necessário investir em formação de professores e infraestrutura adequada para garantir o sucesso da BNCC. Outros argumentam que a implementação pode ser um desafio, especialmente nas escolas com poucos recursos, e defendem uma implementação gradual, com políticas e estratégias de apoio adaptadas às realidades e necessidades locais.
Em resumo, a BNCC possui diferentes visões e interpretações. Alguns a veem como uma conquista para a educação brasileira, enquanto outros a criticam por diferentes motivos. A forma como a BNCC é implementada também é objeto de discussão e é importante considerar as especificidades regionais e a capacidade das escolas e dos professores ao adotar essa política educacional.
Em resposta à Maira Monica Guimaraes de Faria

Re: As diferentes visões sobre a BNCC

por Vanessa Rosa de Oliveira -
A BNCC está atualmente em sua terceira versão, entretanto, muito ainda deve ser estudado, pesquisado, sobre sua estrutura e aperfeiçoamento, uma reforma educacional, é imprescindível e necessária, mas não com cortes que podem deixar a formação escolar dos educandos, deficitária e desigual.
Em resposta à Leila Marques Elias

Re: As diferentes visões sobre a BNCC

por Antônio Souza Pereira dos Santos -
Olá colega.

Parabéns pela reflexão.

Penso que os textos trazem visões políticas específicas sobre um mesmo aspecto - a reforma do Ensino Médio (contextualizada na BNCC). O primeiro traz a necessidade da reforma, recorrendo a argumentos poucos desenvolvidos, mas que dão seu recado por ter uma linguagem prática e visualmente observável; o segundo rebate a ideia de reforma que é vista no primeiro, com argumentos mais críticos, mas, que, são mais carregados teoricamente. E sabemos que o primeiro consegue chegar mais fácil na população, a qual vem sendo formada para aceitar melhor esse tipo de comunicação.

Ainda assim, acredito que ambos, mesmo com suas abordagens políticas distintas, deixam de fora algo essencial: que o problema do Ensino Médio envolve, na verdade, questões que se voltam para o Fundamental I e II - ou seja, para a formação de base de nossos estudantes. Por mais que eu me alinhe ao que está no segundo texto, reconheço que não adianta pensar um Ensino Médio e uma BNCC adequados à realidade brasileira, se o próprio País ainda não conseguiu transformar essas ideias em uma política de Estado e não de governos. Da mesma forma, é preciso um investimento pesado na base formativa, nos anos iniciais - pois isso influencia na qualidade da formação dos alunos que chegam ao Ensino Médio.
Em resposta à Leila Marques Elias

Re: As diferentes visões sobre a BNCC

por Silmara Elias de Souza -
O Novo Ensino Médio têm rendido muitas discussões diante dos efeitos que não têm se mostrado os pretendidos pela reforma. Buscava- se um ensino que sanasse as dificuldades de professores e alunos e que se constituísse democrático, atendendo às necessidades individuais, abarcando uma formação abrangente e humanizada. Mas os efeitos tem sido contrários. Há alguns apontamentos em relação a esses desacertos. Espero muito que as discussões e evidências nos levem a caminhos mais assertivos. Tão somente revogar e simplesmente voltar ao que era antes não vai resolver os problemas que levaram a tomar iniciativas para a reforma. Algo precisa ser feito, mas de forma mais estudada e dialogada com as diversas instâncias sociais.
Em resposta à Leila Marques Elias

Re: As diferentes visões sobre a BNCC

por Edival Jeronimo Portela Neto -
Concordo plenamente com sua análise sobre a temática da Reforma do Ensino no Brasil. De fato, a educação no país é frequentemente tratada como uma política de governo, e não como uma política de Estado. Isso implica em constantes mudanças e instabilidades que acabam prejudicando o desenvolvimento do ensino.
O texto do Instituto Unibanco, "Aprendizagem em Foco", realmente apresenta dados alarmantes sobre a situação da educação básica antes da reforma de 2017. É impossível ignorar as realidades enfrentadas pelas escolas e pelos estudantes e, nesse sentido, é essencial que mudanças sejam feitas.
No entanto, o segundo texto aborda as críticas feitas por diversos órgãos de pesquisa sobre a reforma e a implantação do novo ensino médio e da BNCC. É importante considerar essas discordâncias e questionamentos, especialmente em relação aos conteúdos impostos e aos itinerários formativos. O fato de muitos desconhecerem como essas mudanças serão implementadas na prática é uma preocupação legítima.
Além disso, é imprescindível destacar a falta de diálogo e participação das entidades e da comunidade escolar na discussão sobre a reforma. Essa abordagem "de cima para baixo" e autoritária vai de encontro aos princípios da gestão democrática, previstos na Constituição de 1988. É lamentável que as pessoas que mais são afetadas pelas mudanças na educação não sejam ouvidas e levadas em consideração.
Também concordo com sua observação sobre o regime de tempo integral nas escolas. A implantação dessa mudança tem sido um desafio em algumas cidades e é necessário que sejam realizadas avaliações sobre sua efetividade e adaptação às necessidades dos estudantes.

Em resumo, a temática da Reforma do Ensino Médio no Brasil exige uma análise crítica e a consideração de diferentes pontos de vista. É fundamental que haja um diálogo inclusivo e que as vozes das entidades e da comunidade escolar sejam ouvidas para que as mudanças propostas sejam realmente efetivas e adequadas às necessidades dos estudantes e do país.

Parabéns pelo seu comentário e pela reflexão profunda sobre esse assunto tão crucial para a educação brasileira.
Em resposta à Leila Marques Elias

Re: As diferentes visões sobre a BNCC

por Lucas Mateus dos Santos -
Olá colega, compartilho da sua percepção, que nos instiga a uma reflexão profunda sobre as legislações educacionais no Brasil, situando-as no cenário político em constante transformação. Concordo plenamente com a sua observação de que, frequentemente, a educação é tratada como uma política de governo, sujeita a alterações a cada período eleitoral, ao invés de ser encarada como uma política de Estado consistente e de longo prazo. A preocupação legítima quanto à ênfase na formação voltada para atender ao mercado de trabalho se alinha com as inquietações compartilhadas por muitos. Além disso, a ausência de consulta às entidades e à comunidade escolar durante o processo de reforma evidencia uma abordagem autoritária, o que contradiz o princípio da gestão democrática, dessa forma, suas considerações ressoam com a necessidade de repensar a abordagem das políticas educacionais no país, destacando a importância de uma visão mais consistente, de longo prazo e alinhada com os princípios democráticos.