No artigo Educação e Democracia, por Marilda de Oliveira Costa e Leonardo Almeida da Silva, que mais chamou a minha atenção e aqui quero deixar expresso foi ao citar o notório do saber. Venho notando o crescente acesso desses profissionais no campo educacional. Não desmerecendo o profissionalismo, porém a formação acadêmica fora voltada para áreas técnicas, bacharéis, bem como não tiveram na grade curricular durante a graduação, matérias fundamentais para a formação docente. Professores tem que debruçarem, enquanto especialistas licenciados para a Educação no que diz respeito ao processo avaliativo dos alunos, procedimentos educacionais voltados para a formação da criança e do jovem. Quando as instituições governamentais adotam o acesso de professores na educação por meio do Notório do Saber retrocede tudo o que fora debatido sobre meios didáticos para a Educação Básica e de qualidade.
Concordo plenamente com as suas palavras. A possibilidade de profissionais com "notório saber" na escola é uma desvalorização da profissão docente, dos anos dedicados na graduação e pós-graduação e das lutas por melhores condições salarial e de trabalho.
Educar é um trabalho sério e de grandes impactos na sociedade. Não dá para colocar a formação de crianças e jovens, principalmente, nas mãos de quaisquer profissionais. Só porque o sujeito possível X horas em determinada área do conhecimento. Como já vi nas escolas estaduais de São Paulo, arquitetos, dentistas e engenheiros dando aula. Para eles parece um meio fácil de estar empregado.
Causa indignação observar que na educação sempre há brechas para profissionais desqualificados trabalharem.
Educar é um trabalho sério e de grandes impactos na sociedade. Não dá para colocar a formação de crianças e jovens, principalmente, nas mãos de quaisquer profissionais. Só porque o sujeito possível X horas em determinada área do conhecimento. Como já vi nas escolas estaduais de São Paulo, arquitetos, dentistas e engenheiros dando aula. Para eles parece um meio fácil de estar empregado.
Causa indignação observar que na educação sempre há brechas para profissionais desqualificados trabalharem.
Em resposta à Jacqueline Augusta de Almeida
Re: Notório do saber
por Fernanda Sherllen da Silva Mendes -Sem dúvidas o acesso de profissionais com “notório saber” na educação, embora possa contribuir com expertise técnica, levanta preocupações sobre a desvalorização da formação docente e a ausência de preparo específico para lidar com o processo educativo. Contudo, devemos considerar que alguns bacharéis ou com formação tecnológica, buscam aperfeiçoamento na área educacional, permitindo a eles conhecerem e se incluírem nesse universo.
Prezadas Iara, Jacqueline e Fernanda, compartilho das mesmas preocupações. É impressionante como o magistério tem sido desvalorizado, na medida em que qualquer um, em razão da experiência, do conhecimento empírico e profissional, pode, ao que parece, invocar a condição de professor e ensinar o que sabe, a despeito do saber pedagógico, da didática, dos processos avaliativos, entre outros.
Essa realidade é sentida e denunciada por alunos de diversos cursos, sobretudo no ensino superior, nos quais encontram os ditos professores que a despeito do notório saber, não conseguem ensinar o que sabem e elaboram avaliações despropositadas.
Sem considerar que, na formação docente, em disciplinas como Psicologia e Sociologia da Educação, são abordados aspectos importantíssimos da relação professor-aluno, que vai desde a afetividade até a percepção de sinais de violência física e emocional nos alunos.
A docência é atividade muito complexa e possuía estrutura multidisciplinar. Porém, se basta o notório saber, oriundo da vivência profissional, para que alguém possa exercer a docência, para que, então, se submeter a uma formação tão exaustiva?
O profissional do notório saber também contradiz, em vasta medida, o conceito de formação continuada dos professores, tendo em vista que, se não possuem sequer a formação docente mínima, se a prática profissional basta, por que se sentiriam estimulados a dedicar tempo e recursos ao estudo ininterrupto?
Não poucos são os profissionais de bacharelados estritamente técnicos que, posteriormente, fizeram disciplinas pedagógicas em 06 meses (formação R2), e começaram a lecionar em sala de aula, concorrendo em designações com profissionais de licenciatura plena.
Creio que, também esse tópico, é importante para se compreender a complexidade da educação brasileira.
Essa realidade é sentida e denunciada por alunos de diversos cursos, sobretudo no ensino superior, nos quais encontram os ditos professores que a despeito do notório saber, não conseguem ensinar o que sabem e elaboram avaliações despropositadas.
Sem considerar que, na formação docente, em disciplinas como Psicologia e Sociologia da Educação, são abordados aspectos importantíssimos da relação professor-aluno, que vai desde a afetividade até a percepção de sinais de violência física e emocional nos alunos.
A docência é atividade muito complexa e possuía estrutura multidisciplinar. Porém, se basta o notório saber, oriundo da vivência profissional, para que alguém possa exercer a docência, para que, então, se submeter a uma formação tão exaustiva?
O profissional do notório saber também contradiz, em vasta medida, o conceito de formação continuada dos professores, tendo em vista que, se não possuem sequer a formação docente mínima, se a prática profissional basta, por que se sentiriam estimulados a dedicar tempo e recursos ao estudo ininterrupto?
Não poucos são os profissionais de bacharelados estritamente técnicos que, posteriormente, fizeram disciplinas pedagógicas em 06 meses (formação R2), e começaram a lecionar em sala de aula, concorrendo em designações com profissionais de licenciatura plena.
Creio que, também esse tópico, é importante para se compreender a complexidade da educação brasileira.
O conhecimento em uma área específica não garante automaticamente a habilidade de transmitir esse conhecimento de maneira eficaz aos alunos. A educação formal inclui métodos de ensino, teorias de aprendizagem e estratégias pedagógicas que são essenciais para uma experiência educacional completa e bem-sucedida. Profissionais do notório saber, por mais qualificados que sejam em suas áreas, podem enfrentar dificuldades ao lidar com as nuances do ambiente escolar e as necessidades pedagógicas dos alunos.