Ao longo da minha trajetória em sala de aula, não tive alunos que possuíam diagnóstico. No entanto, essa demanda surgiu na minha vivência para aulas particulares. Um psicopedagogo que conhece meu trabalho me indicou para dois alunos que possuíam diagnóstico de TEA, uma menina e um menino. A menina, que estava no espectro autista em um grau leve, estava na 2ª série do ensino médio e não tinha dificuldade no aprendizado. Pelo contrário, ela tinha muita facilidade. No entanto, ela tinha graves crises de ansiedade e fazia aulas particulares em períodos de prova para se sentir mais segura, numa tentativa de reduzir as crises. Já o menino, que estava na 3ª série do ensino médio, possuía dificuldade no aprendizado e estava no espectro autista em um grau mais elevado. Ministrei aulas regulares para ele durante alguns meses e foi um desafio elaborar aulas que fossem atrativas para ele. O diagnóstico desse aluno foi importante tanto para ele e a família entenderem melhor a situação dele, mas principalmente para poderem dar o suporte adequado. Também foi importante no contato com a escola, que dava suporte e avaliações mais direcionadas.