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4.2. Fórum temático.

Aplicação do DUA em um caso concreto

Aplicação do DUA em um caso concreto

por Luiz Roberto Bomfim Lima - Número de respostas: 0

Faça uma postagem autoral a partir da leitura do trabalho premiado (escolhido por você dentre aqueles das diferentes            modalidades) e uma segunda postagem autoral a partir dos posicionamentos da palestrante durante a sua fala.

 

            A utilização do Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) na Aplicação de Processos Didáticos Inclusivos na Educação Matemática representa uma das formas de expansão da aprendizagem de alunos que têm ou não alguma deficiência, a aprtir de uma metodologia criativa, onde estratégias, técnicas e o uso da flexibilidade de materiais objetivam alcançar um maior número de alunos e, dessa forma, democratizando e universalizando a formação do conhecimento.

            Sabe-se que a inclusão de alunos, principalmente aqueles com alguma deficiência, no ensino ainda é um desafio para as escolas, haja vista que requer práticas que contemplem estudantes com e sem necessidades especiais, de maneira que todos possam aprender juntos e no mesmo ambiente escolar.

            A aplicação do DUA na educação contribui para que o aluno obtenha independência, acessibilidade e maior autonomia na realização de atividades cotidianas, além, é claro, de mais interatividade e maior contato com outros educandos.

O DUA sustenta-se no tripé dos princípios baseados nas redes afetivas, redes de conhecimento e redes estratégicas de aprendizagem. A premissa básica das redes afetivas ou do engajamento busca responder o “porquê da aprendizagem”. Nesse sentido, otimiza-se a aprendizagem por meio do interesse e da persistência, de modo que os alunos – resistentes ou desinteressados - são instados a aprender. Quanto à premissa da representação, busca-se inquirir “o quê da aprendizagem” relacionado ao reconhecimento; utilizam-se diferentes formas de representação do conceito, por meio da linguagem escrita, visual, oral, ou sensorial, de modo que se ampliem os conceitos. No que toca ao princípio da ação e expressão, persegue-se o “como” da aprendizagem com foco na estratégia procurando diversificar a maneira de o estudante poder melhor explorar seus conhecimentos.

 

 

A professora Janaína Zanon Ribeiro Roberto Stellfeld posiciona-se com muita maestria quando da apresentação do seu trabalho. O trabalho desenvolvido com adolescentes do Ensino Fudamental I, sobretudo com tema relacionado à disciplina de matemática não é tarefa fácil. A professora, de forma inteligente, fez um recorte da sua dissertação de mestrado, aplicando-a num caso concreto, fato que solidifica o pensamento de que a teoria deve andar de “mãos dadas” com a prática.

Fez questão de mostrar que trabalhou baseada na ética, haja vista que os estudantes foram consultados sobre a veiculação de suas imagens e de suas falas, atendendo assim o que determina a legislação.

A pesquisadora abordou os princípios orientadores do Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) numa perspectiva de inclusão, com foco na superação de barreiras físicas, respeito e empatia para com os alunos.

Metodologicamente, dividiu a pesquisa em 4 (quatro) etapas, de forma coesa, coerente e intercalada, onde professores, responsáveis e coordenadores escolares foram ouvidos e a ideia de inclusão escolar e social esteve no centro do seu trabalho. Participaram da pesquisa criança com paralisia cerebral, autista e índio. Valorizou-se a diversidade e diferenças.

Quando e depois da aplicação da pesquisa, houve reconhecimento do trabalho científico, onde mães de alunos puderam expressar sua grata satisfação ao perceber que seus filhos seriam melhores alunos, mais interessados, mais engajados, agindo e se expressando melhor.

Buscou promover empatia e engajamento, por meio de atividades relacionadas ao sistema Braille, incentivou os alunos sem deficiência a ajudar os que tinham alguma deficiência e, assim, possibilitou diversas formas de expressão por meio da linguagem visual, escrita, sensorial e oral. Contextualizou a matemática usando elementos do Sistema Monetário Brasileiro e os sinais do Libras.

Com isso, a postura da professora mostrou-se bastante relevante, pois permitiu uma aprendizagem significativa de alguns assuntos da matemática, como operação aritmética, o real valor da moeda, o uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e, mais ainda, promoveu inclusão escolar, socioambiental, solidariedade, colaboração e respeito entre os alunos.