Ao ter o primeiro contato com este fórum avaliativo e o Prêmio MEI, fiquei muito impressionado com a quantidade de trabalhos que foram levados na educação básica com qualidade e muita dedicação. Falo isso pois sei como é complicado para os professores proporem novas atividades dentro da estrutura da escola pública e privada no Brasil.
O trabalho escolhido foi o trabalho de Genildo, do Amazonas, em que o professor trouxe para turmas de 8º ano a socialização de conhecimentos entre alunos de "mundos diferentes": alunos indígenas e não indígenas. Além de dar autonomia aos alunos para pesquisarem e trazerem os "contos e causos indígenas", o professor também teve uma iniciativa que vem efetivar as diretrizes da lei de inclusão da história dos povos originários de 2008. A produção da coletânea de contos envolveu as experiências, a capacidade de escrita e o compartilhamento do saber: isso tudo coloca a centralidade do aluno na produção de conhecimento com a mediação do professor. As diversas leis que versam sobre a educação brasileira, como a Base Nacional Comum Curricular, foram também impulsionadoras dessa atividade como forma de superar os obstáculos da desigualdade entre as classes, os povos e o preconceito.
O resultado do trabalho foi engrandecedor, bem como dito por Genildo, por conta da participação coletiva, do apoio da comunidade escolar e do estímulo dos gestores. Ademais, as instituições públicas foram de grande valia para a visibilização deste trabalho bem como o estímulo a novas formas de abordagem que ajudem a comunidade escolar a sair do tradicional ensino conservador.