É possível observar a influência das práticas da administração fabril no ambiente escolar em muitas sociedades capitalistas. Esse fenômeno é frequentemente chamado de "empresarialização" da educação, e envolve a aplicação de conceitos e abordagens de gestão empresarial nas escolas. Assim como nas empresas, há uma crescente ênfase em métricas e avaliações de desempenho no sistema educacional. Testes padronizados e avaliações quantitativas muitas vezes dominam a avaliação do sucesso escolar, o que pode resultar em uma abordagem mais mecanicista para a aprendizagem.
A busca por eficiência e uniformidade, características da administração fabril, também pode se refletir na padronização curricular e na tentativa de homogeneizar os métodos de ensino. Isso pode limitar a flexibilidade e a adaptabilidade do sistema educacional às necessidades individuais dos alunos. A competição entre escolas por recursos, reconhecimento e alunos pode levar a práticas que se assemelham à competição entre empresas. A imagem da escola e a busca por uma posição de destaque muitas vezes se tornam prioridades, podendo desviar a atenção do foco principal na qualidade da educação.
A administração fabril valoriza a eficiência operacional, e esse princípio pode ser refletido na gestão escolar, muitas vezes com um foco considerável em otimizar recursos, reduzir custos e aumentar a produtividade, muitas vezes às custas de uma abordagem mais holística e centrada no aluno. Em alguns casos, as decisões administrativas nas escolas podem se tornar mais centralizadas, com pouca participação de professores, pais e alunos. Isso pode resultar em uma falta de representatividade e voz para aqueles diretamente envolvidos no processo educacional.
É importante notar que, embora algumas práticas da administração fabril possam trazer eficiência e organização para as escolas, a aplicação excessiva desses princípios pode comprometer os objetivos fundamentais da educação, como o desenvolvimento integral dos alunos e a promoção da criatividade e do pensamento crítico. Encontrar um equilíbrio entre eficiência e a natureza única do ambiente educacional é crucial para garantir um sistema escolar saudável e eficaz.
