Ir para o conteúdo principal

Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

Número de respostas: 26

Associe a esta leitura as seguintes asserções:

i) Para Freire “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo” ou, no contexto desta disciplina, quem sabe também pelas tecnologias;

ii) Segundo o viés da criticidade no ensino, um bom professor não fornece boas respostas, faz boas perguntas.

Ao considerar todo o exposto na introdução da disciplina, a leitura de Freire, as assertivas acima e também as individualidades existentes na sala de aula, reflita sobre o quão complexo é criar e utilizar tecnologias de fato educacionais. Compartilhe seus primeiros pensamentos a esse respeito no Fórum Obrigatório da Semana 1 e interaja com seus colegas.

Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Izabel Aparecida Fontes dos Santos -
Boa noite,
Apesar de toda contribuição já discutida e analisada vinda das metodologias ativas, muitos profissionais possuem resistências e acabam por continuar com suas aulas conteudistas. Vejamos alguns fatores que geram tal prevalência:
1º - O professor não aceita abrir “mão” de seu lugar de centro do processo educacional (professor centralizador): isso ocorre muitas vezes por medo do aluno questionar os conteúdos e o professor não saber responder. As aulas nesse modelo possuem atividades pré-definidas e não cabe ao aluno ter qualquer poder de decisão, o professor define as atividades a serem realizadas e o método de avaliação,
dominando todo o conteúdo e aula.
2º - Resistência ao novo: Muitos profissionais da educação criam barreiras às novas metodologias ativas, principalmente quanto a utilização das TICs, muitas vezes tal fato ocorre para não perderem o domínio das aulas, visto que sentem dificuldades em aplica-las no momento correto. Entretanto, Sampaio e Leite (1999, p. 74), relatam que o “[...] o professor deve ter clareza do papel delas enquanto instrumentos que ajudam
a construir a forma de o aluno pensar, encarar o mundo e aprender a lidar com elas como ferramentas de trabalho” (p. 74).
Além da resistência em utilizar os aparatos tecnológicos de modo a agregar suas aulas, tem-se ainda as dificuldades em não saber usá-los.
3º - Dificuldades com o uso das tecnologias: muitos professores acabam por manter suas aulas conteudistas por não saberem manusear e utilizar as novas tecnologias digitais. Nesse sentido, é preciso formação continuada a fim de auxiliar e capacitar os profissionais com mais dificuldades. A prática e todos os saberes observados no professor em sua prática são resultados da apropriação que ele fez da prática e dos saberes histórico-sociais (CUNHA, 1994).
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Iara de Oliveira Borges -
Dentro de qualquer processo de aprendizagem deve ocorrer a interrelação entre os agentes de comunicação, para que haja troca de saberes. O pensamento não é estagnado, estanque em que apenas um dos integrantes é o transmissor do saber. A comunicação é um dos processos de fator extremamente relevante na mediação do ensino e que possa trocas as experiências de mundo. Quando o aprendizado é voltado para a ação passiva sendo o professor o único que transmite a informação sem partir do pressuposto de um levantamento prévio acerca do que o aluno traz de conhecimento não haverá uma base diagnóstica do que realmente será relevante para o aprendizado. Levando em conta na disciplina Tecnologias e Comunicação, neste primeiro módulo, o uso de tecnologia como metodologia de aprendizagem o professor deve ter os TICs como sub item metodológico, na forma de usá-los como processo de material metodológico para auxiliar na provocação de ideias, de levantamentos de questionamentos, de provocações para a partir disso os alunos buscarem as respostas, caso contrário o TICs ficará apenas um material didático tradicional em que o professor transmite a informação e o aluno ficará passivo na recepção do conteúdo.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Amanda Azevedo Abou Mourad -
Eu fiquei pensando nisso tudo e em como é difícil definir a educação. A primeira asserção diz que ninguém educa ninguém. Nesse sentido, o que seria uma ferramenta educacional? Acredito que não seria uma ferramenta para educar, mas uma ferramenta que contribua com a educação, já que, de acordo com Freire, "os homens se educam entre si" mediados por algo, no caso, a tecnologia.
O segundo ponto me fez pensar na questão da investigação. Se um professor é alguém que fornece boas perguntas, e não as respostas, então o software educacional precisa fornecer um ambiente de investigação, onde possamos produzir conhecimento. Mas deixo mais uma questão: o conhecimento é produzido ou adquirido?
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Flávia Rocha dos Santos -
A educação é uma construção, socialização, mediação de saberes. Concordo com Freire "Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”. a interação e mediação nos permite aprender e ensinar. Com as novas tecnologias o professor precisa se reinventar para desenvolver a aprendizagem e de uma forma que o aluno seja protagonista da sua aprendizagem, aquele formato de professor "tradicional" precisa arrancar as amarras e se permite para o novo.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Juliana Gomes Pantoja -
Paulo Freire propõe a conexão mediada pela tecnologia na educação, destacando que o processo de aprendizagem não segue uma via única, mas sim um intercâmbio recíproco moldado pelo ambiente circundante. Olhando de uma perspectiva crítica, um educador habilidoso impulsiona indagações e exploração, favorecendo a ativa elaboração do saber por parte dos estudantes. No entanto, a incorporação de ferramentas educacionais tecnológicas se depara com obstáculos, como a relutância à mudança e insuficiência de competências técnicas, o que enfatiza a necessidade de um aprendizado contínuo. As ferramentas tecnológicas, incluindo as TICs, proporcionam um meio de diálogo, fomentam análises críticas e incentivam o empoderamento dos discentes. O papel do educador sofre uma transformação em direção a um mediador e orientador, enquanto a construção do conhecimento é concebida como um esforço colaborativo, moldado pela interação tanto social quanto tecnológica. A educação moderna busca enfrentar esses desafios, almejando ambientes participativos e cooperativos, onde a tecnologia desempenha um papel central no processo de edificação do entendimento.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Ana Angélica Gonçalves da Silva -
Boa noite!
Muito raramente, uma situação oferece apenas vantagem ou apenas desvantagem, é assim também quanto ao uso das tecnologias digitais.
Se por um lado a tecnologia proporciona, facilita a aprendizagem, por outro lado, as tecnologias digitais podem prejudicar o processo de ensino e aprendizagem principalmente quando os dispositivos não são utilizados como recursos pedagógicos. Além disso, nem todos os estudantes tem acesso a recursos tecnológicos e a maioria das escolas públicas não tem infraestrutura para fornecer internet o que acaba comprometendo o uso das tecnologias na educação.
Vivemos na era da tecnologia digital. A cada dia uma nova ferramenta é criada e passa a fazer parte do cotidiano das crianças e adolescentes. A questão é como utilizar tais dispositivos como recurso pedagógico, principalmente quando nem todos tem acesso.
Sabemos que as ferramentas tecnológicas permitem a incorporação de infinitas possibilidades ao ensino de crianças e adolescentes e quando o uso é mediado e tem intencionalidade pedagógica, pode contribuir no processo de ensino, porém quando o celular assim como outros aparelhos começam a ser usados, mas não como recurso pedagógico pode colocar em risco o processo de aprendizagem do estudante. É difícil o professor com uma aula tradicional competir com tantos dispositivos, principalmente quando os alunos só querem ouvir música no fone de ouvido, jogar jogos online, conversar ou ligar para amigos e utilizar redes sociais.
De um lado, a tecnologia possibilita o estreitamento de vínculos entre amigos e familiares, incentiva a pesquisa e a curiosidade, facilitando o acesso e a democratização da informação. Por outro lado, existem riscos de um uso exagerado ou desorientado que vão desde a exposição a conteúdos inapropriados até o desenvolvimento de sintomas como insônia e ansiedade. Crianças e adolescentes tendem a ficar “hipnotizados” pelas telas. Se não houver controle, isso pode comprometer o desenvolvimento cognitivo, além de tirar o foco dos conteúdos na sala de aula.
O uso de recursos tecnológicos na sala de aula é essencial, possibilita a interação, praticidade, enfim, abre caminho para novas possibilidades educacionais, mas é necessário que todos tenham acesso, que haja um bom planejamento e uso consciente das tecnologias favorecendo o ensino ao invés de prejudicá-lo.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por José Edvaldo Salustiano Barbosa -
As assertivas são bem provocadoras, principalmente para nós que somos educadores e atuamos diretamente com os educandos e suas pluralidades. Quando Freire reverbera o que está mencionado na primeira assertiva, é que a educação em si é um movimento que exige troca mútua se saberes, afinal, ninguém sabe tudo e todos sabemos algo. Trazendo para nossa realidade, o educador se configura não mais como aquele que educa, mas também como aquele que educa e é educado pelo educando, e esse movimento também acontece com o aprendiz que proporcionará ao educador refletir sobre sua prática e ação docente, no que precisa aperfeiçoar para que de fato o conhecimento seja construído. Ao longo de nossa trajetória escolar, todos incorremos no erro de achar que o melhor professor é aquele que fornece as respostas para as muitas indagações que surgem dentro da aula, como também para os exercícios propostos. Com o passar do tempo, vamos entendendo que o um bom professor será aquele que provocará o aluno e o instigará a pensar, a procurar a resposta, mesmo que essa não seja a correta, mas o auxiliará a percorrer o itinerário em busca do conhecimento. Podemos concluir que educador e educando são sujeitos do processo ensino e aprendizagem, um precisa do outro para crescer nessa jornada que se dá através da dialogicidade, da criticidade e da ação pedagógica. Diante desse panorama, é preciso também destacar que muitos docentes ainda não familiarizados com as novas tecnologias e seu uso dentro da sala de aula, acabam por dificultar a aprendizagem que cada vez mais está permeada e inserida nesse contexto tecnológico, uma vez que a escola é parte da sociedade, ela não pode fica fora desse avanço, pois se configura como algo contraditório, toda sociedade imersa nas tecnologias e na praticidade que ela proporciona e a escola ainda insistente no retrocesso. Evidentemente que há muito a se discutir sobre esse tema que renderá bastante provocações, como essa neste primeiro momento.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Hilda Progênio Morais -
Bom dia!
O uso de tecnologias se torna uma novidade nos dias de hoje, tanto para o professor quanto para o aluno. A complexidade de usar essa novidade se dá no fato de criar ou escolher uma boa metodologia que de fato seja um investimento de aprendizagem para ambos os lados. Na sala de aula, a comunicação do docente e discente ainda pode ser um desafio para alguns educadores, no entanto, ele deve estar atento que deve ocorrer essa flexibilização do dialogo. Ocorre assim no uso da tecnologia digital, não é só "jogar" ela como uma bomba na aula e não ressignificar seu uso, sair do tradicionalismo e do ensino mecânico é a opção para tornar a aula estimulante. Paulo Freire propõe perguntas desafiadoras para a docência atual e como resposta podemos problematizar os pequenos resquícios do ensino mecanicista que ainda residem na classe. Por ultimo, deixo que o uso dos TICs e o material didático pode ser um grande aliado para o professor e aluno.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Fernanda Sherllen da Silva Mendes -
Segundo Paulo Freire, a educação é um processo social e interativo, no qual as pessoas não são apenas receptoras de informações, mas participam ativamente da construção do próprio conhecimento. Esse processo de interação mediado pelo mundo é indispensável para o ensino-aprendizado e, atualmente, tem ganhado novas configurações com o advento e ascensão das tecnologias digitais.
No contexto educacional, as ferramentas tecnológicas digitais têm desempenhado um papel muito importante no processo de mediação. Elas nos fornecem o acesso ilimitado a informações e propiciam a interação virtual que transcende os limites físicos da sala de aula e de outros espaços voltados para a produção de conhecimento. Contudo, requer alguns cuidados.
O excesso de informações em circulação, muitas delas distorcidas ou inverídicas, torna cada vez mais necessário ressaltar o viés crítico na educação e a importância de os professores incentivarem os estudantes a analisar criticamente, questionar, ser curioso, investigar e construir seu próprio conhecimento.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Jacqueline Augusta de Almeida -
Considerando as provocações, podemos inferir que a educação ocorre na comunicação entre sujeitos. Na perspectiva de Freire, comunicação é um diálogo crítico entre sujeitos sobre um determinado objeto do conhecimento. A educação que não é fundamentada na comunicação, é uma extensão do conhecimento, tendo por consequência a tão criticada educação bancária.
O papel do educador é promover a reflexão crítica, e esta está diretamente ligada a comunicação. Nesse sentido, a tecnologia representa é um recurso pedagógico para que os sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem possam estabelecer a comunicação. Fazendo uso das palavras de Freire, a tecnologia sozinha não educa ninguém. Portanto, para a utilização de tecnologias educacionais no cotidiano escolar, é necessário planejamento e uma intencionalidade bem definida. Ela não pode estar presente somente porque é algo novo ou atraente. Ela precisa ter um propósito no contexto ensino-aprendizagem. Assim, como devemos ser criteriosos na escolha de um livro didático, também precisamos ser na escolha de uma tecnologia educacional em sala de aula.
Em resposta à Jacqueline Augusta de Almeida

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Flávio Augusto Gomes Rosendo -
Prezada, Jacqueline, estou de pleno acordo com sua exposição.

Segundo Paulo Freire, o aluno não deveria ser alijado das reflexões em torno do próprio aprendizado e, portanto, há de ser estimulado a contribuir com a bagagem cultural que traz consigo, com sua visão de mundo. Para Freire, a postura crítica há, primeiramente, que ser exercitada pelo Professor, que irá propor um diálogo reflexivo e crítico com os alunos, de modo a estimulá-las à busca de novas respostas para os problemas do mundo.

No que concerne à educação mediada pelas tecnologias digitais, a postura crítica deve ser aplicada pelo professor a si mesmo, para não continuar a perseverar nas velhas práticas, agora transpostas para o ambiente virtual.

É fundamental que o professor, na educação on-line, apresente aos alunos ferramentas, tecnológicas ou não, por meio das quais eles possam ser orientados nessa busca por conhecimento e possam desenvolver sua pesquisa e seu aprendizado sem a dependência de toda e qualquer iniciativa do professor.

Abraço!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Jennifer Adryene Silva Carvalho Moura -
Conseguimos observar uma rejeição por parte de professores com o uso de TICs em sala de aula, essa rejeição pode ser compreendida em parte pela quebra da rotina, tem professores que possuem anos de carreira e a anos sempre exerceram sua função da mesma maneira e ter que implementar ferramentas ou novas metodologias é modificar sua rotina. Outro ponto observado contra o uso de TICs é não ter conhecimento de como usá-las, acarretando na não aplicação da mesma. Esses são uns exemplos do porquê de haver essa rejeição, mas se pararmos para analisar os dois exemplos tem como foco o professor e não os alunos. Pois quando um professor dá a aula da mesma maneira em diversos anos e em diversas turmas está realizando uma ação confortável a si, mas que ignora a heterogeneidade de uma sala de aula e o mudar do mundo ao longo dos anos. E se coloca em uma posição de orador único, indo de desacordo com o que Freire acreditava:
‘Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”, impossibilitando um local de diálogo.
Para uma aprendizagem significativa o diálogo é indispensável as TICs podem auxiliar nesse processo, a comunicação entre alunos e professor pode ser feita de maneira instantânea assim facilitando e reforçando esse diálogo.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Vinícius Mendes -
Em suas obras Paulo Freire sempre defende que os estudantes não são vazios de conhecimento possuindo uma bagagem que precisa ser reconhecida e valorizada pelos educadores. A visão de que só o educador sabe em sala de aula é autoritária e foge da realidade, além de ser uma forma de excluir os educandos da participação real em sala de aula. O educador enquanto mediador precisa produzir situações em que os educandos possam construir seus conhecimentos de forma coletiva, e quando Paulo Freire aponta que este processo é mediado pelo mundo, significa que a sala de aula precisa ser uma extensão da realidade vivenciada por estes educandos fora da escola, não pode ser um espaço desconexo, a relação entre sala de aula e realidade é um dos fatores que motivam os educandos a estudar e que atribui significado aos conhecimentos. O conhecimento enquanto ato dialógico é também um movimento dialético que parte de diferentes atores entre si, por isso que no texto Freire aponta que a comunicação implica na reciprocidade entre os sujeitos, e não que um deles seja um paciente, inerte no processo, é necessário que ambos se interessem pelos conhecimentos e busquem o diálogo. O processo de ensino aprendizagem precisa ser uma construção coletiva entre os sujeitos presentes em sala.

No mundo atual a escola não é a única fonte de informação, ela compete com a internet e outras formas de conseguir informações, isso faz com que decorar ou simplesmente replicar respostas se torne algo obsoleto, eu preciso levar meus educandos a construir suas próprias respostas e uma visão de mundo crítica, para isso, para além de responder perguntas eu preciso criar novos questionamento, construir caminhos para que educandos questionem o mundo em que vivem e busquem suas próprias respostas. Bem como o texto de Freire aponta, é preciso buscar uma comunicação critica, e isso vai além de decorar ou replicar respostas.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Renato Nonato Valerio -
Situar as novas tecnologias dentro de uma perspectiva educativa requer de todos nós educadores um exercício importante de reflexão e rompimento com alguns modos de educar cristalizados. Afinal, tornar as novas tecnologias ferramentas capazes de contribuir com desenvolvimento da aprendizagem e solução para os problemas da atualidade não é fácil, porém se existe um lugar para que isso aconteça, eu acredito, que esse lugar é a escola. No entanto, para que isso aconteça é necessário que nos desvinculemos de uma prática bancária e criemos possibilidades de interlocução entre docentes, discentes e comunidade interna e externa. Afinal, quem nunca quis ter dentro da escola uma rádio na qual pudesse falar sobre os problemas que lhe aflige? ou revindicar melhorias para o intervalo? Imagina uma imprensa que pudesse cobrir o campeonato inter-escola, ou um núcleo de áudio-visual que pudesse denunciar o descaso com o bairro e situação de sua própria escola. Acredito que devemos ensinar os alunos a identificar as demandas e os sistemas de opressão que os circundam depois disso pensar em ferramentas que possam contribuir com abordagem da situação investigada e aí dar o suporte e o apoio necessário para que eles narrem, registrem, discutam e abordem os temas de acordo com mídia, tecnologia que eles mais se familiarizam. Nesse sentido, acredito que essa forma de educar precisa ser dialógica e não bancaria, pois a partir da interlocução entre essas ideias ambos podem aprender, professores, alunos e comunidade externa e interna.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Vitor Cardoso -
O ato de educar é um ato comunicativo, logo necessita de uma relação dialógica entre o educador e o educando, é necessário que ambos tenham em mente as motivações para o ato de aprender, se o ambiente (sala de aula) é favorável ao ato e se ambos tem capacidade de falar "a mesma linguagem" e serem compreendidos, daí se tira as condições para o ato educacional e se ele será propício a aprendizagem ou não. O uso das tecnologias de comunicação são importantes meios inovadores, mas devem ser acompanhados de métodos inovadores, a implementação da tecnologia para a construção de um espaço digital por si só não é suficiente para a garantia da educação, já se relata estudos que ela em excesso atrapalha mais do que ajuda, já que os estudantes perdem certas capacidades cognitivas ao uso excessivo dos meios digitais. Portanto é algo que necessita de muito estudo e de uma formação contínua dos educadores.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Mateus Gomes da Silva -
Como exposto na primeira semana, e curiosamente acabei discutindo isso com o vice-diretor da minha escola em um momento de intervalo, a escola continua com um certo padrão a muitas décadas, por mais que novas tecnologias tenham sido inseridas e estejam sendo utilizadas com resultados ora positivos e em outros momentos nem tão favoráveis. No fim, tudo dependerá do planejamento, pois não adianta termos os melhores recursos tecnológicos sem termos uma metodologia eficiente para a utilização deles com sabedoria. Como nas discussões de Freire, temos que tomar cuidado pois na educação é necessário que haja uma comunicação entre os atores envolvidos. Nesse sentido, a utilização da tecnologia sem uma metodologia eficiente não seria necessariamente um avanço. Além disso, o espaço escolar precisa estar mais atento ao uso e implementação da tecnologia em sala de aula e no âmbito escolar. Na escola que trabalho, por exemplo, ocorrem trabalhos onde os alunos interagem com algumas tecnologias, como a rádio da escola. Além disso, recentemente houve a implementação de projetores em todas as salas, o que facilitou e propiciou a utilização de metodologias de ensino diferenciadas.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Daniel do Vale Silva -
Boa tarde!
Nesse primeiro momento do componente temos pontos extremamente importantes para refletir. Primeiro ponto é o fato de que as tecnologias na educação são diversos instrumentos que precisam ser inseridos baseados em planejamento e aporte teórico. O segundo ponto é o papel docente nesse processo, pois a inserção e desenvolvimento dos instrumentos tecnológicos na educação básica precisam ser mediados, no entanto, esse processo não é simples, sendo necessária uma definição entre processo e resultado, para que os meios tecnológicos não sejam confundidos com apenas a inserção de meios lúdicos e sofisticados. E o último ponto destacado nesse momento inicial é a adequação entre o conteúdo e processo tecnológico empregado, pois a implementação não é uma "receita". Diante desses pontos, precisamos compreender que para cada destaque existe desafios e possibilidades, exigindo uma reflexão e implementação coletiva de práticas, experiências e formações.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Flávio Augusto Gomes Rosendo -
Na abordagem pedagógica tradicional, predomina a posição hierárquica entre professor e aluno, uma vez que o professor é aquele que conduz o processo de ensino-aprendizagem, administra os conteúdos e proporciona conhecimentos ao aluno. Na perspectiva freiriana, a verticalidade do processo de ensino-aprendizagem cede espaço à horizontalidade, na qual o aluno é igualmente protagonista de seu processo de aprendizagem. Nesse viés, é preciso conceder ao aluno espaço para conhecer o mundo que o cerca, o que se dará, sobretudo, através de processos interativos, calcados em diálogos.

O processo de ensino-aprendizagem não pode ser reduzido à simples transmissão de informações, pois a esse fim bastam o computador e as demais tecnologias, que, integrados à internet, constituem um banco de dados jamais imaginado na história humana.

A obtenção de informações, portanto, ocorre sem maiores problemas, dada a abundância e variedade de suas fontes; porém, o cerne da questão está em sua transformação em conhecimento, para o que não se prescinde de critérios, de discernimento, de seleção, de sistematização e ação reflexiva. Essa direção é dada pelo professor que, por sua experiência e conhecimentos avançados, facilita ao aluno o processamento e a transformação dessas informações dispersas, em conhecimento coeso e útil.

A educação mediada por tecnologias digitais exige de professores e alunos atitudes diferenciadas daquelas já conhecidas na educação tradicional, em nome das quais devem assumir o constante compromisso de estudo e constante atualização para não serem dragados pela dinâmica incessante do avanço tecnológico, do progresso das técnicas e pela renovação dos conhecimentos.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Felipe Raposo -
Boa tarde
O capítulo em questão, retirado do livro "Extensão ou Comunicação?" de Paulo Freire discute a importância da comunicação e da intersubjetividade no processo de conhecimento. Freire argumenta que o pensamento não pode existir isoladamente, mas sim em diálogo com outros sujeitos, mediado por signos linguísticos. A comunicação eficiente requer um acordo entre os sujeitos, para que a expressão verbal de um seja compreendida pelo outro. A falta desse acordo pode levar à incompreensão e à impossibilidade de comunicação.

As proposições de Freire dialogam diretamente com a máxima "Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo" exposta por ele na sua obra Pedagogia do Oprimido, visto que essa afirmação encontra concordância com as proposições do capítulo no sentido de que a comunicação é um processo dialógico e interativo de mútuo pensar entre vários sujeitos acerca do objeto de pensamento. Freire ainda ressalta que quando não há acordo entre os signos, ou compreensão entre os sujeitos, seja em relação à linguagem, conteúdo do objeto de pensamento, ou da convicção acerca do fenômeno pensado, não há comunicação. Dessa forma, a tecnologia pode auxiliar no processo de equilibração dos sujeitos, pode ser um suporte para "traduzir" os signos, conteúdos e convicções entre os sujeitos de forma a garantir a efetividade da comunicação.

Freire também aponta que a comunicação estruturada tal qual uma palestra, onde há um comunicador e vários "receptáculos" não é o método mais eficiente para a construção da compreensão acerca de um objeto pensado, mas que o "diálogo problematizador" é mais adequado para diminuir a distância entre as expressões significativas do técnico, o professor, e as percepções dos educandos. Freire conclui dando importância para os aspectos humanistas, de tratar os sujeitos envolvidos como humanos, e não como "coisas" envolvidas no processo de transformação da realidade através do trabalho (obviedade apontada pelo autor no início do capítulo), mas sem "otimismo ingênuo", e sim "esperançosamente crítico".

Dessa forma, todo esse ensaio nos permite vislumbrar que utilizar tecnologias em sala de aula não necessariamente a fazem tecnologias educacionais, visto que para que sirvam para tal, elas devem ser planejadas como elemento que reduza as distâncias entre o sujeito professor e os sujeitos educandos, de forma a garantir que participem do pensar acerca do objeto pensado, ou seja, o aprendizado exposto. Além disso, deve-se considerar os diferentes tipos de aprendizado dos educandos, a fim de garantir um processo educativo inclusivo, visto que as necessidades perceptivas de cada educando em torno do objeto pensado variam de acordo com seus estilos "preferenciais" de aprendizado.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Gabriela Livreri Stein Mamprin -
Acredito que a construção do conhecimento é de fato muito particular e está relacionada á forma como cada indivíduo percebe, relaciona, processa e internaliza as informações. Isso significa que a aprendizagem depende de um conjunto de fatores internos e externos. As experiências de vida, as relações, a escola, a tecnologia - tudo isso são fatores externos que funcionam como mediadores da construção desse conhecimento individual e, como mediadores, têm a função de interagir com os fatores internos de cada um, instigando a aprendizagem.
Nesse sentido, para uma tecnologia ser educativa e ser utilizada de forma educativa, ela deve funcionar de forma instigadora, propulsora, evitando conceitos já prontos e incentivando a participação ativa dos alunos por meio de reflexões, interações, hipóteses, comunicação e interatividade. A escolha dessas ferramentas deve ser cuidadosa e consciente para que elas sejam efetivas.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Raissa Marin de Oliveira -
Refletindo sobre a afirmação de Freire "Ninguém educa ninguém...", podemos aplicar que atualmente as novas tecnologias podem auxiliar na promoção do protagonismo dos alunos, visto que a aprendizagem é facilitada. Atualmente, não há mais sentido em obrigar os estudantes a decorar conteúdos, visto que podem ser acessados rapidamente pelos seus celulares, assim, hoje o desafio dos professores é ensinar onde buscar as informações e como esses conhecimentos devem ser aplicados em diferentes circunstâncias.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Matheus Carvalho do Valle da Silva -
Acredito que as concepções freireanas encontrem fertilidade na mente e na prática dos educadores que não perderam a esperança crítica na educação brasileira. Quando entendemos que a aprendizagem significativa só ocorre quando os nossos alunos assumem uma posição ativa e nós, professores, assumimos uma posição de indagadores, a frase primeira de Freire assume contornos de realidade factível. Muitos professores assumem uma postura defensiva por todas as pressões que sofrem e mantém, portanto, uma aula estritamente conteudista: nas escolas privadas o planejamento do ano é mais importante que um ensino horizontal e significativo. Pelas questões trazidas e pela dura vida do professor dentro de sala, temos um educador que se nega a abandonar o estilo de aula conservadora por medo de não estar fazendo um trabalho de "verdade". Para os tradicionais, ser um indagador e amante do diálogo reflexivo é não ser um professor, já que não oferecemos respostas com facilidade. Ser inflexível é uma característica muito presente nos professores da rede básica dadas as dificuldades. Temos tantos problemas mal resolvidos que as individualidades dos alunos e um ensino horizontalizado ficam inconcebíveis em um contexto de impessoalidade e confusão, sendo os alunos meros depósitos de "conhecimento" para uma prova, vestibular, processos seletivos etc.

O que fica claro é que, embora Freire esteja no caminho correto em sua análise, deveríamos ter um ambiente propício para esse troca de posições e fim da verticalidade para que pudéssemos ter uma capacidade transformadora na educação.
Em resposta à Matheus Carvalho do Valle da Silva

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Iara de Oliveira Borges -
O maior problema de um sistema de ensino meramente conteudista é quando a proposta pedagógica está voltada a cumprir o programa em detrimento de viabilizar a prendizagem.significativa do aluno, em que ele busca a autonomia, a expertise do que é relevante para o conhecimento.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Karina de Oliveira Neris -
A educação ocorre entre a comunicação dos principais sujeitos em sala de aula: professor e aluno. Com asserção de que “um bom professor não fornece boas repostas, faz boas perguntas” a relação entre os dois sujeitos da sala de aula que determinam o quão promissor será o aprendizado. A asserção de Freire “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo” deixa claro que o externo influencia nos meios educacionais. O surgimento da tecnologia, principalmente para o meio educacional, pode ser bastante benéfico para ambas partes. O aluno tem mais autonomia para estar por dentro de um conteúdo, se aprofundar e se especializar. E o professor pode contar com mais recursos para o ensino em sala de aula. O uso da tecnologia pode ser bastante benéfico, tudo depende da forma como esse uso é condicionado e aplicado.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Gabriel Willian Callegari de Oliveira -
No contexto educacional contemporâneo, a interação e troca de conhecimentos entre os agentes de comunicação são fundamentais para o processo de aprendizagem. Paulo Freire salienta que a educação é uma construção coletiva, mediada pelo ambiente circundante. A adoção das tecnologias, embora seja uma novidade para muitos, requer uma abordagem cuidadosa na escolha da metodologia. Não basta apenas introduzir a tecnologia, é preciso ressignificar seu uso para criar um ambiente de aprendizagem estimulante.

A comunicação entre educadores e alunos, tanto presencial quanto digitalmente, pode ser um desafio a ser superado, com ênfase na flexibilização do diálogo. Nesse cenário, as tecnologias digitais, como as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), podem desempenhar um papel crucial. Elas não apenas proporcionam um meio de diálogo, mas também incentivam análises críticas e empoderam os alunos a serem protagonistas de sua própria aprendizagem.

Contudo, a incorporação de ferramentas tecnológicas na educação enfrenta obstáculos, como resistência à mudança e falta de competências técnicas. Assim, a busca por um aprendizado contínuo é vital para os educadores. O papel do professor se transforma em um mediador e orientador, promovendo a ativa elaboração do conhecimento por parte dos estudantes. A construção do saber é concebida como um esforço colaborativo, moldado tanto pela interação social quanto pela tecnológica.

Em um mundo em constante evolução, a educação moderna se propõe a criar ambientes participativos e cooperativos, onde a tecnologia desempenha um papel central na edificação do entendimento. Portanto, a escolha criteriosa das ferramentas tecnológicas, aliada à transformação do papel do educador, é fundamental para garantir que o processo de aprendizagem seja enriquecedor e eficaz para todas as partes envolvidas.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 1.1 - Fórum obrigatório da semana (até 20/08)

por Diego de Souza Vieira -
A ideia de que um bom professor não fornece respostas prontas, mas sim faz perguntas instigantes, reforça a importância do pensamento crítico e da participação ativa dos alunos no processo de aprendizado. A integração de tecnologias educacionais é uma empreitada empolgante e desafiadora. Por um lado, a tecnologia pode enriquecer o aprendizado, oferecendo acesso a informações, simulações interativas e oportunidades de aprendizado personalizado. No entanto, o mero uso da tecnologia não garante uma experiência educacional eficaz, pois a educação vai muito além da transferência de informações. A tecnologia deve ser projetada para incentivar a curiosidade, a investigação e a análise crítica.
Cada estudante traz consigo uma bagagem única de experiências, estilos de aprendizado e necessidades. Criar tecnologias educacionais que se adaptem a essas diferenças é uma tarefa complexa.