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Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

Número de respostas: 34

Prezados/as,

Os dados trazidos pela SECADI-MEC e pelo INEP nos permitem fazer muitas análises. Por exemplo, articulando dois ou mais indicadores, conseguimos extrair valiosas informações sobre a Educação Especial no Brasil.

Analise os gráficos e as tabelas, faça anotações daquilo que você considera relevante para ser trazido para o nosso fórum temático. Por ser um ambiente de discussão e aprendizado conjunto, faça uma postagem com o objetivo de apontar “O que os dados mostram sobre a Educação Especial e sobre a Educação Inclusiva?” Aproveite para interagir com os seus colegas, comentando nas postagens deles.

Faça deste um ambiente de aprendizado coletivo.

Boas discussões!

Abraço cordial.


Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Felipe Henrique Morali Azarias -
Ao pesquisar no site do INEP, o anexo II sobre os resultados finais de matrículas, percebo que minha cidade tem números parecidos (em termos de população/matrículas) com cidades próximas da região, e percebo também que temos números maiores do que muitas outras regiões, o que me faz acreditar que estamos indo bem. Porém, mesmo olhando estes números, ainda acredito que temos muito a evoluir, fico feliz pelo fato de observar que os dados foram aumentando com o passar dos anos, porém ainda vejo alguns casos que deveriam ter sido evitados (por exemplo, casos de pessoas que não aceitam estudantes com deficiência, escolas que não protegem estes estudantes de mães de outros que os criticam, sendo que, como educador, meu papel é exatamente incluir estes estudantes, mesmo que para isto, eu precise discordar da ou do responsável por algum outro estudante). Digo isto, pois mesmo que estejamos “caminhando” em melhorias neste sentido, deveríamos estar “caminhando” muito mais rápido.

Nos dados trazidos pelo censo escolar de 2023 observo que as matrículas dos anos iniciais do ensino fundamental não cresceram a taxas consideráveis (se formos analisar, em 2022 comparado com 2019 tivemos um crescimento de 0,4%), e noto que este gráfico sobe e desce, o que provavelmente considera a taxa de natalidade. Porém, ao analisarmos outros dados notamos um aumento expressivo e recorrente, como os dados dos anos finais do ensino fundamental (tivemos um aumento de cerca de 42%), e no ensino médio também tivemos um aumento considerável, o que nos faz acreditar que os estudantes tem começado o ensino fundamental nos anos iniciais e não tem parado, conforme era antigamente, eles tem dado sequencia nestes estudos e em muitos casos (felizmente) tem concluído o ensino médio. Além disto, também notamos um aumento considerável nas matrículas da educação infantil, se docentes possuírem todo o treinamento adequado, com os cursos de formação inicial e continuada, de graduação, pós-graduação, mestrado, dentre outros comentados anteriormente nesta disciplina, podem fazer com que as crianças com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades, socializem de forma mais fácil desde esta idade.

As escolas da rede federal, estadual e municipal conseguem incluir estes estudantes em classes comuns, considerando que a estadual possui 97,7% dos estudantes e a municipal 96,8% dos estudantes incluídos em classes comuns e não em classes especiais, porém, na escola privada o número de estudantes incluídos em classes comuns é de cerca de 48%, o que está muito distante da realidade e do que é para acontecer, percebo ainda, ao menos na minha cidade, uma resistência das escolas privadas em gerar este tipo de inclusão, conforme citado no meu exemplo anteriormente, isto acontece em escolar privadas e não em públicas, considerando que nas públicas a inclusão é bem vista, enquanto nas privadas, infelizmente, isto não acontece.

Espero que nos próximos anos, esta evolução continue nas redes federal, estadual e municipal das escolas, porém, espero também que esta situação melhore em termos de escolas privadas, que se necessário, sejam criadas novas leis (mais do que já possuímos), para que obriguem estas escolas a atenderem estes estudantes da melhor forma possível.
Em resposta à Felipe Henrique Morali Azarias

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Luisa Coser Lima -
Olá, Felipe e demais colegas!

Dentre os dados apresentados no texto, o que mais me chamou a atenção também foi o fato de 96,8% e 97,7% dos estudantes de ensino especial das redes municipal e estadual, respectivamente, estarem inseridos em classes de ensino regular, enquanto para a rede privada esse número cai para 48,4%. Concordo com a sua visão de que, infelizmente, a maioria das escolas privadas possuem resistência em promover a inclusão desses estudantes, que muitas vezes, quando estão inseridos em classes comuns, têm suas diferenças escondidas para serem agregados. Acredito que isso pode ter origem em uma visão capacitista que inferioriza a possibilidade (e direito) dos estudantes que necessitam de um ensino especial, além de uma visão capitalista sobre a educação que trata o ensino como uma mercadoria e que vem de gestores e famílias que consideram que esses alunos prejudicariam o ensino dos estudantes neurotípicos ou que não possuem deficiência. Considerando tudo isso, todos saem perdendo, tanto no ambiente escolar quanto na sociedade de maneira geral que perpetua a invisibilidade de PCDs e o capacitismo inclusive no mercado de trabalho. Percebo que, para pessoas de classes sociais mais privilegiadas, a inclusão ainda é muito categorizada como filantropia e não como um direito de todos os cidadãos. Muita coisa precisa mudar!
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Andrea Silva -
Olhando o gráfico fico feliz com o crescimento das matriculas.
Porém como mãe de aluno especial e professora de educação infantil, vejo quão pequena é essa evolução, e mesmo com o crescimento esse avanço ainda não trouxe para os alunos a acolhimento necessário, nem para os portadores de necessidades especiais e nem para os demais alunos.
Tenho me deparado com profissionais totalmente despreparados e desestabilizados emocionalmente, que não conseguem atender esses alunos, causando atraso no desenvolvimento de todos dentro das salas de aula.
O aumento do numero de matriculas por um lado é uma vitória, uma grande conquista sim, mas visto por um outro ângulo, não basta somente receber estes estudantes. È preciso ter profissionais capacitados, amparados e dispostos a recebe-los.
Em resposta à Andrea Silva

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Luciene Gomes da Silva Ferreira -
Olá Andréa!
O aumento e incremento nas matrículas como você se referiu é uma vitória, um avanço, mas temos que mudar a postura do professor, especialmente do ensino superior, no aspecto da inclusão e os estudos mostram que precisamos nos capacitar como docentes, para atingir o sucesso desse público alvo da educação especial.
Abraços!
Em resposta à Andrea Silva

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Luiz Henrique Liberato Moreira -
Olá Andrea e demais colegas,

Compartilho da tua opinião. Se por um lado estou contente com o aumento percentual de matrículas de alunos especiais nas Escolas Públicas, por outro fico descontente com a carência no acolhimento para esse público. Infelizmente, a realidade não condiz com a teoria. Por exemplo, no dia a dia, os alunos que integram o Atendimento Educacional Especializado (AEE) enfrentam inúmeras barreiras, como a insuficiência de profissionais da educação com formação para o AEE e a precariedade em adaptações arquitetônicas observadas no ambiente escolar. Além do mais, muitas instituições não conseguem realizar o atendimento para os alunos no contraturno, resultando na exclusão do mesmo na sala de aula regular.

Acredito que precisamos nos mobilizar mais em prol de aperfeiçoamentos na educação especial e também na educação inclusiva. Exigir que a teoria seja posta em prática para ser concretizada. Enquanto educador, tento ser o mais inclusivo possível, mas infelizmente existem limitações que não são do meu domínio. A educação inclusiva torna o ser crítico e transforma realidades.
Em resposta à Andrea Silva

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Isis Benevides Maia Ribeiro -
E não só os professores, mas também a escola em geral. As vezes o prof nem tem recursos para contribuir devidamente com uma abordagem didática para o aluno especial, e é cobrado disso. Eu vejo que os dados do INEP demonstraram que nossa sociedade está abrindo os olhos lentamente e aceitando esses alunos, mas ainda há muito o que mudarmos e melhorarmos, como professores, como pessoas, como artistas (pq né) e como estudantes. E ao meu ver, hoje está cada vez mais dificil termos alunos neurotípicos, sempre tem alguma condição diferente, alguma inquietação, alguém tímido demais, alguém com tiques ou aquele aluno focadão que nem pisca o olho, então hoje só descobrimos que todos temos nossas diferenças e que podemos trabalhar para nos tornarmos nossa melhor versão. E isso é cada mais forte devido à insistência dos grupos neurodiversos e de deficientes físicos em ter seu espaço na educação e no mundo. A voz dessas pessoas abrem portas para que nós possamos nos entender e ao próximo.
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Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Danilde Carvalho dos Anjos Baia -
O número de alunos com transtorno do espectro autista (TEA) que estão matriculados em classes comuns no Brasil aumentou 37,27% em um ano. Em 2017, 77.102 crianças e adolescentes com autismo estudavam na mesma sala que pessoas sem deficiência. Esse índice subiu para 105.842 alunos em 2018.
Os dados foram extraídos do Censo Escolar, divulgado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). São considerados tanto os estudantes de escolas públicas quanto de particulares. O G1 fez um levantamento específico sobre o transtorno nesta terça-feira, 2 de abril, Dia Mundial da Conscientização do Autismo.
Nesse levantamento de dados sobre a matrícula para a educação inclusiva teve um aumento bastante aplausivo.
O aumento no número de matrículas acompanha uma exigência legal: pelos princípios constitucionais, nenhuma escola pode recusar a entrada de um aluno por causa de uma deficiência – nem mesmo as da rede privada. Há, inclusive, uma política nacional específica para pessoas com TEA, sancionada em dezembro de 2012. Pela Lei Berenice Piana, como é conhecida, é direito da pessoa com autismo o acesso à educação e ao ensino profissionalizante.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Luciene Gomes da Silva Ferreira -
Olá, Professores e demais colegas!

Os dados apresentados demonstram o aumento das matrículas nos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental (EF), conforme Censo Escolar, anos de 2015-2022. Neste aspecto, temos avanços na integração e inclusão no público-alvo da educação especial. Contudo, existe uma discrepância no ensino médio e superior e a inclusão faz-se necessária, tanto no que tange o perfil alunado quanto ao professor, na sua formação docente e no AEE.
Na procura de compreensão sobre os levantamentos dos dados apresentados, o que mais me chama a atenção é conforme Marcondes (2018) que as matrículas no ensino superior vem se intensificando a cada ano, porém, para que obtenham sucesso e permanência no processo ensino aprendizagem à necessidade de ampliação nos estudos quanto as peculiaridades desse público.
Dessa forma, a consolidação da inclusão dos processos educativos inclusivos partem tanto das políticas públicas de acesso e permanência, quanto das estratégias de ensino, inclusive com Tecnologias Assistivas e a postura do professor.
Abraços!
Em resposta à Luciene Gomes da Silva Ferreira

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Patrícia Machado Sales -
Após pesquisas,vivêcias e observações.o que se percebe que as matrículas de fato aumentaram,contudo a assiduidade e compromentimento familiar,ainda encontram barreiras.Além do mais por mais que se tenha um profisional de apoio em sala,isso apenas não contribui para a evolução do educando.Tem docentes com formação continuada,que ignoram a presença deste público,dizendo que não sabe lidar com isso.Vai se criando um gargalo sem fim.Onde vivo ,na rede municipal de ensino ,um profissional fica até com 3 alunos,no geral o que vemos é a perda do processo,pois,quando são perguntados de lgumas especificidades,tem duvias,ou não podem responder,pois estavam com outros alunos.
Em resposta à Luciene Gomes da Silva Ferreira

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Nayara Braga dos Santos -
Exatamente, Luciene. Não sei se as grades mudaram e já faz um tempinho que me graduei, mas nas duas graduações que fiz não tive acesso a nada referente à Educação Especial, com exceção de Libras que, como sabemos, é obrigatório. Por que disciplinas tratando sobre deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação não são obrigatórias também? Seria importante sabermos um pouco mais sobre e como lidar, mesmo que superficialmente. Esses alunos são também nosso público e devem ter as mesmas condições de acesso, é desumano pensar que estudamos 4/5 anos para trabalhar também com eles e nada do que vimos os inclui.
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Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Patrícia Machado Sales -
CENSO E A EDUCAÇÃO ESPECIAL: INCLUSÃO OCORRE EM QUANTIDADE. E EM QUALIDADE?
Os números do Censo 2022 demonstram que as matrículas de estudantes público-alvo da educação especial em classes comuns é um processo iniciado na década de 1990, e um caminho sem volta. Mas os dados apontam apenas o número frio de matrículas registrados, sem uma análise qualitativa da qualidade da educação ofertada às crianças e jovens do país.O levantamento, que analisa apenas o número de matrículas em todas as etapas do ensino escolar, mostra três “bicos de pato se abrindo” (a linha de cima se distanciando da linha de baixo de forma angular, como um bico abrindo): apenas na educação infantil observa-se que a pandemia de Covid-19 manteve o número de matrículas razoavelmente estável, com aumento irrisório, mas com o arrefecimento da pandemia houve um salto no número de matrículas de estudantes público-alvo da educação especial em classes comuns (que, na nomenclatura equivocadamente adotada pelo Censo, tornou-se “alunos incluídos”) da educação infantil: esses estudantes saltaram de 106.853 em 2021 para 174.771 em 2022 –aumento de 63,5%.Esse “bico de pato” continua a se abrir no número de matrículas do ensino fundamental: em 12 anos, um aumento de 140,6% em “alunos incluídos” e leve queda de matrículas em classes especiais. Mas é no ensino médio que a inclusão de estudantes público-alvo da educação especial deu o maior salto: enquanto as matrículas em classes especiais se mantêm praticamente estáveis em 12 anos, os “alunos incluídos” foram de 27.695 em 20 10 para 203.138 em 2022 – salto de 633,48%.“O crescimento dos estudantes em turmas regulares e a queda do contexto de classe especial é consequência da Política Nacional de Educação Especial, implantada pelo MEC em 2008 após documento elaborado por um grupo de trabalho especial para o segmento”, conta Inácio Antônio Athayde Oliveira, da Sala de Recursos específica de estudantes Surdos no CEF 08 do Gama, que continua: “É natural o crescimento. Não tem como zerar [os estudantes em classes especiais], pois ainda existem no DF, por exemplo, políticas públicas educacionais consideradas inclusivas em espaços de classes especiais e Centro de Ensino Especial.”
Inclusão a quase 100%

Quando se observa o número de estudantes público-alvo da educação especial incluídos em classes comuns por etapa de ensino, discriminados por unidade da federação, fica evidente que o processo de inclusão ocorre de maneira é irreversível: na educação infantil, cinco estados matricularam 100% de seus alunos em classes comuns; o menor índice de inclusão é de 72,3% (do Paraná). No Distrito Federal, 97% dos estudantes especiais estão matriculados em classes comuns.No ensino fundamental, novamente 5 estados com 100% de incluídos, e o menor índice em 70,6% (novamente o Paraná). No DF, 96,6% dos alunos do ensino fundamental estão incluídos. Mas no ensino médio, novo salto: 14 unidades da federação com 100% de alunos especiais incluídos. O Distrito Federal tem 99,7% de alunos incluídos, exatamente à frente do Paraná, com 99,6% de incluídos. A unidade da federação com menos incluídos percentualmente é Sergipe: 98,2%.“As políticas públicas levaram e influenciaram as unidades da federação a promoverem a inclusão dos alunos”, aponta Elemregina Moraes, do Centro de Ensino Especial para Deficientes Visuais (CEEDV).Essas políticas públicas que foram semeadas há 30 anos.

Mentalidade e atitude mudaram na década de 1990
Os números de 2022 são resultado de uma política cujos primeiros movimentos começaram em 1990: nessa década, documentos como a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994), da Organização das Nações Unidas (ONU) passam a influenciar a formulação das políticas públicas da educação inclusiva, caso – aqui no Brasil – do art. 55 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº. 8.069/90), que determina que “os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino”; também é o caso da LDB de 1996 e do Plano Nacional de Educação (PNE) de 2001 que já destacava que “o grande avanço que a década da educação deveria produzir seria a construção de uma escola inclusiva que garanta o atendimento à diversidade humana”. Esses e vários outros documentos estabeleceram metas e diretrizes para a inclusão de pessoas com deficiência no processo educacional, e precederam a Política Nacional de Educação Especial do MEC, de 2008, e a Lei Brasileira de Inclusão, de 2015.

“Os resultados do Censo de 2022 foram semeados a partir da década de 1990, e vêm florescendo ao longo de 33 anos de políticas públicas educacionais e pesquisas sobre educação inclusiva referente ao público-alvo da educação especial”, aponta Inácio Athayde Oliveira, do CEF 08 do Gama. “Mas não basta verificar apenas números de matrículas, é necessário concretizar políticas públicas educacionais inclusivas com estratégias visíveis em sala de aula, de forma garantir a acessibilidade curricular desses estudantes.O dever de casa ainda é extenso

A observação da diretora do Sinpro Luciana Custódio sobre os números da educação especial do Censo 2022 é certeira: “A análise do censo é meramente quantitativa. Falta a análise qualitativa. A escola não pode ser entendida como depósito de alunos. Apenas garantir a matrícula dessas crianças e jovens não significa garantir que a inclusão esteja ocorrendo de forma efetiva. Esta só acontece se o aluno tiver, além do acesso à escola, condições de permanência e de aprendizagem. Nesse sentido, é muito importante que o estado olhe para esses números fazendo uma análise crítica de todas as dificuldades que as escolas enfrentam no processo de inclusão”.

Fonte: https://www.sinprodf.org.br/alunos-de-educacao-especial-inclusao-ocorre-em-quantidade-e-em-qualidade/Acesso em 30\08\23
Em resposta à Patrícia Machado Sales

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Bianca Barrocas dos Santos -
Olá, Patrícia e colegas. Sua colocação final foi muito assertiva, o aumento no número de matrículas não confirma a inclusão do aluno na sala de aula regular e pode estar mascarando o desenvolvimento da inclusão dentro das escolas. É necessário um estudo mais específico, que certifique a inclusão dos alunos matriculados, conforme os dados do INEP, e a continuidade deles nos demais seguimentos da educação até a chegada ao ensino superior. Não podemos entender essas estatísticas como um avanço, mas como uma etapa concluída em um longo processo de inclusão escolar e desmistificação das pessoas com necessidades especiais.
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Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Nayara Braga dos Santos -
Temos visto nessas últimas disciplinas o quanto estamos avançando quando pensamos em Educação Especial, porém, como mencionado pelos colegas, esse avanço é mais lento do que esperávamos e depende de diversos fatores, tais quais a criação de políticas públicas, formação continuada dos profissionais envolvidos, recursos disponíveis, dentre outros. Contudo, analisando os dados conforme os censos escolares de 2015 a 2022, podemos ver um crescimento no número de alunos matriculados e isso já é um fato a se comemorar.
Precisamos olhar com mais atenção a diferença do quantitativo de alunos da rede pública e da rede privada. Infelizmente, instituições privadas ainda fazem uso do discurso de ‘não estamos preparados para lidar com esse público’ para não atender alunos com necessidade especial, o que, legalmente, é incorreto. O que vemos é uma rede pública sobrecarregada que acaba por empurrar o aluno e que, apesar de na maioria dos casos ter as ferramentas para auxiliar o desenvolvimento do aluno, não tem como trabalhar com o quantitativo que possui. Trabalho atualmente com um aluno que foi ‘convidado a se retirar’ de duas escolas privadas aqui da cidade e agora estuda numa escola pública do município, segundo o pai, foi a única instituição que soube trabalhar com ele.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Bianca Souza de França -
Os dados produzidos pela Secretaria de educação continuada alfabetização diversidade e inclusão do Ministério da educação (SECADI-MEC) comparando os dados de 1998 à 2013 demonstram que houve um aumento uma nas matrículas vinculadas à educação especial de 25, 8% de 1998 à 2013 nas escolas públicas e nas escolas privadas, houve uma queda brusca de 25,8%, ou seja, o que aumentou nas escolas públicas diminuiu nas escolas privadas, pois houve um desenvolvimento de ações e políticas de inclusão em escolas públicas, e pouco desenvolvimento e inclusão nas escolas privadas.

 No censo (Brasil, 2023) também demonstram, que as escolas privadas no ano de 2022 ainda estão matriculando pouco na educação especial e fazem uma grande exclusão desses alunos colocando os mesmos em salas especiais e não incluindo nas salas comuns.  Nos dados do censo escolar Educação básica (Brasil, 2023) atestam que houve um aumento nas matrículas em 2022 de 29,3% em relação a 2018 ou seja se formos observar de 2013 2022 a mudança foi de apenas 3,5% o que demonstra que ainda há muito a se fazer nas questões de políticas públicas e ações que incluam cada vez mais os alunos com qualquer tipo de deficiência. No estado em que vivo por exemplo no Pará de acordo com o censo da Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEPDATA, 2022) tivemos 62.1496 matrículas na educação especial onde a rede municipal contribuiu com 43.560 número de matrículas no qual a rede estadual e privada ficaram bem abaixo E na cidade em que moro Belém do Pará tiveram um total de 8.959 matrículas na educação especial onde a rede estadual realizou 5.164 matrículas o que demonstra que há uma variação de matrícula, dependendo de cada estado cidade, ou seja, como é tratada a educação especial em cada lugar por causa da gestão e que muito ainda precisa ser feito.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Bárbara Carneiro Maciel -
A partir dos dados do quadro 1 “Dados da Educação Especial, conforme censos escolares (2015-2022) ”, o que mais me chamou a atenção foi o aumento significativo de matriculas iniciais no ano de 2019 para o ano de 2020, e ainda mais nas escolas municipais e estaduais rurais, pois sabemos que é o êxodo rural e a dificuldade na zona rural é uma realidade que influencia bastante na vida escolar das crianças, jovens e adultos, e quando se fala de educação especial é bem mais árdua.
Ao fazer a comparação dos dados do INEP de 2023, referente a matricula inicial do ano de 2019 e 2020 nas escolas estaduais rurais, percebe-se um aumento de 14.726% de matriculas na educação infantil, de 2.927% no ensino fundamental, 6.827% no médio e 5.649% na EJA. Nas escolas municipais rurais também teve aumento de 11.257% na educação infantil, de 3.168% no ensino fundamental, de 6.224% no médio e 4.446% na EJA.
Esses aumentos são de imensa importância, pois mostra que as pessoas com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação da zona rural estão tendo acesso à educação (educação especial).
Em resposta à Bárbara Carneiro Maciel

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Bruna Rayane Moreira Candido -
Boa tarde! Bárbara.
Concordo, é realmente impressionante ver esses aumentos significativos nas matrículas da educação especial nas escolas estaduais e municipais rurais entre 2019 e 2020. Isso demonstra um avanço importante na acessibilidade à educação. Sendo um passo positivo em direção a uma educação mais inclusiva e igualitária.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Maria Carolina Diniz Barbosa -
Todos os dados apresentados são interessantes e nos fazem refletir a respeito da educação inclusiva no Brasil. Me chamou bastante atenção o gráfico onde mostra o número de matriculas de alunos com deficiência em classes comum. O gráfico nos mostra que a maioria dos alunos da educação especial estão em classes regulares, e isso é muito importante para esses alunos, e para todos da escola. Assim os profissionais da educação, tem que investir em formação continuada, para poder auxiliar os alunos da educação especial da melhor maneira possível.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Valeria Cordeiro da Silva -
Em meio a tantos impasses é notório que de fato o índice de matriculas vem, sim, crescendo, esses dados traz à tona que são somente números, no entanto não aponta a qualidade desse ensino, se essa atende à demanda e necessidades de cada aluno em especifico.
Trabalho na rede de ensino municipal na educação infantil, e aqui o que é ofertados para crianças especiais, são monitores a nível do ensino médio, que podem auxiliar até três crianças.
No que se refere a efetivação da proposta de inclusão das pessoas com deficiência na educação no Brasil, o estado possa a ter papel preponderante. Com destacado pela própria LDB/1996, esse tem a obrigação de fomentar e oportunizar o desenvolvimento da Educação Inclusiva, o que, nos últimos anos, tem ocorrido por meio de algumas propostas implementadas.
O que se nota e temos hoje é, uma rede de ensino público precário, com salas superlotadas, professores com uma sobre carga gigantesca. Sim, temos barreiras para serem quebradas, e nesse certante, precisamos urgentemente de políticas públicas, que de fato olhe para esse público, uma vez que somos todos cidadãos com direitos e deveres.
Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na educação Básica percebe-se que o que se pretende é garantir a escolarização a todos os alunos conforme disposto em seu artigo 2º
Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos (BRASIL, 2001, p.1).
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Agatha Christie Rabelo Vieira -
Olá, pessoal!
A análise dos dados fornecidos pela SECADI-MEC e pelo INEP nos permite realizar uma avaliação instigante sobre a trajetória recente da Educação Especial e Inclusiva no Brasil. Assim, os gráficos e números nos apontam o aumento do número, após Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), de matrículas de estudantes público-alvo da Educação Especial - isto é, pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades/superdotação - nas classes comuns das escolas regulares. Isso evidencia a importância desta política, que não apenas impacta o campo educacional, mas também tem significativo alcance social. Outro aspecto relevante nos dados é o aumento das matrículas desses estudantes nas escolas públicas em comparação com as escolas privadas, indicando um maior engajamento da educação pública nessas questões. Por fim, merece destaque o aumento das matrículas de estudantes público-alvo da Educação Especial na Educação Infantil, sinalizando um movimento de inclusão desde a primeira infância. Esses números refletem a crescente abertura de oportunidades educacionais para todos os alunos, independentemente de suas necessidades específicas.
Em resposta à Agatha Christie Rabelo Vieira

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Marisa dos Santos Amaral -
Oi, Agatha! Tudo bem???
Como sou professora de Educação Infantil, também me chamou muito atenção o aumento do número de matrículas dessa faixa etária. As políticas públicas tem suma importância desse quesito pois impulsionam o desenvolvimento de mudanças e avanços necessários, né?
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Paula Aguiar Correia Rodrigues -
Olá professores e colegas,

Analisando os dados da Educação Especial conforme os censos escolares, podemos perceber o avanço no número de matrículas dos alunos com deficiência em alguns segmentos e outros não, isso significa que alguns alunos evadem da escola em alguma etapa. Nos cabe refletir e pesquisar o que acontece para que esses alunos não estejam na escola. De ante mão, para quem atua na educação, sabemos da necessidade de investimento para preparar os profissionais que estão nas escolas para receber os alunos e diante desses dados, fundamentalmento investimento para a manutenção desse aluno ao longo do seu processo escolar, para que esse aluno tenha a mesma oportunidade que qualquer outra pessoa tem de garantir o seu direiro a educação de qualidade.
Em resposta à Paula Aguiar Correia Rodrigues

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Bianca Barrocas dos Santos -
Olá, Paula. Concordo com a sua colocação e acredito ser necessário não só conhecimento técnico, precisamos mudar a cultura dentro da escola. Precisamos buscar conhecimento além da graduação e auxiliar colegas de trabalho a buscarem o mesmo, mas que a rede de inclusão nas escolas se torne cada vez mais forte e desperte mudanças visíveis por todo Brasil.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Adriana da Silva Ramalho -
Nestes anos de política educacional numa perspectiva inclusiva, obteve-se grandes avanços em termos de matrículas em escolas seja de crianças ou adolescentes com deficiência, transtornos globais, superdotados entre outros. Mas ainda há muitas crianças com deficiência que não têm acesso ao sistema escolar. O professor está interessado na educação inclusiva, mas precisa de apoio para realizar o seu trabalho da forma como gostaria.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Marisa dos Santos Amaral -
Os dados do SECADI trazem uma grande evolução no quadro de matrículas nos últimos anos, fruto de políticas públicas que por força de lei precisaram ser aplicadas para cumprimento dos prazos devidos, mas que trouxeram às creches e escolas a inclusão, se não qualitativa, ao menos quantitativa, garantindo pelo menos o direito de permanência das pessoas com deficiências nos espaços. Interessante perceber que, na educação infantil estadual rural, ao longo dos anos, houve um salto imenso no número de matrículas, passando de 2 crianças no período parcial e 0 no período integral em 2015 para 1450 em período parcial e 97 em período integral em 2022. Mesmo fator repete-se na pré-escola estadual rural, passando de 36 no período integral e 3 no período parcial em 2015 para 8358 no período integral e 89 no período parcial em 2022. Como sou professora da Educação Infantil esses foram os números que mais me chamaram a atenção. No fundamental e médio também houve um aumento significativo, no entanto na EJA, que é facultativa, houve também uma grande diferença, passando de 776 no Ensino Fundamental e 173 no Ensino Médio em 2015 para 34.823 no Ensino Fundamental e 43.158
no Ensino Médio em 2022. Percebe-se que a inclusão nos ambientes educacionais tem ocorrido de forma a propiciar a entrada de pessoas com deficiência, no entanto, é necessário de de suma importância prezar também pela qualidade para que não ocorra evasão escolar desse público.
Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Barbara Tecia de Castro De Andrade -

Olá Colegas!

A partir dos dados gerados pelo SECADI-MEC e o INEP, houve um aumento nas matrículas de alunos com deficiência nas escolas regulares brasileiras ao longo dos anos. Isso sugere um esforço em direção à inclusão desses alunos em escolas comuns. O Brasil implementou políticas e programas para promover a inclusão de estudantes com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação na educação básica. O "Educação Inclusiva" é um dos princípios do Plano Nacional de Educação (PNE). Apesar dos esforços, a inclusão plena de alunos com deficiência nas escolas regulares enfrenta desafios importantes, como a falta de recursos, infraestrutura integrada e a necessidade de capacitação contínua de professores.

Em resposta à Primeiro post

Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Bruna Rayane Moreira Candido -
Após a análise dos dados, observo o quanto é fascinante a preferência na demanda por educação inclusiva nas escolas das redes estaduais e municipais. Nota-se que as redes estaduais e municipais registram os maiores índices de oferta de educação inclusiva, com impressionantes 97,7% e 96,8% dos alunos incluídos em salas de ensino regular, respectivamente. Essa tendência mostra que a educação inclusiva está ganhando cada vez mais destaque. A implementação de leis e políticas públicas nesse sentido desempenha um papel fundamental em todos os níveis da educação, refletindo-se em números concretos que demonstram a inclusão de estudantes com necessidades especiais nas instituições de ensino regular.
Os dados mais evidentes de progresso na área da educação especial e inclusiva são encontrados no Quadro 1: Dados da Educação Especial, referentes aos censos escolares de 2015 a 2022. O que mais chamou minha atenção foi o notável aumento no número de alunos matriculados na educação infantil na rede estadual rural, o que aponta para um avanço evidente nessa área.
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Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Nathaly Alves dos Santos -
Observando os gráficos apresentados no material do curso é possível perceber um maior índice de permanência quando fala-se da continuidade dos estudos. Já tive alunos que, eram público-alvo da educação especial, e os pais optaram por encerrar a trajetória escolar ao final do ensino fundamental.
Hoje, com um maior número de diagnósticos, mais possibilidades e consequentemente um maior número de alunos com alguma deficiência ou transtornos dentro das escolas, o número destes, cursando o ensino médio é maior que em anos anteriores.
Acredito que isso abre caminhos para novas possibilidades de aprendizagem e adequação de conteúdos que por vezes são demasiado complexos para a realidade de alunos público-alvo da educação especial.
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Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Juliana Roberta Parada -
Me chamou a atenção a discrepância entre a inclusão de estudantes de ensino especial nas redes municipal e estadual, com 96,8% e 97,7%, respectivamente, inseridos em classes de ensino regular, enquanto na rede privada esse número cai para apenas 48,4%. Não havia percebido/estudado esta diferença até ler os dados trazidos, entre 2018 e 2022 trabalhei a maior parte do tempo em escolas da rede particular de ensino, apenas este ano comecei a trabalhar na rede pública municipal e, enquanto nas escolas que trabalhei anteriormente (a última delas tinha desde a educação infantil até o ensino médio) havia pouquíssimas crianças público-alvo de inclusão da educação especial na escola toda e, em minha escola atual, há em todas as salas, algumas com até mais de uma criança. E lembrando das situações que vivenciei, percebo que em minha escola atual a inclusão acontece de forma muito mais efetiva.
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Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Renata Rosetti Alves -
Os dados mostram um crescimento louvável no resultado final das matrículas de alunos com necessidades específicas no ensino regular, porém, o que me chama atenção e também me preocupa, é a diferença gritante entre os resultados das instituições públicas e privadas, sendo que 96,8% e 97,7% dos estudantes com necessidades específicas das redes municipal e estadual, respectivamente, estão inseridos em classes de ensino regular, enquanto na rede privada esse número cai para 48,4%. A cultura de segregação ainda é muito forte em instituições privadas e alunos com necessidades específicas são constantemente negados em muitos destes locais. É expressivo que os números da rede privada sejam praticamente a metade dos números da rede pública, o que demonstra também, numa análise micro, que esses alunos tem mais chance de serem atendidos na rede pública do que na rede privada, e isso quando falamos em ensino básico, já que, apesar do crescimento demonstrado nos dados, poucos alunos do montante total chegam ao ensino superior.
De modo geral, o crescimento mesmo que expressivo se compararmos de forma macro, não acontece de forma ideal se fizermos uma micro análise. Caminhamos ainda a passos lentos em direção a uma educação realmente inclusiva.
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Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Jade Rodrigues Schimith de Assis -
É interessante observar os gráficos em que vemos que o número de pessoas com deficiência física e bem expressivo em comparação as outras deficiências e as reclamações referente as falhas das universidades e justamente na parte arquitetônica, o que deveria justamente ser um ponte de atenção considerando que e um dos maiores públicos dentro desse grupo.
Para alem disso podemos observar que o número de ingressos em universidades privadas também é bem grande podendo ser um ponto de atenção, ja que sabemos que o vestibular tem esse caráter excludente principalmente com pessoas marginalizadas
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Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Fabiana dos Santos Moreira -
“O que os dados mostram sobre a Educação Especial e sobre a Educação Inclusiva?”

Os dados fornecidos por órgãos reguladores e instituições de pesquisa revelam como o sistema educacional brasileiro tem respondido à inclusão de pessoas com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Um estudo comparativo baseado nos censos realizados entre 1998 e 2013 pela extinta Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (SECADI-MEC) indica um notável aumento no número de matrículas relacionadas à Educação Especial. Especificamente, houve um aumento de 150% no período mencionado.

Entretanto, ao analisar a inclusão de estudantes com necessidades especiais (incluindo deficiências, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação) em classes regulares do ensino comum, os dados da SECADI-MEC demonstraram um crescimento impressionante de 1.377%. Isso significa que o número de estudantes nessas condições em classes regulares cresceu de 43.923 em 1998 para 648.921 em 2013.

Os dados mais recentes, provenientes do Censo Escolar da Educação Básica no Brasil em 2023, confirmam essa tendência de crescimento na Educação Especial. O ano de 2022 registrou um total de 1,5 milhão de matrículas nessa categoria, representando um aumento de 29,3% em relação a 2018. Notavelmente, a maioria dessas matrículas está no ensino fundamental, com 65,5% do total. Além disso, quando comparamos os números de matrículas entre 2018 e 2022, observamos que a Educação Infantil experimentou o maior crescimento, com um aumento de 100,8%.

Os dados da SECADI-MEC também revelam um aumento de 81% no número de municípios com matrículas de estudantes na Educação Especial. Em 1998, 2.738 municípios (50%) registravam matrículas vinculadas a esses estudantes, enquanto em 2013, esse número havia aumentado para 5.553 municípios (99%).

Esses números indicam um esforço contínuo no sentido de tornar a Educação Inclusiva uma realidade no Brasil, proporcionando oportunidades educacionais mais amplas e acessíveis para pessoas com necessidades especiais em todo o país.
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Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Julyana Carvalho Kluck Silva -
Olá,

Os dados nos mostram os avanços da educação especial e inclusiva nos ultimos anos. É interessante pontuar o aumento das matriculadas de pessoa com deficiência em uma escola, por mais que o caminhar na permanência da mesma até gradruação ainda seja um percurso longo. Outro fato é a mudança também no âmbito público ao analisarmos a quantidade de matriculas nas escolas públicas e privadas, nas escolas públicas há uma tendência de crescimento o que só comprova a importância das políticas públicas e o acesso a escola e ao conhecimento que tem alcançado cada vez mais crianças, adolescentes e adultos e evoluindo no âmbito da educação especial e inclusiva.
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Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Caique Pedro Augusto -

Ao fazermos uma comparação entre os dados da matrícula inicial dos estudantes público-alvo da Educação Especial conforme os censos escolares, percebemos um crescimento significativo entre os anos de 2015 e 2022 em todos os níveis de ensino, como sintetizado a seguir:


Esses dados permitem-nos inferir que o Ensino Fundamental é a etapa que mais concentra matrículas de alunos público-alvo da Educação Especial. Porém, foi na Educação Infantil que houve maior crescimento, verificando-se uma elevação em mais de 144 vezes se comparado aos números de 2015. Em seguida, proporcionalmente, destaca-se o Ensino Médio, com acréscimo de pelo menos 106 vezes em relação a 2015; depois, a EJA, com 36,5 vezes de elevação; e, finalmente, o Ensino Fundamental, cujo aumento foi de 36 vezes.

Em todos os cenários, contudo, é inquestionável o enorme crescimento das matrículas de estudantes da Educação Especial. Porém, resta saber se essa tomada de fôlego quantitativo está sendo acompanhada por uma ampliação significativa dos aspectos qualitativos. Muitas vezes, o que assistimos no dia a dia das escolas públicas brasileiras é o ingresso cada vez maior de crianças, adolescentes e adultos nas condições de PcD, TGD e AH/SD, sem as reais condições objetivas para um atendimento de excelência, com recursos materiais e humanos insuficientes para acolher todas as necessidades que tais estudantes apresentam. Uma vez que é nítido o panorama da chegada aos bancos escolares dos estudantes da Educação Especial, o foco agora deve ser a prospecção de esforços relacionados à formação continuada dos docentes; a adequação/flexibilização qualificada dos currículos; a eliminação total das barreiras arquitetônicas, atitudinais e outras que possam surgir; o investimento em políticas educacionais de apoio técnico especializado e de promoção de tecnologias assistivas cada vez melhores e de acesso democratizado.

Em suma, acredito que este é o momento histórico no qual nós já superamos o paradigma do simples ingresso das pessoas com deficiência, TGD e AH/SD nos prédios escolares. Os índices apresentados demonstram esse importante crescimento. O cenário, agora, é o da exigência ética de ampliação das estratégias e políticas públicas de inclusão cujo objetivo central consista em potencializar as aprendizagens de todos e de cada um, a partir da valorização das diversidades e do investimento em recursos materiais e humanos que possam acolher com excelência aqueles que adentram as instituições de ensino, para além da mera presença física desses sujeitos de direitos.

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Re: Atividade 3.1 - Fórum Temático Obrigatório

por Raquel Almeida Maia da Silva -
Fico feliz com o aumento de matrícula dos estudantes da educação especial nas escolas públicas, mostra que as escolas têm tido condição de receber esses alunos, o que não tem acontecido em escolas privadas, que pode ser, também, fruto da desigualdade econômica que vivemos no país. No entanto, é triste ver que a permanência ao longo dos anos já não é tão forte, uma vez que é discrepante a diferença de matrícula entre os anos iniciais e finais.