Ao pesquisar no site do INEP, o anexo II sobre os resultados finais de matrículas, percebo que minha cidade tem números parecidos (em termos de população/matrículas) com cidades próximas da região, e percebo também que temos números maiores do que muitas outras regiões, o que me faz acreditar que estamos indo bem. Porém, mesmo olhando estes números, ainda acredito que temos muito a evoluir, fico feliz pelo fato de observar que os dados foram aumentando com o passar dos anos, porém ainda vejo alguns casos que deveriam ter sido evitados (por exemplo, casos de pessoas que não aceitam estudantes com deficiência, escolas que não protegem estes estudantes de mães de outros que os criticam, sendo que, como educador, meu papel é exatamente incluir estes estudantes, mesmo que para isto, eu precise discordar da ou do responsável por algum outro estudante). Digo isto, pois mesmo que estejamos “caminhando” em melhorias neste sentido, deveríamos estar “caminhando” muito mais rápido.
Nos dados trazidos pelo censo escolar de 2023 observo que as matrículas dos anos iniciais do ensino fundamental não cresceram a taxas consideráveis (se formos analisar, em 2022 comparado com 2019 tivemos um crescimento de 0,4%), e noto que este gráfico sobe e desce, o que provavelmente considera a taxa de natalidade. Porém, ao analisarmos outros dados notamos um aumento expressivo e recorrente, como os dados dos anos finais do ensino fundamental (tivemos um aumento de cerca de 42%), e no ensino médio também tivemos um aumento considerável, o que nos faz acreditar que os estudantes tem começado o ensino fundamental nos anos iniciais e não tem parado, conforme era antigamente, eles tem dado sequencia nestes estudos e em muitos casos (felizmente) tem concluído o ensino médio. Além disto, também notamos um aumento considerável nas matrículas da educação infantil, se docentes possuírem todo o treinamento adequado, com os cursos de formação inicial e continuada, de graduação, pós-graduação, mestrado, dentre outros comentados anteriormente nesta disciplina, podem fazer com que as crianças com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades, socializem de forma mais fácil desde esta idade.
As escolas da rede federal, estadual e municipal conseguem incluir estes estudantes em classes comuns, considerando que a estadual possui 97,7% dos estudantes e a municipal 96,8% dos estudantes incluídos em classes comuns e não em classes especiais, porém, na escola privada o número de estudantes incluídos em classes comuns é de cerca de 48%, o que está muito distante da realidade e do que é para acontecer, percebo ainda, ao menos na minha cidade, uma resistência das escolas privadas em gerar este tipo de inclusão, conforme citado no meu exemplo anteriormente, isto acontece em escolar privadas e não em públicas, considerando que nas públicas a inclusão é bem vista, enquanto nas privadas, infelizmente, isto não acontece.
Espero que nos próximos anos, esta evolução continue nas redes federal, estadual e municipal das escolas, porém, espero também que esta situação melhore em termos de escolas privadas, que se necessário, sejam criadas novas leis (mais do que já possuímos), para que obriguem estas escolas a atenderem estes estudantes da melhor forma possível.