Fórum obrigatório da semana 3
Número de respostas: 25A dualidade Estrutural histórica da Educação Profissional no Brasil, é, consequentemente, fruto das relações socioeconômicas estruturadas no país que sempre resultaram na diferença de oportunidade entre as classes. Acredito que pensar uma EQUIDADE através de políticas públicas, ações afirmativas, projetos e até mesmo estrutura e infraestrutura educacional bem como estratégias pedagógicas seja um caminho possível. A equidade pode levar à justiça social, uma vez que trata-se os desiguais segundo sua desigualdade. Ou seja, considerando o contexto de vida. Este caminho é um movimento de muito longo prazo. Contudo, não impossível.
Em resposta à Isabela Ariane Bujato
Re: Fórum obrigatório da semana 3
por Marcus Vinícius Silveira -Concordo Isabela! Acredito que este seja o único caminho para tentarmos aparar tantas arestas que nos afastam da realidade e individualidade de nossos alunos e que somente aumenta as diferenças, impõe barreiras, limitações, falta de pertencimento e acolhida. A educação é uma das ferramentas para realizar tal enfrentamento e em nossa sociedade, a falta de preparo, treinamento, políticas públicas só aumentam as polarizações e desigualdades.
Em resposta à Isabela Ariane Bujato
Re: Fórum obrigatório da semana 3
por Tatiane Aline Araújo da Silva -Concordo com você e precisamos continuar acreditando que será possível.
O problema da dualidade estrutural histórica da educação profissional, é que ela perpetua desigualdades sociais e a exclusão dos trabalhadores do acesso à educação superior, além de criar uma imagem equivocada da formação profissionalizante como salvação para os problemas de emprego, ocasionando a implantação de cursos muitas vezes mais por imposição legal e estímulo político-eleitoral do que por demandas sociais reais.
Em resposta à Marco Frühauf de Oliveira
Re: Fórum obrigatório da semana 3
por Cleydson Antonio Abreu Cardoso -Concordo.... Essa situação realmente contribui para a manutenção de desigualdades sociais, excluindo os trabalhadores do acesso à educação superior. Além disso, a percepção equivocada da formação profissional como solução única para problemas de emprego, e muitas vezes resulta na implementação de cursos por motivos legais e políticos, em vez de atender a demandasreais.
Em resposta à Marco Frühauf de Oliveira
Re: Fórum obrigatório da semana 3
por Ana Clara Souza Quaresma -Além do mais, a ênfase desigual na formação profissional como uma panaceia para os problemas de emprego tem o potencial de criar expectativas pouco realistas e subestimar outras formas de educação.
A dualidade estrutural histórica da educação profissional no Brasil ainda é um grande obstáculo presente na nossa sociedade. Desde a época do início da nossa colonização, haviam as escola ''específicas'' para a elite, e as escolas voltadas aos filhos dos trabalhadores. Essa diferença ainda é visível no país, vemos escolas particulares para a alta sociedade, e escolas públicas precárias de ensino e estrutura para os pobres. Com isso, é inegável dizer que a classe menos favorecida ainda se vê obrigada a se sacrificar mais para evoluir profissionalmente do que a elite, com raras exceções. Ainda acredito em um ensino igualitário e de qualidade a todos, onde poderão ter as mesmas oportunidades e regalias, porém precisamos de um longo prazo e um grande trabalho a ser feito.
Em resposta à Lélio Natal Teodoro Júnior
Re: Fórum obrigatório da semana 3
por Cláudia Regiane de Oliveira Sousa -Verdade Lélio, a dualidade estrutural tem como característica básica a diferenciação nas políticas educacionais e na escola destinadas aos filhos de classe trabalhadora e classe detentora dos meios de produção desde o início da colonização.
Em resposta à Lélio Natal Teodoro Júnior
Re: Fórum obrigatório da semana 3
por Arthur Fernandes Bettencourt -É verdade, Lélio, concordo com sua colocação. Com certeza ainda há um longo percurso a ser percorrido para que tenhamos condições mais igualitárias no país. Entretanto, considero que os IF's representam um avanço e tanto na oferta de ensino público de qualidade, ao menos no ensino médio/técnico. Acredito que neste quesito estamos muito bem encaminhados. De agora em diante, penso que os esforços devem se concentrar na melhoria das encolas de ensino básico, capacitação e valorização do corpo docente deste seguimento tão pouco valorizado.
Em resposta à Lélio Natal Teodoro Júnior
Re: Fórum obrigatório da semana 3
por Nicia Maria de Souza -Sim Lélio, só para compartilhar aqui um pensamento diante do seu comentário a dualidade estrutural expressa uma fragmentação da escola a partir da qual se delineiam caminhos diferenciados segundo a classe social, repartindo-se os indivíduos por postos antagonistas na divisão social do trabalho, quer do lado dos explorados, quer do lado da exploração.
Durante essa semana de estudos sobre a fusão das escolas técnicas federais e nas ideias do prof Gaudêncio Frigotto, deu pra notar umas coisas em comum e outras nem tanto. Ambos batem na tecla das diferenças regionais na oferta de educação profissional, concordam que entrar cedo no mercado de trabalho é importante, e admitem que tem uns desafios na hora de botar a educação profissional em prática. Mas acaba que fica um pouco diferente quando o assunto é ideologia de classe na educação e o valor que dão pra educação básica em comparação com a profissionalização.
A dualidade entre as classes sociais tem sido uma característica marcante na história da Educação Profissional e Tecnológica no Brasil. Num passado em que predominava uma abordagem assistencialista da educação, o foco era atender aqueles que enfrentavam condições socioeconômicas desfavoráveis. Nesse contexto, a educação era segregada entre aqueles que contribuíam para a produção da vida e riqueza da sociedade por meio do trabalho manual e aqueles que ocupavam posições de liderança, pertenciam às elites ou dirigiam os diferentes segmentos sociais.
Atualmente, alguns estudiosos afirmam que a integração da Educação Profissional e Tecnológica ao Ensino Médio resulta em uma formação integrada, politécnica ou tecnológica. Essa abordagem busca estabelecer o trabalho como princípio educativo, buscando superar a dicotomia entre trabalho manual e trabalho intelectual. O objetivo é formar indivíduos capacitados não apenas para desempenhar funções laborais, mas também para atuarem como líderes e cidadãos conscientes de seu papel na sociedade.
Atualmente, alguns estudiosos afirmam que a integração da Educação Profissional e Tecnológica ao Ensino Médio resulta em uma formação integrada, politécnica ou tecnológica. Essa abordagem busca estabelecer o trabalho como princípio educativo, buscando superar a dicotomia entre trabalho manual e trabalho intelectual. O objetivo é formar indivíduos capacitados não apenas para desempenhar funções laborais, mas também para atuarem como líderes e cidadãos conscientes de seu papel na sociedade.
Em resposta à Rodrigo de Paula Fonseca
Re: Fórum obrigatório da semana 3
por José Roberto Mendes Ferreira Filho -Concordo com as colocações do colega Rodrigo, é necessário pensar a educação como uma forma de superação do modelo vigente, entre patrão e empregado, líder e liderado, a educação básica deve formar o aluno para ser crítico e reflexivo, para propor mudanças e tornar cada um, capaz de reconhecer qual é o seu principal papel na sociedade.
essa dualidade é resultado das relações socioeconômicas enraizadas no país, que historicamente geraram desigualdades de oportunidades entre as diferentes classes sociais. A proposta central é pensar na equidade como um caminho possível para enfrentar essas disparidades, por meio de políticas públicas, ações afirmativas, projetos educacionais e melhorias na estrutura e infraestrutura educacional, assim como na implementação de estratégias pedagógicas.
Em resposta à Primeiro post
Re: Fórum obrigatório da semana 3
por José Roberto Mendes Ferreira Filho -Nos estudos dessa semana e na fala do professor entrevistado Gaudêncio Frigotto, fica evidente o quanto essa dualidade estrutural histórica da educação profissional no Brasil, mostra discrepâncias entre as classes dominantes e as classes dominadas, ou seja, os burgueses e proletariado, e isso, reflete na sociedade. Diante da velocidade da mudança em nossa sociedade, com a globalização, é necessário pensar a educação para além da mão de obra, é importante pensar no processo educacional para dar autonomia, ferramentas e conhecimento para que o(a) cidadã(o), possa construir uma sociedade mais sólida e justa, com perspectivas de que cresça de forma igualitária, como diria Monteiro Lobato "Uma nação se faz com muros e livros", mas não precisamos criar classes desiguais.
É necessário pensar a educação pública como investimento para que todos tenham acesso, sem distinção de cor, raça, etnia e nível socioeconômico. Na cidade de Sobral, no Ceará, cidade que eu resido, a educação básica é referência, servindo como modelo educacional para o mundo, além disso, temos as escolas profissionalizantes, que oferecem cursos técnicos na sua grade.
Para conseguirmos atingir um nível educacional desejado, é necessária uma força trabalho em conjunto, entre governo e empresas, para investir na educação básica, para garantir que os alunos possam ter direito de ir à escola, sem ter que abandonar os estudos para ter que trabalhar, estrutura adequada, equipamentos, material didático, métodos inovadores, investimento em ciência e tecnologia, valorização dos professores.
É necessário pensar a educação pública como investimento para que todos tenham acesso, sem distinção de cor, raça, etnia e nível socioeconômico. Na cidade de Sobral, no Ceará, cidade que eu resido, a educação básica é referência, servindo como modelo educacional para o mundo, além disso, temos as escolas profissionalizantes, que oferecem cursos técnicos na sua grade.
Para conseguirmos atingir um nível educacional desejado, é necessária uma força trabalho em conjunto, entre governo e empresas, para investir na educação básica, para garantir que os alunos possam ter direito de ir à escola, sem ter que abandonar os estudos para ter que trabalhar, estrutura adequada, equipamentos, material didático, métodos inovadores, investimento em ciência e tecnologia, valorização dos professores.
Em resposta à José Roberto Mendes Ferreira Filho
Re: Fórum obrigatório da semana 3
por Tatiane Aline Araújo da Silva -Acredito que a palavra da semana é dualidade, e a frase de Monteiro Lobato citada demonstra claramente como conseguimos acabar com esta dualidade.
Em resposta à José Roberto Mendes Ferreira Filho
Re: Fórum obrigatório da semana 3
por Hadrellia Dardânia Soares Catarina -Concordo com você, José Roberto. E precisamos continuar trabalhando em conjunto para conseguirmos melhorar este cenário.
Com o material apresentado esta semana e a entrevista com o professor Gaudêncio Frigotto, aflorou as questões políticas, sociais, culturais e filosóficas trazendo as seguintes reflexões:
Com a necessidade de se construir mão de obra especializada foram criadas legislações, porém a maior motivação foi a intenção do governo de reduzir a pressão nos ensinos superiores criando assim legislações para o ensino técnico, mas isso não resolveu a universalização do ensino não o tornou unitário e laico pois ainda existe escolas melhores e piores que muitas vezes faz o estudante precisar se descolar por quilômetros para ter acesso a este ensino.
Outro ponto destacado na entrevista é a especialização em diversas áreas e a educação do cidadão, pois uma pessoa que desenvolve trabalho “braçal” deve ter o direito de ser especializado naquela área e ser reconhecido, como o exemplo dado pelo professor da merendeira que pode ser uma doutora em alimentos e após o seu turno de trabalho buscar alimentar a sua parte cultural, filosófica com a apresentação de uma peça teatral. Porém não é isso que temos na sociedade estas pessoas que desenvolvem estes trabalhos estão a margem da sociedade e muitas vezes não tem acesso a educação, cultura, não são cidadão politizados que tem um raciocínio critico sobre as situações.
Com a necessidade de se construir mão de obra especializada foram criadas legislações, porém a maior motivação foi a intenção do governo de reduzir a pressão nos ensinos superiores criando assim legislações para o ensino técnico, mas isso não resolveu a universalização do ensino não o tornou unitário e laico pois ainda existe escolas melhores e piores que muitas vezes faz o estudante precisar se descolar por quilômetros para ter acesso a este ensino.
Outro ponto destacado na entrevista é a especialização em diversas áreas e a educação do cidadão, pois uma pessoa que desenvolve trabalho “braçal” deve ter o direito de ser especializado naquela área e ser reconhecido, como o exemplo dado pelo professor da merendeira que pode ser uma doutora em alimentos e após o seu turno de trabalho buscar alimentar a sua parte cultural, filosófica com a apresentação de uma peça teatral. Porém não é isso que temos na sociedade estas pessoas que desenvolvem estes trabalhos estão a margem da sociedade e muitas vezes não tem acesso a educação, cultura, não são cidadão politizados que tem um raciocínio critico sobre as situações.
Uma parte do texto da apostila fala sobre a existência de histórias de estudantes que só conseguiram se formar em nível superior anos após terem concluído o 2° grau, custeando seus próprios estudos em instituições particulares. Eu sou uma dessas estudantes que se formou docente custeando a própria licenciatura em instituições particulares, então, o que dizer dessa dualidade estrutural histórica da educação profissional no Brasil? Eu simplesmente a vivi. Meus amigos mais próximos e familiares não têm formação superior em instituições públicas, todos precisaram trabalhar e estudar para custear sua formação superior, outros simplesmente desistiram de estudar e apenas trabalham. Neste caso específico, acredito que dualidade se expressa quando ao final do ensino médio, seja ele regular ou técnico, o aluno de classes mais pobres são condicionados, pela sua classe social, a trabalhar mesmo existindo a oferta de ensino superior gratuito na esfera estadual e federal.
Em resposta à Ariana Batista Rocha
Re: Fórum obrigatório da semana 3
por Fernando Leite de Almeida -Concordo com você Ariana, pensamos na dualidade bem distante e não analisamos esse cenário como você bem colocou em sua reflexão.
A dualidade estrutural histórica da educação profissional no Brasil ainda possui um longo caminho a percorrer. Contudo, observa-se que houve diversos avanços que contribuíram para educação integrada, muito embora diversas críticas prevaleçam, é salutar o avanço, prova disso são os próprios Institutos Federais. A matéria sobre dualidade estrutural na educação é de grande celeuma e requer aprofundamento dos estudos, inclusive no atual contexto social de digitalização, com avanço tecnológico de meios e estruturas cada vez mais acelerado, emergiu-se diversas outras profissões, formas de trabalhar e de capacitação, o que também nos chama atenção para atualização necessária da matéria.
A dualidade estrutural tem sua característica especifica, a diferença nas políticas educacionais e na escola destinada aos filhos da classe trabalhadora e aos filhos dos donos dos meios de produção. Essa diferença não é apenas em questões curriculares e pedagógicas, remete também questões sociais e políticas e têm suas raízes da divisão social do trabalho que hierarquiza as funções segundo a classe social.
A dualidade estrutural evidenciada na educação profissional no Brasil reflete uma narrativa complexa permeada por desafios persistentes. Esta dualidade remonta ao período colonial, caracterizado pela ausência de um sistema formal de educação profissional, com a aquisição de habilidades ocorrendo predominantemente através da prática laboral. Este paradigma persiste na contemporaneidade, não obstante a criação de institutos federais e a expansão de cursos técnicos. Contudo, ainda há deficiência na integração entre a educação profissional e o ensino regular, a inconsistência dos currículos face às exigências do mercado de trabalho e a disparidade no acesso a tais oportunidades educacionais.
a dualidade estrutural histórica da educação profissional no Brasil reflete um cenário complexo demais. De um lado, temos o histórico de desigualdades e exclusões onde a oferta de formação técnica muitas vezes esteve concentrada em determinados estratos sociais e regiões do país. Por outro lado, ao longo das últimas décadas, esforços têm sido direcionados para a ampliação do acesso e a promoção de uma educação profissional mais inclusiva.
Esses desafios ainda persistem e evidenciam a necessidade de políticas públicas contínuas que atuem na superação de barreiras estruturais, garantindo uma formação técnica e profissional de qualidade para todos de forma realmente efetiva. Perceber essa barreiras ou dificuldades ja é uma forma de identificar onde está o problema para pensar e planejar melhores formas de resolvê-las
Esses desafios ainda persistem e evidenciam a necessidade de políticas públicas contínuas que atuem na superação de barreiras estruturais, garantindo uma formação técnica e profissional de qualidade para todos de forma realmente efetiva. Perceber essa barreiras ou dificuldades ja é uma forma de identificar onde está o problema para pensar e planejar melhores formas de resolvê-las
O estudo sobre a dualidade histórica na educação profissional no Brasil revela a desigualdade entre classes. Destaca-se a necessidade de ver a educação além de mão de obra, buscando autonomia para construir uma sociedade mais justa. O texto enfatiza que a educação pública deve ser um investimento inclusivo, ultrapassando barreiras regionais para promover equidade.
A dualidade é um desafio social, não apenas educacional. Políticas públicas, ações afirmativas e transformações na infraestrutura são essenciais para uma educação justa. Contudo, a persistência da ideia de que a formação profissional é a única solução revela a importância de escolhas conscientes. Transformar a educação exige universalização do ensino, valorização da mão de obra especializada e promoção da cidadania, superando barreiras históricas na educação brasileira
A dualidade é um desafio social, não apenas educacional. Políticas públicas, ações afirmativas e transformações na infraestrutura são essenciais para uma educação justa. Contudo, a persistência da ideia de que a formação profissional é a única solução revela a importância de escolhas conscientes. Transformar a educação exige universalização do ensino, valorização da mão de obra especializada e promoção da cidadania, superando barreiras históricas na educação brasileira