A minha experiência com Educação no Campo foi extremamente desafiadora e satisfatória. Assim que comecei a dar aula, consegui algumas aulas em um distrito da cidade onde moro, conhecido com Distrito de Flores, fica há cerca de minutos de van escolar, lá é bem alto e frio, os alunos trabalham no cultivo de hortaliças, morango e flores. O trabalho deles começa muito cedo, por volta das 3 horas da manhã, e as aulas do Ensino Médio eram a noite e iniciava às 18h30, então muitos deles vinham direto do trabalho ou extremamente cansados do trabalho exaustivo. Possuiam muita dificuldade de leitura e interpretação de textos, que são requisitos básicos para aulas de História. A evasão escolar e alunos fora da idade escolar eram pontos corriqueiros. Essa lembrança me fex lembrar de uma aula que estava dando sobre capitalismo, idade moderna e estava com muita dificuldade em fazê-los compreender, até que comecei a questioná-los sobre como funcionava o trabalho deles, o que faziam e pedi para que me falassem sobre o valor que recebiam e quanto girava em média na empresa os valores de cada rosa, e eles começaram a entender mais-valia, força de trabalho e eu me senti tão feliz, por conseguir fazê-los refletir a partir de suas experências.
A disciplina de Educação Inclusiva e Especial foi de bastante aprendizado, principalmente no que se refere a leis e resoluções acerca de outros grupos, tais como educação indigena, quilombola, pois há vemos de forma tão superficial na graduação. A disciplina me trouxe muito conhecimento e compreensão de temas que serão muito importantes para minha prática pedagógica.