Tanto o texto quanto o vídeo e o documentário mostram as diferenças gritantes no tratamento dado às diferentes classes sociais e tratam da globalização seus efeitos e desigualdades geradas nas populações do planeta. Entendo que na década de 90 foram de grandes transformações em todas as esferas da sociedade mundial, em função do fenômeno globalização, sendo que no Brasil, a redemocratização e estruturação das políticas sociais foram as mais significativas.
Nessa década, a reforma educacional começou a avançar a partir do sancionamento da Lei das Diretrizes e Bases da Educação (LDE) pelo governo do então Presidente Fernando Henrique Cardoso, onde no gerenciamento da educação foram propostas: a descentralização e a desconcentração de responsabilidades, porém até os dias atuais, medidas e ações necessárias foram muito aquém do necessário para a melhoria do sistema educacional.
Na música globalização é abordada como uma onda e critica o sistema, as diferenças sociais gritantes, a exploração das minorias, das populações da periferia, o desemprego crescente, a sociedade violenta, o baixo poder aquisitivo da maioria, o sistema educacional falho e seletivo. Ela faz uma crítica direta ao sistema, dirigentes, políticos, às grandes potências mundiais, ao mercado consumista, onde a maioria sem posses vive uma existência sem forças para questionar um sistema capitalista, consumista e desigual. Uma sociedade consumista desenfreada, onde a desigualdade impera, a fome, o desemprego, a má remuneração, o não respeito aos direitos, problemas com extrativismo dos recursos naturais, poluição, superpopulação, a falta de água e alimentos futuros, num mundo regido pelo dinheiro e poder, onde o rico fica mais cada vez mais rico e o pobre cada dia mais pobre.
Milton Santos, com relação à globalização, se opõe à forma do desenvolvimento do planeta, da disparidade e da distribuição de renda no mundo, que preconiza um “terceiro mundismo” imperioso que precisa ser mudado. Ressalta a necessidade de uma nova globalização baseada em uma outra política com mais igualdade, oportunidades e dignidade humana. Demonstrando a luta difícil e desigual pelos diretos enfrentada pelos menos favorecidos, que em várias partes do mundo frequentemente aplacada com violência e repressão.