Traçando um paralelo entre o material de estudos da semana e o artigo "Educação profissional e a reforma do Ensino Médio: lei n° 13.415/2017" pode-se verificar a forte influência do mercado nas legislações educacionais, assim como foi na primeira concepção da educação profissional elaborada por Nilo Peçanha, que visava atender às demandas do mercado de trabalho por mão de obra, sendo tais formações ofertadas aos filhos dos operários, em uma nítida segregação cultural, onde os filhos dos burgueses tinham acesso ao conhecimento científico enquanto os filhos dos operários eram preparados para o mundo do trabalho. Ao longo do tempo as demais políticas que vieram na sequência fomentavam a educação profissional com o objetivo de qualificar mão de obra para atendimento das demandas mercadológicas. Com a reforma do Ensino Médio não tem sido diferente, ao invés de uma formação para a cidadania plena, para um conhecimento global, valorizando as vivências prévias dos estudantes, para a vida e para o trabalho sem diferença entre o trabalho físico e o intelectual, o novo Ensino Médio com suas trilhas de aprofundamento fragmentam o ensino, direcionando o estudante novamente para atendimento das demandas do mercado do trabalho, com os materiais estruturados limitando o amplo conhecimento disponível, moldando os estudantes com as características e competências esperadas pelos profissionais desejados pelos empregadores neoliberalistas.