texto de Costa e Coutinho (2017) trata da Educação Profissional e da Lei 13.415 de 2017 que altera as leis 11.494/2007 e 9.394/96 e revoga a Lei 11.161/2005. Com a intenção de possibilitar um a construção de um cenário os autores traçam um resgate histórico desde a implementação das escolas de aprendizes até a consolidação dos institutos federais como instituição promotora da educação profissional. O texto discutido essa semana trata do mesmo tema embora com profundidades diferentes.
Com relação ao seu objetivo as escolas de aprendizes foram criadas para que os filhos dos trabalhadores aprendessem algum ofício porém, sabe-se que seu verdadeiro propósito era qualificar uma mão de obra barata que fosse capaz de atender a economia agroexportadora vigente no país, que era em sua essência de produção fabril e agropecuária.
Outro fato importante tratado não apenas pelos autores como também pela maioria dos artigos que tratam do tema era a diferenciação entre o ensino técnico e o ensino acadêmico, onde o ensino técnico era destinado a classe trabalhadora e o ensino propedêuticos era destinados à elitista brasileira, criando um domínio do trabalho intelectual pelas classes mais ricas e o trabalho manual pela classe trabalhadora.
Embora egressos dos cursos secundários e profissionalizantes passassem a ter direito ao acesso ao ensino superior a partir de 1942, esse acesso não corria de forma equânime, uma vez que, a maioria dos currículos dos cursos profissionalizantes tinham conhecimentos voltados para o mercado de trabalho sendo necessária uma adaptação curricular aos cursos.
Em contraponto com a história de formação e consolidação dos institutos federais a lei 13.415/2017 foi alvo de muitas críticas, uma vez que, não foi submetida a apreciação públicas e das entidade competentes, o que espera-se é que a resolução n° 3 do Conselho Nacional de Educação consiga preencher as lacunas deixadas pela lei 13.415/2017 quanto pelo próprio texto da BNCC, que abre brechas para alguns retrocessos um dos quais podemos citar a atuação de profissionais com notório saber.
Dessa forma, os dois textos trazem informações históricas e legais que suscitam a reflexão sobre os níveis de ensino e suas modalidades, assim como o papel da educação profissional.
