As teorias tradicionais operam os conceitos fundamentais de: “ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização, planejamento, eficiência, objetivos” (SILVA, 2010, p. 17). Tais conceitos subsidiam modelos curriculares hegemônicos, etnocêntricos e supostamente neutros. (EYNG, 2010).
Conforme Pacheco (2017), essa concepção tradicional de currículo gerou três grandes paradigmas educacionais que são: o paradigma tradicional, o paradigma escolanovista/ humanista e o paradigma tecnicista/ comportamentalista. Essas abordagens foram fortemente influenciadas pelos paradigmas da ciência principalmente pelo paradigma newtoniano cartesiano. Essa forma de organização e de concepção de currículo vai predominar até a década de 1960, até o surgimento das concepções críticas de currículo.
As teorias críticas operam os conceitos fundamentais de: “ideologia, reprodução cultural e social, poder, classe social, capitalismo, relações sociais de produção, conscientização, emancipação e libertação, currículo oculto, resistência” (SILVA, 2010, p. 17).
As teorias críticas sobre o currículo, em contrate, começam por colocar em questão precisamente os pressupostos dos presentes arranjos sociais e educacionais.
As teorias críticas desconfiam do status quo, responsabilizando-o pelas desigualdades e injustiças sociais. (SILVA, 2010, p. 29-30).
Compreende o currículo a partir dos conceitos de emancipação e liberdade, já que vê a pedagogia e o currículo como um campo cultural de lutas. Freire concebe o ato pedagógico como um ato dialógico em que educadores e educandos participam da escolha dos conteúdos e da construção do currículo. Sua crítica ao currículo está sintetizada no conceito de educação bancária. (SILVA, 2010, p.48).
Referências
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1971.
MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa; SILVA, Tomaz Tadeu. (Org.). Currículo, cultura e
sociedade. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1997.
LIBÂNEO, José Carlos. Tendências Pedagógicas na Prática Escolar