O currículo oculto é construído de forma implícita nas minhas atitudes e práticas educativas, nas relações com meus colegas, professores, gestores e em toda a nossa comunidade escolar. Por exemplo, nas normas de comunicação entre professor e a família; nas discussões informais nos corredores com as coordenadoras e a gestora; na forma como o ambiente está organizado para receber os alunos nos diferentes espaços da escola, que vão desde o formato das cadeiras, sua disposição ou até mesmo sua ausência que influência de forma direta e indireta na interação e a produtividade dos alunos nas situações de aprendizagens; a rotina diárias que permeia momentos de fora para dentro da sala de aula, como as refeições (café da manhã, almoço, lanche e jantar), horário do banho, hora do descanso/sono, escovação de dente, recreação no parquinho, que trazem a tona a importância da pontualidade, do respeito, do comportamento na mesa, na higiene e o papel de um momento de descanso. Além disso, os momentos de afetos, as resoluções de problemas familiares das crianças como casos de violências, abandono familiar, síndromes, CID's, entre outros. Portanto, percebo que é preciso ter bastante aprofundamento sobre inteligência emocional, ser atento aos detalhes, ter sensibilidade, senso de justiça, paciência, noções de legislação sobre os mais diversos temas e estar disposto a sempre sair da zona de conforto para conseguir acompanhar as mudanças cada vez mais constantes no modo de fazer a educação, especialmente, na perspectiva da educação integral, onde passamos mais tempo com os alunos e participamos da maior parte de sua rotina diária ao longo da semana.