Currículo é a coluna vertebral de uma escola. Ele sustenta os mecanismos que funcionam dentro da instituição, orientando e alinhando os fazer educacional. Ao assistir o vídeo disponibilizado no YouTube, uma fala da professora me chamou a atenção, quando ela aborda sobre “currículo prescrito”, aquele que faz parte do sistema educacional, de forma genérica e que não considera as peculiaridades da sociedade e as considerações dos professores.
São orientações gerais que moldam a prática educativa. Dito isto, os professores sempre precisam lidar com o currículo e com o seu labor. Além disso, percebi no texto da apostila que, nos 6 tipos de currículo apresentado por Sacristán, exceto o primeiro não tem a participação do professor, os outros 5 possuem. Me pergunto se as instituições e o governo sabem a realidade de uma sala de aula da maior parte do Brasil e se fazem um currículo adequado aos professores e estudantes, visto que ambos não são tão relevantes no processo de elaboração.
Infelizmente, na instituição onde trabalho como professor, quase não tenho participação em contribuir com o currículo. Já pontuei algumas vezes as necessidades dos alunos e as minhas também. Por ser uma escola privada, sinto que o dinheiro fala mais alto, e o currículo tem funções mais para o marketing e captação de alunos do que, de fato, a qualidade. Além disso, cito os regimentos cristãos na educação. Há instituições de educação com valores religiosos que produzem seus conteúdos visando a fé, e exigem dos professores, acreditem se quiser, que seus conteúdos abordados em sala de aula façam referências à Bíblia. Não é uma escola, um caso isolado, trata-se de uma rede de ensino nacional. Trata-se de organização que possui associação nacional de escolas cristãs.
Nesse sentido, responder aquelas perguntas da apostila só me mostra como o currículo pode atender ao mercado e aos valores religiosos.