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Atividade 1.1.: Fórum temático (Avaliativo)

Educação e capital

Educação e capital

por José Edvaldo Salustiano Barbosa - Número de respostas: 2

Mesmo nos dias atuais ainda observamos a perpetuação da visão capitalista dentro do espaço escolar. O curta sugerido deixa bastante evidente que a administração não cabe dentro da escola, uma vez que não estamos gerenciando ou supervisionando parafusos ou maquinários, mas sim seres humanos que pensam, que são capazes de pensar e opinar, que têm suas subjetividades, e estas precisam ser consideradas, daí a lógica da gestão democrática dentro da escola.

 

Concomitante a isso, enxergamos instituições que não explicitamente mantêm a reprodução sistema capitalista, alunos sendo treinados para passarem vestibulares ou concursos, para que o nome da instituição seja elevado e a procura pelos serviços que ela oferta seja ainda maior.

 

Até mesmo dentro das escolas públicas, espaço de resistência, é vista a busca por números, por indicadores. A avaliações externas existem justamente para isso, quantificar o ensino e a aprendizagem e muitas vezes as idiossincrasias não são levadas em consideração, afinal, o aluno é mais um número dentro da escola que precisa apresentar bons resultados se quiser obter melhores recursos.  É claro que a lógica do lucro é dada de outra maneira, e não queremos com esse comentário generalizar todas as instituições, pois acreditamos que ainda existem escolas que de fato se preocupam com a formação integral do ser, buscando fomentar a autonomia e equidades sociais.


Em resposta à José Edvaldo Salustiano Barbosa

Re: Educação e capital

por Iara de Oliveira Borges -
Concordo plenamente. Gerir uma escola nos molde de um de um gestor escolar ainda tem que se deparar com modelo administrativo. Um exemplo disso é em adotar Métodos de Melhoria de Resultados com reflexões exaustivas semelhantes ao que às empresas adotam para competir internamente sobre resultados de vendas, de qualidade O Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama Espinha de Peixe, é uma ferramenta que ajuda as pessoas a identificar possíveis causas para problemas. Em linhas gerais, ele serve para analisar os processos, em diferentes perspectivas, relacionando causas potenciais para um determinado cenário. No aspecto empresarial, tudo bem, mas num âmbito escolar esse método esquece valores socioemocionais que devem ser levados para que o aluno melhores o aprendizado. Levar em conta apenas um resultado de avaliações externa não identifica o todo na construção da evolução individual do jovem. Esse método foi adotado pela SEDUC-SP.
Em resposta à José Edvaldo Salustiano Barbosa

Re: Educação e capital

por Juliana Gomes Pantoja -
A busca por prestígio institucional e a competição por resultados podem desviar o foco do verdadeiro propósito da educação, que deveria ser a formação integral e o desenvolvimento pessoal. É animador reconhecer que ainda existem escolas que resistem a essa lógica, priorizando a autonomia dos alunos e promovendo a equidade social.
A gestão democrática na escola surge como uma resposta necessária, lembrando-nos de que lidamos com seres humanos pensantes e não simples peças de uma engrenagem. O desafio está em encontrar um equilíbrio entre a necessidade de avaliações e indicadores e o respeito pelas individualidades e valores socioemocionais dos alunos.