Mesmo nos dias atuais ainda observamos a perpetuação da visão capitalista dentro do espaço escolar. O curta sugerido deixa bastante evidente que a administração não cabe dentro da escola, uma vez que não estamos gerenciando ou supervisionando parafusos ou maquinários, mas sim seres humanos que pensam, que são capazes de pensar e opinar, que têm suas subjetividades, e estas precisam ser consideradas, daí a lógica da gestão democrática dentro da escola.
Concomitante a isso, enxergamos instituições que não explicitamente mantêm a reprodução sistema capitalista, alunos sendo treinados para passarem vestibulares ou concursos, para que o nome da instituição seja elevado e a procura pelos serviços que ela oferta seja ainda maior.
Até mesmo dentro das escolas públicas, espaço de resistência, é vista a busca por números, por indicadores. A avaliações externas existem justamente para isso, quantificar o ensino e a aprendizagem e muitas vezes as idiossincrasias não são levadas em consideração, afinal, o aluno é mais um número dentro da escola que precisa apresentar bons resultados se quiser obter melhores recursos. É claro que a lógica do lucro é dada de outra maneira, e não queremos com esse comentário generalizar todas as instituições, pois acreditamos que ainda existem escolas que de fato se preocupam com a formação integral do ser, buscando fomentar a autonomia e equidades sociais.