Considerando o contexto da sociedade capitalista, é possível enxergar determinas práticas da administração fabril sendo reproduzidas também no ambiente escolar. Nesse sentido, é perceptível a questão do cumprimento da jornada de trabalho (apesar da profissão de professor ter que cumprir atividades fora da sala de aula que nem sempre são computadas pela instituição). Temos o constante embate entre os profissionais da educação e o poder público, quando se trata de escolas públicas, seja na luta por melhores condições de trabalho e reconhecimento. Em relação à produção, os professores são cobrados que tenham melhores resultados em relação aos processos didático-pedagógicos, sendo exigido que os alunos apresentem melhores resultados, muitas das vezes sem analisar as especificidades de cada contexto escolar. Quando se trata de instituições particulares, essa relação se torna mais complexa, pois além de ter a cobrança de resultados pedagógicos, há também a expectativa dos resultados financeiros.
As práticas da administração fabril estão sendo reproduzidas também no ambiente escolar?
por Rhulio Rodd Neves de Aguiar - Número de respostas: 3
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Re: As práticas da administração fabril estão sendo reproduzidas também no ambiente escolar?
por Thiago Junior Miranda Pompeu -Olá, Rhulio!
Sua colocação sobre a pressão em cima dos professores é muito pertinente. A jornada de trabalho de um(a) professor(a) é exaustiva e não é levado em consideração o trabalho "fora da escola", e ainda com uma remuneração abaixo do que deveria ser, ou seja, tudo isso é reflexo dessa associação da gestão educacional com as práticas de administração fabril, com a premissa do capitalismo: explorar mais os trabalhadores para se obter resultados elevados e aumentar o lucro.
Sua colocação sobre a pressão em cima dos professores é muito pertinente. A jornada de trabalho de um(a) professor(a) é exaustiva e não é levado em consideração o trabalho "fora da escola", e ainda com uma remuneração abaixo do que deveria ser, ou seja, tudo isso é reflexo dessa associação da gestão educacional com as práticas de administração fabril, com a premissa do capitalismo: explorar mais os trabalhadores para se obter resultados elevados e aumentar o lucro.
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Re: As práticas da administração fabril estão sendo reproduzidas também no ambiente escolar?
por Ana Raquel Alves de Negreiros -Olá, colegas! Concordo completamente com suas colocações.
Já que falaram muito bem sobre as relações entre os professores e as pressões do ambiente escolar, gostaria apenas de acrescentar à discussão a a inserção dos próprios estudantes nesse contexto de administração fabril. Os horários de chegada e saída são rigorosamente controlados, por vezes sem justa análise da realidade dos estudantes, "concretização" dos ambientes escolares e diminuição do contato com os ambientes naturais nas escolas, desconsiderando a importância do contato com a natureza, cobrança pelo uso de fardamento, busca irredutível pelo bom aproveitamento são alguns exemplos de como o modelo de fábrica está cada vez mais presente nas escolas.
Já que falaram muito bem sobre as relações entre os professores e as pressões do ambiente escolar, gostaria apenas de acrescentar à discussão a a inserção dos próprios estudantes nesse contexto de administração fabril. Os horários de chegada e saída são rigorosamente controlados, por vezes sem justa análise da realidade dos estudantes, "concretização" dos ambientes escolares e diminuição do contato com os ambientes naturais nas escolas, desconsiderando a importância do contato com a natureza, cobrança pelo uso de fardamento, busca irredutível pelo bom aproveitamento são alguns exemplos de como o modelo de fábrica está cada vez mais presente nas escolas.
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Re: As práticas da administração fabril estão sendo reproduzidas também no ambiente escolar?
por Camyla Silva da Costa -Olá, Rhulio. Concordo o que você diz e Vejo essa associação muito presente na educação brasileira, na reunião de conselhos sobre a aprovação, por exemplo. Vejo até mesmo na associação de recursos, ou seja, quanto mais alunos mais capital e a própria gestão se preocupa em ter mais alunos, e aprovar consequentemente porque tudo isso leva a critério de ter verba.
