Em meu convívio diário não conheço alguém que tenha o diagnóstico de autismo, por outro lado, quando trabalhava no CRAS de um município do interior da Bahia, acompanhei a situação de uma família que buscava orientações para dar entrada no Benefício de Prestação Continuada para Pessoas com Deficiência, já que o filho mais novo da família apresentava comportamentos neurodivergentes.
Após um período de acompanhamento/orientação e busca de algum diagnóstico médico, a família conseguiu um laudo de que a criança possuía TEA e com esse laudo foi dado entrada na solicitação do BPC - PCD..
Lembro-me de que era bastante difícil para a família o convívio diário, pois a criança possuía atraso de desenvolvimento na fala, além de comportamentos disruptivos, bem como certa agressividade.
Se relacionar com ela, no processo de acompanhamento da família, foi difícil, seja por não conhecer melhor as características do TEA e, consequentemente, desconhecia estratégias que pudessem auxiliar na comunicação com a criança; seja porque o foco da política de assistência social estava no acompanhamento da família e nas orientações para acesso aos direitos, como realizamos quanto ao suporte a atendimento médico e, posteriormente, ao BPC - PCD.