O paradoxo da Educação e da democracia frente os pressupostos da Base Nacional Comum Curricular e novo ensino médio impactam sobre as entidades acadêmicas da área educacional. É possível analisar as mudanças significativas na estrutura da educação brasileira, como no novo ensino médio e a Base Nacional Comum Curricular, durante o governo Michel Temer (2016-2018). O artigo discute os interesses envolvidos na formulação dessas legislações e seus objetivos, além de abordar a importância da flexibilização do currículo para tornar o Ensino Médio mais atrativo para os jovens. Também são discutidos dilemas e perspectivas relacionados à Base Nacional Comum Curricular, bem como críticas à reforma empresarial da educação. Os artigos constituem em uma fonte valiosa para quem deseja entender melhor as mudanças recentes na educação brasileira e refletir sobre caminhos para tornar o Ensino Médio mais significativo e inclusivo.
Os autores examinam como essa estrutura impacta não apenas os conteúdos ensinados, mas também a formação integral dos estudantes, visando promover uma educação mais inclusiva e alinhada com as demandas contemporâneas. Além disso, o dossiê investiga as mudanças no ensino médio, particularmente as reformas recentes, discutindo suas implicações no contexto educacional. Os autores analisam criticamente as transformações propostas, questionando como tais alterações influenciam a democratização do acesso ao conhecimento, a participação dos estudantes e a diversidade de trajetórias formativas.
No âmbito da democracia na educação, o dossiê não apenas examina as políticas em vigor, mas também levanta reflexões sobre como essas iniciativas se relacionam com a promoção de uma cultura democrática nas escolas. Explora-se a importância de práticas pedagógicas que estimulem a participação cidadã, o pensamento crítico e a pluralidade de ideias, visando formar estudantes mais engajados e preparados para atuar na sociedade. O dossiê oferece uma análise aprofundada e crítica sobre as interações entre políticas educacionais, como a BNCC e as reformulações do ensino médio, e a promoção de valores democráticos no ambiente escolar, destacando desafios, possibilidades e perspectivas para a educação no Brasil.
Nos dois documentos, percebe-se os desafios curriculares do Ensino Médio em uma abordagem que mostra a necessidade de tornar o Ensino Médio mais atrativo e significativo para os jovens brasileiros. Os documentos destacam a importância de flexibilizar o currículo, dando aos alunos mais opções de escolha, mas com o cuidado de não aumentar as desigualdades. Destaca-se a importância de considerar fatores sistêmicos de qualquer modelo educacional, como um mecanismo adequado de financiamento, uma boa gestão do sistema e a qualificação e valorização profissional dos professores. Por fim, os artigos destacam a importância de garantir que as decisões tomadas pelo poder público considerem a urgência de pensar em mecanismos que enfrentem desigualdades raciais, de gênero, regionais, socioeconômicas, além de garantirem aos alunos com deficiência um acolhimento mais efetivo.