O trabalho escolhido foi o vencedor na categoria Educação Infantil no ano de 2022, escrito por Almerinda Cristina Oliveira de Souza Sobral.
Como mulher negra, o trabalho me tocou de maneira especial. Conforme relatado pela professora, a maioria dos alunos de escolas públicas são negros ou pardos; no entanto, poucos se reconhecem, e é preciso trabalhar esse aspecto desde a educação infantil.
Ela trouxe um recorte muito importante do qual eu desconhecia: esse olhar perante as pessoas negras no estado do Amazonas. Durante nossa construção de identidade, principalmente na infância, é essencial que as crianças tenham figuras/personagens com as quais se identifiquem, nas quais a pessoa negra não seja representada de maneira estereotipada ou inferiorizada. A mídia e o entretenimento estão mais diversificados; princesas negras como Tiana e agora a Ariel são importantes para que meninas negras cresçam se sentindo belas. O Homem-Aranha negro, a Pantera Negra, Super Shock, entre outros, fazem com que essas crianças sintam orgulho de si mesmas e se reconheçam em seu desenho preferido, filmes e jogos, que são tão presentes nessa fase.
Sobre os lápis de cores, há alguns anos, a Faber Castell lançou uma linha e uma campanha chamada "Caras e Cores", na qual apresenta diferentes tons que representam as cores das peles. Achei a iniciativa muito interessante. É importante que nós, professores, incorporemos essa discussão em sala de aula e contribuamos para a valorização da cultura negra e indígena, tão marginalizada em nosso país. Introduzir essa diversidade no ambiente escolar é fundamental para promover um espaço mais inclusivo e enriquecedor para todos os alunos.
link da campanha: