A escola está cada vez mais imersa dentro do modelo de produção capitalista. Tal lógica mercadológica estimula a criação de um modelo educacional endereçado para a formação de mão-de-obra barata e o lucro empresarial, perdendo-se de vista o princípio pedagógico que desenvolve a percepção crítica e o conhecimento holístico dos estudantes. O papel do Estado na política educacional do Brasil é de suma importância para garantir o direito e o acesso a uma educação de qualidade, levando em consideração a priorização de uma formação qualificada e que prepare nas dimensões intelectual, social e cultural, adicionando-se a isso a demanda tecnológica do século XXI. No entanto, a educação pública (ao menos no estado de São Paulo) está cada vez mais imersa num modelo capitalista que esvazia de sentido a formação educacional e empobrece o currículo, estreitando as relações público-privado, em que o setor privado exerce um papel significativo e oferece um risco ao futuro da educação brasileira.