Apesar de obrigatório por lei, o ensino da cultura indígena ainda é muito negligenciado nas escolas, sendo rapidamente relembrado no fatídico "Dia do Índio", data em que ainda presenciamos a reprodução de uma série de estereótipos sobre esse povo e sua cultura. Trata-se de uma ou mais etnia(s) fundamentais para a compreensão da nossa história, e o que me chamou a atenção no trabalho realizado pelo professor Genildo da Silva Nóbrega foi, justamente, o fato dele citar a socialização de conhecimentos que perpassam experiências de alunos indígenas e não-indígenas, propiciando um ambiente de aprendizagem plural e que estimula a valorização da diversidade. Enquanto profissional da educação básica na área de ciências humanas, tento construir um ambiente de troca de conhecimentos semelhantes, abordando temáticas como o ensino da cultura afro-brasileira, trazendo aspectos da religiosidade, costumes e práticas que ainda são considerados tabus em ambientes mais conservadores, mas que precisam ser difundidos. Percebo que essa prática de falar sobre o que ninguém fala, abordando o assunto de forma criativa e aberta ao diálogo, permite que muitos estudantes ampliem suas reflexões e que, principalmente, se identifiquem com o tema, se sentindo confortáveis em serem quem são e dando sentido a sua presença na escola, melhorando significativamente seu rendimento escolar. Projetos como o do professor Genildo nos inspiram e nos motivam a continuar trabalhando por uma educação pública de qualidade.
Contos e causos indígenas na escola: Kabiá curumins! Kabiá cunhantãs!
por Aretha Beatriz Brito da Rocha - Número de respostas: 1
Em resposta à Aretha Beatriz Brito da Rocha
Re: Contos e causos indígenas na escola: Kabiá curumins! Kabiá cunhantãs!
por Rian Lucas da Silva -Estou de acordo contigo quando cita o fato de que, infelizmente, ainda se negligencia o ensino da cultura indígena nas escolas. Assim sendo, ao trazer essa temática para o centro das discussões, percebe-se que o texto é valoroso, uma vez que dá margem, mediante o estudo, para que tantos outros possam ser desenvolvidos e, posteriormente, apresentados a docentes de escolas públicas, por exemplo, a fim de gerar mudanças nesse panorama ainda carente de discussões.