A palestra de Franck Ramus nos provoca, dentre várias temáticas, a uma reflexão interessante sobre a questão, em especial, acerca da heterogeneidade dos alunos na sala de aula.
De forma inicial, o palestrante introduz a problemática de como lidar com a heterogeneidade na sala de aula. Isto é, questiona a possibilidade de existir uma metodologia de ensino capaz de se adaptar tanto para os "melhores" quanto para os "piores" alunos. Imediatamente, baseado no senso comum, propõe a segregação dos alunos, para tornar as turmas mais homogêneas. Essa segregação ocorreria por meio da reprovação dos alunos mais fracos. Porém, na sequência, a partir de reflexões críticas e baseado em dados experimentais, comprova que essa solução não é adequada. Pois, promove um decaimento no aprendizado geral dos alunos, além de aumentar a heterogeneidade. Ainda dentro da problemática, o palestrante sugere, baseado em pesquisas científicas, o agrupamento flexível e dinâmico de alunos com necessidade semelhantes dentro de uma mesma sala de aula. Ou seja, grupos mutáveis a depender da disciplina, do tema da aula, do momento temporal, etc. Obviamente, o palestrante comenta que essa metodologia requer treinamento específico e uma rede de apoio de todos os profissionais envolvidos.
Baseado nas minhas experiências, a heterogeneidade da sala de aula nunca foi uma problemática. Pelo contrário, a existência de diferentes alunos promovia um espaço para múltiplos questionamentos, variadas interações e reflexões plurais de ideias. Evidentemente, a formação de grupos flexíveis e dinâmicos de alunos com certas necessidades semelhantes promoveria um aproveitamento ainda melhor no aspecto da aprendizagem.