A palestra e o artigo da semana 4 nos fazem refletir que a prática da educação acontece, de verdade, no teste prático de diferentes métodos e que não há uma verdade absoluta na medida em que nos deparamos com diferentes contextos, disciplinas, estudantes e situações de aprendizagem possíveis. Uma das citações do artigo nos traz a ideia de que "a educação costuma errar ao não levar em conta os vários potenciais de cada um" (FERRARI, 2008 apud SANTOS; REIS; SILVA, 2020, p. 1452). E, de fato, este pode vir a ser o grande motor para um professor pensar pedagogicamente o desenvolvimento da sua sala de aula. Por isso as experimentações, metodologias, coletas e produção de dados são importantes.
Nesta última semana vivenciei este processo: depois de algumas aulas com exercícios no quadro e resolução em conjunto seguida de uma prova (a disciplina era gestão financeira), um estudante me pediu para que o próximo módulo fosse trabalhado com atividades em grupo, discussões e uma leve pitada de competição (eles são gostam de desafios e se dedicam a isso). Percebi que minhas visões eram um pouco limitadas e que talvez aquele fosse um movimento mais interessante para observar a aprendizagem de maneira efetiva. No dia seguinte propus um desafio, no qual os alunos tinham que montar um demonstrativo financeiro considerando seus pontos de vista e os dos colegas, como num quebra cabeça. Em seguida, comparamos as montagens (que foram fixadas na parede da própria sala), entendemos o porquê de cada caminho e, por fim, estruturamos juntos o DF da maneira correta. Foi leve, divertido e me trouxe um dado importante: dá para aprender matemática de maneira experimental e desafiadora.
Essa conclusão me leva aos conteúdos desta semana, mas também me relembra o artigo da semana 3, que já iniciava reflexões neste sentido. Tem sido muito interessante estudar estes temas e percebê-los no meu dia a dia.